quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Trabalho - Portefólios

Apontamentos de Portefóliosde 7ºAno - EB 2/3 de Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Portefólios

Valem 10% da nota dos meus alunos, segundo os critérios aprovados em pedagógico na EB 2/3 de Amarante. Por isso ando afogada, mergulhada neles até às pontas dos cabelos, de caneta vermelha em riste à caça de um erro ortográfico aqui, uma falta de acento acolá, um sumário mal passado acoli, que esta gente, quando se lembra de ser criativa, consegue-o ser até dizer chega.
Até ver, já dezenas de portefólios corrigidos de fio a pavio, centenas de páginas inspeccionadas, considero-me uma professora feliz - herdei maioritariamente alunos cumpridores, esmerados, muitos até briosos, alguns até exemplares em organização, apresentação e gosto pela obra feita. Claro... a regra tem excepções que deveremos limar ao longo deste ano lectivo. Uma coisa é certa, a estratégia dos desenhos feitos no quadro aqui pela je, que felizmente ama o desenho e lá se desenrasca mais ou menos na coisa, resulta quase sempre e, mais uma vez, eles lá cumpriram com as suas obrigações no dia do teste em que quase todos souberam responder com correcção às tipologias de... e de...
Com muito trabalho ainda pela frente, entre correcção de portefólios e testes de avaliação, a vida desta professora prossegue, tal e qual como muitas por este Portugal fora, por este Portugal amargurado como o raio que o parta. Como o raio que o parta.
Valham-nos as pequenas alegrias que vamos acumulando, como quem acumula horas de sol para aguentar o pino do Inverno... e não esquecermos que, depois da tempestade, chegará sempre a bonança...
Chegará... para nós?

Nota - Se eu poderia olhar para eles de alto, dar-lhes uma cheiradela e já está? Poderia... mas não era a mesma coisa.
Ah! E os desenhos que ilustram este post também podem ser vistos aqui.

Boa Tarde!

Flores - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Boa Tarde!

Sem mais. E já não era nada mau...

A Palavra a Medina Carreira

A Palavra a Medina Carreira




Surripiado ao Ramiro Marques.

Tormes, Aqui Vou Eu

Tormes, Aqui Vou Eu


A Palavra a Paulo Guinote

A Palavra a Paulo Guinote

Subscrevo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lembra-me Um Sonho Lindo

Lembra-me Um Sonho Lindo

Porque este país não pode ser só tragédia.
Lembra-me um sonho lindo...

Pêras e Maçãs

Pêras e Maçãs - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Pêras e Maçãs

E agora partilho uma fruta doce, que me adoça o bico desde que me lembro e me deixa quase a salivar.
Produzida pela Confeitaria da Ponte, em Amarante.
Obrigada, Ricardo!

Meninos e meninas... sirvam-se... que estamos todos a precisar de açúcar.

Partilha - Bolo de Noiva

Bolo de Noiva - Fregim - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Partilha - Bolo de Noiva

E agora, para adoçar a vida dos meus leitores porque isto não pode ser só desgraças, partilho um original bolo de noiva de chocolate negro, com frutos silvestres, simplesmente delicioso.
E maravilhoso.

A Palavra a Sikorski

A Palavra a Sikorski

Aqui. Para ler com atenção este apelo dramático à salvação da Europa.
Será ainda possível reverter a degradação?

Entretanto vão aparecendo contributos e sugestões para estancar a sangria, como este aqui.
E alguns países preparam-se para o pior... uma coisa é certa, a haver saídas desordeiras do euro, nós estaremos na linha da frente.
Raios partam todos os políticos que nos trouxeram aqui, onde estamos hoje, com uma mão à frente e outra atrás porque já nem dinheiro temos para parras!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Memórias

Memórias

Vindas à baila numa conversa no Face com o Ricardo Rodrigues, meu aluno um dia na EB 2/3 de Amarante, em tempos que já lá vão.
As filmagens são de um certo baile de finalistas, do ano de 2004. O grupo... "Os Putos do Rock", pois então!

Corrupção


Corrupção

Não muda. Com os meus agradecimentos ao Antero.

Pelo Egipto

Pelo Egipto

Vota-se. Ao que parece, as filas chegaram aos três quilómetros.

Péssimas Notícias

Péssimas Notícias

Crise ameaça 'rating' de todos os países europeus
Economia portuguesa vai contrair 3,2% em 2012   ...se não for mais, digo eu...
Juros de Itália superam os 8% pela primeira vez 

Como sair desta espiral de degradação?
Reacções adequadas precisam-se!


 

domingo, 27 de novembro de 2011

Fado Meu

Fado Meu

A minha homenagem a todos os que, até hoje, trouxeram o fado a este patamar de excelência.

Pela Alemanha?

 


Pela Alemanha?

Recebi a fotografia por e-mail, sem informação sobre autoria, mas com a informação que a dita foi captada algures pela Alemanha.
Será? 

sábado, 26 de novembro de 2011

As Renas do Liberalismo


As Renas do Liberalismo

Post integralmente surripiado ao Paulo Guinote.

A Parva Incómoda

Outono nas Margens do Tâmega - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

A Parva Incómoda

A Parva Incómoda ama o seu trabalho e encara-o como mais uma dimensão da sua vida, por acaso absolutamente imprescindível para seu equilíbrio. A Parva Incómoda trabalha como uma mula para os seus alunos e para a Escola Pública, nunca se privando de prejudicar o andamento do seu trabalho particular para ajudar os outros a progredir. A Parva Incómoda partilha estratégias de actuação, ferramentas de trabalho por si criadas, projectos que saem da sua cabeça e coisas afins apenas porque a Parva Incómoda tem como lema de vida, entre muitos outros, a defesa e a prática de uma actuação transparente, asseada, leal e honesta, não baseada na inveja, no diz que disse, no diz que foi, na hipocrisia, na aldrabice, na aparência de normalidade que esconde uma anormalidade atroz. A Parva Incómoda partilha aquilo que tem e, curioso, ainda é gozada por isso, porque por certo se anda  armar em boa, por certo se anda a armar em inteligente, por certo se anda a armar aos cucos. Foi o caso com uma célebre apresentação em PowerPoint preparada para a recepção aos encarregados de educação, que partilhei e disponibilizei, e que realizei ainda nos longínquos tempos de ESA, preparada para as minhas turmas de CEF, do qual tenho sido directora de turma de há uns anos a esta parte. Disponibilizada a apresentação, sem grande êxito, diga-se de passagem, foram-me reservados mimos de Olha olha! Por certo quer ser excelente! Ao que nós chegamos! Powerpoint para a recepção aos encarregados de educação, que raio de floreados! sem que por certo soubesse, quem assim falou, à minha frente, diga-se de passagem, do meu cognome de Miss PowerPoint, conseguido à custa de muiiiiiito trabalho, de milhares de horas do tempo que eu poderia queimar a ver novelas e outras coisas que tais, e que, felizmente, não contribuem para a minha felicidade. E a Parva Incómoda o que fez? Pois voltou à carga, que é masoquista, e vai daí este ano resolveu ela mesma fazer as alterações necessárias para adaptar a coisa ao básico, obrigada Paula Almeida pela ajuda! e voltou a disponibilizar a dita cuja que, finalmente, teve serventia. E a Parva Incómoda ficou contente... apenas por poder ser útil.... e ainda se sujeitou ao gozo de ouvir Aaah! Autoria de Anabela Magalhães?!!! Pois, mas se a autoria da coisa é minha, queriam que lá estivesse o quê? Autoria do cão? Do gato?
É claro que este é apenas um dos muitos exemplos por mim vividos nesta aventura chamada Educação, e não, não vou falar agora da verdadeira saga da folha excel que operacionaliza os critérios de avaliação, exemplos deprimentes, este e os outros, que, não fora eu ser como sou, determinada até dizer chega, me poderiam fazer baixar os braços e dizer para mim mesma Anabela Maria, não vale a pena.
Mas continuemos. A Parva Incómoda, para além de parva é incómoda porque, ao partilhar o seu trabalho aqui, aqui, aqui, aquiaqui, aqui e aqui, faz alguns outros sentirem-se mal por não terem nada de nada para partilhar... anos a fio, anos a fio, nada de nada de produção própria, copy past, copy past, anos a fio corta e cose ou cola, ou lá o que é... azar... ainda se a Parva Incómoda se calasse... e não é que o seu projecto ainda teve direito a post a ele dedicado no blogue "Aula Magna" do Jornal de Notícias, blogue reservado a Projectos Inovadores em Educação?! Raios a partam que a mulher não pára! E não se cala, criticando o que deve ser criticado, apoiando o que deve ser apoiado, na sua luta diária e não desistente, na sua luta diária por uma Escola Pública mais asseada, digna e transparente. E por um Portugal do mesmo calibre, já agora, que a mulher é ambiciosa. E tudo isto somente com uma secretária de quatro pernas, que é somente do que a mulher dispõe, mais um pc, uma cabeça no sítio devido e dez dedos para teclar.
É claro que este post não se dirige a todos, mas é que nem de longe nem de perto, que eu tenho muiiiita gente docente e muito decente guardada no meu coração, mas é certo que se dirige a todos os que forem capazes de enfiar o barrete, a todos os que não dão o litro pela Escola Pública e dela fazem parte integrante, parasitando-a, ao darem de si o mínimo dos mínimos e que, na crise, são tão penalizados como os outros, os parvos que não desistem nem se deixam abastardar porque sempre trabalharam e sempre deram o litro na profissão que desempenham com paixão.
Tenho dito.

A Caminho do Meio Milhão...


A Caminho do Meio Milhão

Obrigada a todos quantos por aqui passam.
Espero que continuemos a caminhar juntos.... a caminho do meio milhão...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Da Hipocrisia

Da Hipocrisia

Porque hoje se comemora o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher e porque a Moriae me encaminhou para este excelente vídeo.
Agradecida pela dica, Moriae!

A Merkel Explicada aos Mais Pequeninos

A Merkel Explicada aos Mais Pequeninos

Imperdível também pelos mais graúdos.


Crisis: waking the beast from Spam Cartoon on Vimeo.

A Crise Explicada aos Mais Pequeninos

A Crise Explicada aos Mais Pequeninos

Imperdível também pelos mais graúdos.


Crisis: Hot Air from Spam Cartoon on Vimeo.

A Caminho...


A Caminho...

A caminho das 400 mil entradas... com a vossa ajuda.
Para mim, tem sido um verdadeiro prazer.

Combater a Vergonha


Combater a Vergonha

Combater esta vergonha deveria fazer parte das obrigações de todos os que se prezam de Ser.
Porque a vergonha traduz-se em duas mulheres mortas por mês, fora as outras... as que vão morrendo aos poucos.

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades

Cheguei as estas maravilhosas e sábias palavras de Luís de Camões, aqui ditas por Rui Reininho, através de uma visita ao Tecto.
Obrigada pelas tuas reconfortantes palavras, Tecas!
Ânimo, precisa-se.

Amarante

A Princesa do Tâmega - Amarante - Portugal
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Amarante

A Princesa do Tâmega... por vezes ainda o é...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Vida - Decisão

Vida - Decisão

Hoje tomei uma decisão e vai daí deixarei os simulacros chafurdarem na indignidade das suas palavras e dos seus actos. Será o castigo. Porque hoje volto à minha vida.
Obrigada, Helena, por me teres conduzido aqui, a este meu equilíbrio interior.
Obrigada, G., por me teres ajudado hoje a recentrar-me na Vida. Na Minha Vida.
Que eu quero manter uma coisa asseada.

Confrontos na Assembleia da República

Confrontos na Assembleia da República



Adesão à Greve

Adesão à Greve

E se governo e sindicatos deixassem de ser ridículos?

Más Novas


Más Novas

De lixo em lixo até ao lixo final.

Fitch corta o rating da República
Dagond baixa rating da República

Novas do Dia

Novas do Dia

Ataques a repartições de finanças
Hoje há manifs
Solidariedade grega
Piquete de greve na Carris e intervenção da polícia

Segunda-feira, 14 de Novembro de 2011

11/11/11 – O FIM DO ENSINO

Em tempos passou um sábio por um reino, deixando todos maravilhados com a sua sabedoria. De tal modo sábio, mas também ousado, propôs ao rei ensinar o seu burro a falar no espaço de um mês, a troco duma quantia acordada. O rei, como gostava de possuir aquilo que mais ninguém tinha, aceitou a proposta. O sábio, passado o mês, vai ao palácio real entregar o burro, uma vez que havia já cumprido o seu trabalho. No dia seguinte, o rei mandou que trouxessem o homem à sua presença, indignado por este não ter ensinado o burro a falar e reclamando o seu dinheiro de volta. Então, com uma atitude humilde, o sábio disse que não devolveria o dinheiro porque tinha, de facto, e ao contrário do que o rei afirmava, ensinado o burro a falar. “Como, se ele não fala?”, perguntou o rei, furioso. Então o sábio respondeu, seguro de si: “Isso não é problema meu. Eu ensinei, ele é que não aprendeu.” O rei era um homem sensato, apesar das suas manias, pelo que deixou o homem ir em paz.
Esta parábola antiga evidencia aquilo que é fundamental para que a aprendizagem aconteça: um lado a ensinar e outro a aprender. Quem não quiser, ou não tiver condições à partida para fazer uma determinada aprendizagem, não a fará. E nesse caso não se podem apontar culpas a quem ensina. Ora, este é o grande drama do ensino na atualidade. Os alunos não são burros, mas se a sua atitude não for a adequada face à aprendizagem, também não aprenderão, e isso não quer dizer que o professor não esteja a cumprir o seu papel. Por vezes ouve-se de alguns alunos e de alguns pais (e não só) que os professores não ensinam. Seria importante que tivessem esta parábola em mente.
Quem teima em atribuir culpas aos professores tem de olhar para esta realidade, uma vez que o comportamento dos alunos é o grande responsável pelo seu insucesso. Então pode questionar-se… A quem compete mudar este estado de coisas? E resposta é simples… É a quem permite que isto aconteça. Não são os professores que ensinam os comportamentos incorretos aos alunos, nem são eles que produziram a legislação que empecilha todo e qualquer trabalho sério no sentido de os disciplinar.
Nas situações mais complicadas manda-se para a rua. (Muitos professores não mandam por causa daquilo que está escrito neste parágrafo.) Para mandar para a rua é preciso preencher papéis. Depois os pais contestam os papéis, às vezes com mais papéis. Para fazer um conselho disciplinar é preciso que haja muitos papéis desses, de preferência acompanhados por outros papéis, acrescentados por quem instaurar o processo, se for caso disso. O conselho de turma propõe uma pena que poderá não agradar ao diretor da escola, nem aos membros do conselho pedagógico. Quer dizer, lá no fundo concordam, mas não decidem de acordo com a sua consciência com receio de que venham outros papéis: dos pais, da sua associação, da psicóloga, da direção regional ou do ministério… que façam tudo voltar atrás. Isso obrigaria a analisar de novo os antigos papéis e a apreciar os novos papéis, a equacionar anteriores receios e os novos receios. No fim, os diretores e os conselhos pedagógicos acabarão, em regra, por decidir aquilo que mais agradar aos pais, que é uma simples repreensão escrita ou o arquivar do processo. Escusado seria dizer que o professor poderá muito bem vir a ser apontado, pelo aluno e pelos pais, como o culpado por tudo isto.

Mas as questões disciplinares são muito mais complexas do que aquilo que se restringe a uma sala de aula. Nas muitas escolas onde os problemas disciplinares não têm o desfecho que deviam ter, os alunos passam de boca em ouvido a mensagem “aqui podemos fazer o que quisermos porque não nos acontece nada”. Isso inclui estragar equipamentos, agredir colegas, insultar professores e funcionários. Obviamente, assim já se percebeu que não se vai lá e que ambos perdem: os professores, porque se desgastam e desmotivam; os alunos, porque não aproveitam como poderiam as aprendizagens que os professores lhes tentam passar.
Não cumprindo o seu papel, o ensino chegou ao fim. Já não é ensino porque deixou de haver educação. O ensino não sobrevive à ausência de educação. Daqui a uns tempos não se chame ensino a “isto”, porque “isto” já não o será. Utilize-se ou invente-se outra palavra. Porque gostamos de números curiosos, podemos propor como data simbólica para o fim do ensino o dia 11/11/11, onde cada 1 existe a par com outro 1. Facílimo de recordar, por muito tempo que passe.
Paz à sua alma.

Nota - Post inteiramente surripiado aos lírios.

 

Bom Dia Alegria!

Outono em Amarante Prenhe de Sol
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Bom Dia Alegria!

Para começar o meu dia será bem diferente do habitual porque, para já, vou dormir até acordar...
E este será o meu primeiro início/indício de greve.
Depois conto aproveitar o Sol quente deste Outono fabuloso que nos deu tréguas, por estes dias, de chuva a cântaros ou a rodos ou sei lá o que mais.
Haja esperança em dias melhores. Mesmo se olhamos para os lados e vemos gente que se abastarda por tão pouco...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Música Com Dedicatória

Música Com Dedicatória

Dedico esta música a uma das minhas professoras primárias. E à Merkel.

I Can' t Get No Satisfaction...

I Can' t Get No Satisfaction...

O resultado da minha relação com o país é este.
Ora isto, para um escorpião que se preze, é muiiito grave.

O Vitral e a Greve Geral

Cartaz surripiado ao Luís Costa, companheiro de múltiplas lutas!


O Vitral e a Greve Geral

Olha, olha, versejei!
E amanhã cumprirei.

O Vitral será grevista.

Como Um Vitral

Auto-Retrato - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Como Um Vitral

Foi uma recepção calorosa a que hoje tive mal aterrei na Escolinha carregada de portefólios dentro do meu querido Saco Porta-Portefólios... porque tenho a mania que sou trabalhadora, diga-se de passagem, que diacho de coisa sem sentido! e eis senão quando ouço uma música junto dos meus ouvidos cuja letra era um Anabela Maria, tu hoje pareces mesmo um vitral! o que, para começo de dia de trabalho, ensolarado e quente, confesso, não está mesmo nada mal... e sim,  raios a partam... lá está ela com a mania que é... eheheh... um vitral! Vejam só o que agora lhe haveriam de chamar!
Reconheço que fui assim chamada à conta do meu queriducho lenço colorido da Bimba & Lola, de múltiplas cores espalhadas pelas folhas improváveis que carregava ao pescoço, mas é certo que poderia ser igualmente chamada de vitral à conta de uma personalidade escorpiónica muito trabalhada ao longo do tempo que me faz permanecer formiguinha sem abandonar o meu canto de cigarra, que me faz continuar a ser transparente mantendo a minha densidade. Lá está, não sou um simples vidro... sou mesmo um vitral. E há quem não ache piadinha nenhuma a isto...
"Maldita a hora..."
Jamais me esquecerei.

Alerta

Alerta

Eu também não quero viver numa Europa dominada pela Alemanha. E também acho que uns quantos políticos nacionais e estrangeiros deviam responder perante a Justiça e assumir as suas responsabilidades na tragédia grega em que já está transformada toda a Europa. E que nos deve deixar a todos profundamente envergonhados. E enojados.
Tenho dito.



Vídeo surripiado à Ana Cristina Leonardo, do blogue Meditação na Pastelaria.

O Protesto Através da Nudez

O Protesto Através da Nudez

Acontece na China, depois de ter acontecido no Egipto e em Israel... ou terá sido ao contrário? Não importa. A luta contra o poder instituído e opressor faz-se de múltiplas formas e o homem nunca deixará de ser criativo. A Mulher também não.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Afogamento

Pequena Amostra de Portefólio - Zé Miguel - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Afogamento

De afogamento completo é a condição em que me encontro, entre testes e mais testes e portefólios para corrigir de fio a pavio... centenas de páginas... porque eu devo ser, por certo, uma doida varrida com a mania que sou... eheheh...
Não, não me abastardarão, e continuarei a trabalhar o melhor que posso e sei, sem olhar para o relógio, apenas porque sim.
Não griteis por mim, testes! Não griteis por mim, portefólios!
Meus queridos... aqui vou euuuuuuuuuu...

Primavera Árabe

Primavera Árabe

Na Síria, a primavera árabe continua sem tréguas, apesar dos milhares de mortos às ordens do ditador abjecto. Que cairá. Mais cedo ou mais tarde.

Outono Árabe

Outono Árabe

A revolta do povo, governado agora pelos militares, continua. Sem tréguas.



Vídeo surripiado aqui.

Cabaz de Natal


Cabaz de Natal

Cartoon surripiado ao Miguel Loureiro.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pelo Egipto

Múmias Egípcias - Museu de Arte Egípcia - Leiden - Holanda
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Pelo Egipto

Governo demite-se.

Imolação

Imolação

Uma monja tibetana, Palden Choetso, de 35 anos do Mosteiro Geden Choeling, imolou-se pelo fogo em protesto contra a ocupação chinesa, no passado dia 3 de Novembro e as imagens deste vídeo são desse acto extremo, e do seu funeral, não aconselháveis a pessoas mais sensíveis que por aqui passem. Coloco-as aqui apenas pela ampliação do seu protesto contra uma ocupação nojenta que se arrasta no tempo sem se resolver. Mas confesso que tenho dificuldade em entender estas formas de protesto, de uma violência extrema contra a própria vida.

Obscenidade



Obscenidade

Pela Madeira dentro.

Paga, patego!

Novas de Espanha

 

Escultura - Oviedo - Espanha
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Novas de Espanha

A Espanha virou à direita. Nada de extraordinário se pensarmos que esta crise medonha tirará do poder quem está no poder e ponto final. Assim foi na Grécia que virou à esquerda para penalizar o partido de direita que governava quando tudo começou a dar para o torto e depois virou sabe-se lá para onde, para um tal de Governo de Salvação Nacional, não eleito, formado por homens agradáveis aos mercados, esses malandros dos mercados que parece terem ganho vida própria e existirem só para nos lixar.
Por cá virámos igualmente à direita, já que tínhamos um (des)governo de esquerda que esticou a corda da desbunda e do descontrolo até não poder mais e foi, por isso, penalizado nas urnas.
E assim será nos países contagiados crise das dívidas soberanas, com viragens em sentido contrário, para a esquerda ou para a direita, consoante seja a direita ou a esquerda que se encontre instalada no poder.
Já vi este filme. A partir de hoje a Espanha, acossada pelos mercados, começará a apertar o cinto forte e feio e os espanhóis começarão a sentir na pele, ainda mais do que até aqui, o peso duma pobreza crescente que alastra pela Europa como um vírus para o qual parece não haver tratamento possível.
Mas quem diz a Espanha também diz a Itália... ou até uma França... porque a crise quando nasce parece que é como o sol...
Haverá reacção concertada europeia, só faltando saber quando e quantos terão antes de ajoelhar, sob pena de a Europa se desmoronar por completo.

Sem Título

Fotografia sei lá eu de quem!

Aviso desde já que este post foi inteiramente surripiado ao Luís Costa do DaNação.

Sem Título

"Mimo para aqueles que só têm voz na anónima e surda escuridão."

Nota minha - Este post é inteiramente dedicado às minhocas que pululam e nos rodeiam, do sexo feminino e masculino, que as há para todos os gostos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Outono Árabe

Outono Árabe

Porque a paciência do povo esgota-se.

Greve Geral - 24 de Novembro


Greve Geral - 24 de Novembro

Também faço greve por causa disto. E por causa disto. Porque me sinto espoliada e porque não admito que o dinheiro dos meus impostos legitimamente cobrado, mais o que me roubam a torto e a direito, vá para este peditório.

Líbia

Líbia

Saudades desta areia quente que eu já pisei com os meus pés descalços, das gargalhadas sem barreiras, das paisagens surreais, da simplicidade de uma vida reduzida ao essencial, do silêncio espampanante do deserto.
Votos de paz e harmonia deste Norte para esse Sul que eu amo... perdidamente... e onde preciso de reentrar...

Emilie Simon - Le desert

Emilie Simon - Le Desert

Dedico as imagens e a música ao Sahel e à Maria Portugal. E por razões opostas.

sábado, 19 de novembro de 2011

24 de Novembro - Greve Geral


24 de Novembro - Greve Geral

Faço greve porque é um direito meu, consagrado na Constituição Portuguesa, e do qual eu não abdico.
Faço greve pelas garrafas de água e pelos copos de plástico ainda não cortados na Assembleia da República, servidos por serviçais solícitos.
Faço greve pelo roubo que o Estado teve a desfaçatez de perpetrar sobre os seus funcionários, bons, maus, excelentes, vergonhosos, assim assim, sem apelo nem agravo, abatendo-se e abocanhando ferozmente o fruto do seu trabalho.
Faço greve pelas DRE ainda viçosas, pelas fundações e institutos ainda intocados, pelos off-shores, pelas PPP que me empobrecem a todos os dias que passam e que eu não engendrei e pelas quais sinto que devo pagar zero.
Faço greve pelo facto de não participar nos lucros dos bancos como sua beneficiária e participar pagando, obrigada, aquando dos seus prejuízos.
Faço greve pelo simulacro de ADD que vigora e vigorará neste país como se fosse coisa decente sendo apenas m*$#& mal cheirosa que empesta e empestará as escolas com um cheiro nauseabundo.
Faço greve por uma Assembleia da República ainda não minguada em tamanho e que já se deveria ter diminuído para dar o exemplo ao restante país.
Faço greve por uma Justiça cara, lenta e injusta.
Faço greve pela corrupção que aparentemente medra neste país, a cada dia mais pesada, mais grave, mais tentacular.
Podia ficar aqui a noite toda... mas enfim, a verdade é que faço greve porque sim.
Dia 24 de Novembro serei uma orgulhosa grevista. Porque um povo que aceita o esbulho sem pestanejar... pois...

Assustador

Assustador

Governo vai rever os salários da Função Pública.
Vem aí porrada...

Novas da Líbia

Leito de Rio em Pleno Sahara - Akakus - Líbia
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

Novas da Líbia

Saif Kadhafi, o presumível herdeiro do ditador, foi capturado no sul da Líbia.
Espero que o conservem em boas condições físicas até ser presente a julgamento.

Entretanto as comunicações foram restabelecidas e é agora possível falar daqui para lá, é agora possível falar deste Norte para o Sul que eu amo, é agora possível escutar de novo as gargalhadas quentes que me chegam vindas directamente de um Sahara feito de paisagens improváveis e de cortar, verdadeiramente, a respiração. Já o fiz. E foi com especial emoção e alegria que soube boas novas dos meus amigos, ao que sei bem, tanto quanto é possível estar bem num país dilacerado por uma guerra aberta desnecessariamente por um ditador que confundiu um país e um povo com a sua propriedade pessoal e particular.
Os povos só são manobráveis até certo ponto, os povos só são manipuláveis até certo ponto. Convinha que os dirigentes mundiais percebessem isto, convinha que os dirigentes europeus percebessem isto sob pena de serem ultrapassados pelos acontecimentos descontrolados de que as democracias ocidentais não estão isentas.

Dormir Até Acordar


Erg Chebbi - Merzouga - Sahara - Marrocos
Fotografia de Joana Matias de Magalhães

Dormir Até Acordar

Esta é a expressão que eu uso para as noites em que me deixo ir no embalo do sono e acordo apenas por mim, quando o meu corpo e mente o determina, sem noticiários catastróficos da TSF logo pela manhã.
Dormir até acordar é um exercício que eu pratico de quando em vez e que me é absolutamente necessário para repor energias, ou pelo menos tentar, para recuperar da desilusão que observo à minha volta, ou pelo menos tentar, para superar do choque da constatação da mentira descarada que tem consequências sobre a vida dos outros, praticada com a maior desfaçatez e lata por pessoas que apenas são simulacros disso mesmo, sendo na realidade apenas minhocas, dispostas a rabiar sobre tudo e sobre todos.
E assim, com excelentes noites de sono impecavelmente cumpridas, se vai tentando colar os cacos do que nas vésperas se partiu, e assim se vai tentando viver num mundo cada vez mais cão onde tudo vale, até arrancar olhos.

É uma das técnicas de sobrevivência, tão velha como a Humanidade - um sono retemperador pode operar milagres... pode...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Confrangedor

Confrangedor


São apenas estudantes universitários portugueses... e com sorte ainda chegam a deputados da nação... ou mais "alto" ainda...

Entretanto parece que há alguma polémica com esta peça e a notícia já chegou aqui.
No entanto, a peça continua confrangedora, muito embora, ao que parece, agora com algumas atenuantes.

Boas Notícias

Boas Notícias

E não, não estou no gozo.

"Acabar com a história e a geografia no 3º ciclo só por cima do meu cadáver"

Nuno Crato

Sem Vergonhice na Contratação de Professores

Sem Vergonhice na Contratação de Professores

E ainda há quem defenda a contratação de professores feita escola a escola... ai meus deuses que é preciso estar a leste do país, ou então sair-se beneficiado com a rebaldaria de um sítio que muitos estão apostado em fazer nojento.
Ora leia aqui.

Só Boas Notícias

Só Boas Notícias

Espanha e Itália perto do incumprimento?
E a Alemanha aqui tão perto...
E a Hungria nem se fala...
Entretanto a epidemia alastra e parece contagiar economias como a França, a Bélgica, a Austria e a Holanda.
E agora? Fazemos o quê?

Pouca Vergonha

Pouca Vergonha

A Ana Drago quer saber e eu também. Pois não é que o orçamento do MEC prevê cortes em rubricas como apoio ao Ensino Especial e aumenta a verbas para aquelas coisas que serão quase extintas chamadas DREs?
Mas esta gente anda no gozo ou quê?

A Campanha Choque da Benetton


A Campanha Choque da Benetton

Eu gosto. Porque é irónica e provocadora como o raio que a parta.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Humor Negro


Humor Negro

Surripiado daqui.

Novas da Troika

Novas da Troika

Recomendações:

Cortes salariais no sector privado
Redução de funcionários públicos

E Portugal vai receber mais 8 mil milhões de euros para despesas correntes de um Estado de mão à frente e outra atrás... que terão de ser pagos um dia lá mais para a frente... o que se me apresenta como um horizonte simplesmente assustador...

O Nível da Política à Portuguesa

O Nível da Política à Portuguesa

Preparem-se. Vou dar a palavra ao Marinho Pinto.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Cerco Aperta-se

O Cerco Aperta-se

E já não era sem tempo... pela Síria ainda reina o tiranete que cairá face às inúmeras pressões internacionais que se avolumam. Quer ele queira quer não. Mais cedo ou mais tarde.

E para compreender melhor a Síria...

Políticos

Políticos

Pelos EUA também há cromos incompetentes dessa raça amaldiçoada chamada políticos.

Más Notícias

Más Notícias

O fim do euro será uma catástrofe para os europeus.
Alarmes já tocam em França?
Alta tensão em Espanha? Juros disparam em Espanha... depois da Itália...
Estagnação na zona euro.
O Chipre é já a seguir?

Tomada de Posição

Tomada de Posição

Tomada de Posição do Departamento de Ciências Sociais e Humanas
da Escola Básica Carolina Beatriz Ângelo, Guarda
Para:
gp_ps@ps.parlamento.pt
gp_psd@psd.parlamento.pt
gp_pp@pp.parlamento.pt
gp_pcp@pcp.parlamento.pt
bloco.esquerda@be.parlamento.pt
Pev.correio@pev.parlamento.pt
belem@presidencia.pt
pm@pm.gov.pt
aph@netcabo.pt
dgidc@dgidc.min-edu.pt
cneme@mail.telepac.pt
geral@esjgf.com
deb@deb.min-edu.pt

O Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola Básica Carolina Beatriz Ângelo da Guarda deixa aqui o seu veemente repúdio pela possibilidade aventada, nos órgãos de comunicação social, de redução da carga horária e fusão das disciplinas de História e Geografia na futura revisão curricular do ensino Básico. Os professores deste Departamento rejeitam a ideia veiculada de que estas disciplinas não sejam consideradas estruturantes. Consideramos que as mesmas contribuem para a formação de cidadãos conscientes assim como para a melhoraria da qualidade das aprendizagens dos nossos alunos.
Consideramos que esta proposta retira valor às Ciências Sociais e Humanas, o que não pode acontecer numa sociedade que se pretende interventiva, esclarecida, participativa e criadora de um mundo melhor.
Não podemos esquecer a importância da História para o conhecimento dos tempos passados e para a possibilidade de perspetivar o futuro. A História tem um importante papel no desenvolvimento dos valores ligados ao pensamento democrático, à estruturação do pensamento, ao desenvolvimento das capacidades de análise e síntese numa sociedade, cada vez mais complexa, onde é necessário alargar as capacidades de análise e reflexão que permitam aos nossos jovens, futuros cidadãos, fazer opções seguras e livres.
O conhecimento geográfico inclui componentes muito diversas – do ambiente às questões económicas, sociais e culturais – articuladas entre si por um nexo territorial. A Geografia sublinha contrastes territoriais atribuindo-lhes dois sentidos: as assimetrias que é necessário combater e erradicar, as diferenças que é necessário preservar, potencializar e valorizar.
Neste contexto, a curiosidade geográfica e histórica emerge como uma atitude/valor de primeira grandeza. É ela que, ao longo da vida, estimula novas interrogações, permite desenvolver novas competências, propicia a aquisição e a produção de novos conhecimentos, É através das descobertas que se promove a curiosidade, se favorece a consolidação de uma atitude crítica que nuns casos desenvolve a tolerância e o diálogo, noutros provoca indignação. A curiosidade permite, ainda, identificar as vantagens do conhecimento, mas também os seus limites face a outras disciplinas ou saberes não eruditos, suscitando uma atitude favorável ao confronto de ideias e de perspetivas e, naturalmente, a uma postura de respeito por opiniões e abordagens distintas e devidamente argumentadas. A curiosidade favorece igualmente o estabelecimento de pontes com outros saberes, contribuindo para evitar leituras reducionistas e fundamentalismos de base exclusivamente disciplinar.
É a curiosidade fomentada por estas disciplinas que favorece o confronto de ideias, de inércia e mudança, de passado e de futuro, de memória e de prospetiva que permitirá a ponderação dos riscos inerentes a qualquer processo de tomada de decisão ou de intervenção. É através das metodologias pedagógicas destas disciplinas, leitura e interpretação de textos, mapas e outros documentos, que se contribui para uma melhor aprendizagem e aperfeiçoamento das competências específicas da Língua Portuguesa.
No modelo pedagógico que hoje se preconiza para estas disciplinas o professor é um organizador de situações de aprendizagens contextualizadas, adaptadas à idade, ao nível de desenvolvimento cognitivo dos alunos, aos seus interesses, ao seu ritmo de aprendizagem e às competências que se pretendem desenvolver. A resolução de “ situações – problema” e o desenvolvimento de projectos é um trabalho simultaneamente cognitivo e social. É imprescindível, portanto, que o aluno se implique nas tarefas a desenvolver, o que passa por uma relação pedagógica cooperativa e pela colaboração entre pares.
Assim, sendo já manifesta a dificuldade dos docentes deste Departamento, desenvolver as competências acima referidas com a carga horário atualmente atribuída, impossível será concretizar um modelo pedagógico, que se pretende participado e eficaz na construção do saber pelos nossos alunos, se os tempos lectivos a disponibilizar forem ainda mais reduzidos.
Por outro lado, se for levada a cabo uma fusão destas duas disciplinas, numa operação que nos parece altamente penalizadora para os saberes desenvolvidos nas aulas de História e Geografia, corre-se o risco de os nossos alunos chegarem ao final do 3º ciclo com a sua formação amputada pela ausência de aquisição das competências essenciais e específicas de cada uma destas disciplinas. Apesar da História e Geografia pertencerem às Ciências Sociais e Humanas, não deixam de desenvolver saberes e competências específicas que não se podem aglutinar numa única disciplina resultado de uma visão redutora do currículo, da mesma forma que não podemos agrupar as disciplinas que integram as Ciências Exatas e Experimentais.
Guarda, 26 de Outubro de 2011


Post surripiado ao Guinote.

Milú e Chitas Contra Guinote

Milú e Chitas Contra Guinote

Na contenda, torço pelo Guinote.

A Praga - O Funcionário Público

A Praga - O Funcionário Público


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Amor Electro - A Máquina

Amor Electro - A Máquina


A Palavra a Nouriel Roubini


A Palavra a Nouriel Roubini

Apenas o economista que previu a crise de 2008. A sua palavra é sobre Portugal e o que ele anuncia não é nada, nada, nada mas mesmo nada agradável.
Leia aqui.

Pinho II


Pinho II

Até que seria bom mas, infelizmente, 2012 não marcará, certamente o fim da crise. Nem tão pouco o princípio do fim da crise... para mal de todos nós.
Mas o que é que se passará com o ministro Álvaro Pinho?... perdão, Pereira?

Quanto a este Campos devia ter vergonha na cara, não lhe parece?

Partilha - Aconchego

Auto-Retrato - Budapeste - Hungria
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Partilha - Aconchego


Recebi a missiva que abaixo transcrevo no passado dia 11 de Novembro. Não é a primeira deste teor, vinda de pais/encarregados de educação, que recebo aqui no recato da minha caixa de correio electrónico e que publico. Para ser sincera, esta é mesmo a segunda que publico, vinda de pessoas desconhecidas, que permaneceriam no anonimato caso não se dessem ao trabalho de teclar e me enviar o conteúdo que entenderam por bem enviar. Confesso que o seu conteúdo, chegado nesta conjuntura particular da minha vida profissional, me aconchegou a alma e o coração nestes dias difíceis que se vão vivendo dentro e fora da Escola. Confesso igualmente que acabo sempre por receber estas mensagens com algum espanto face à delicadeza do gesto, tão pouco habitual entre nós.
Transcrevo a mensagem agarrando-me ferozmente à defesa da partilha, que eu sempre defendi e defenderei - a partilha deve acontecer, a partilha deve defender-se e, ainda mais importante, deve praticar-se.
Acredito que, se outros partilharem comigo, terei mais hipóteses de evoluir enquanto profissional e enquanto ser humano e que se eu partilhar com outros esses outros terão igualmente mais hipóteses de evoluir durante a sua caminhada porque o caminho que se percorre com amparo é um caminho mais suave. A vida é um toma lá dá cá permanente e assim é que está correcto e assim é que ela é equilibrada. Dar, o que se pode dar aos outros, não custa nada e pode fazer toda a diferença. É assim um pouco o espírito de uma dadora de sangue, que eu também sou. Defendo a partilha na teoria... e pratico-a na prática... porque teoria sem prática é igual a simulacro seja do que for e eu abomino simulacros.
Continuarei a partilhar. Agora, bem sei, com um pé atrás relativamente a esta partilha que já foi total.
A ver vamos o que decidirei no futuro.
E agora reparo... a minha resposta saiu-me um pouco amarga... mas há dias assim...

Obrigada, Conceição, pela autorização concedida para publicar a sua mensagem.
Obrigada, Conceição, por me amparar a caminhada.

Boa tarde Profª Anabela

Tenho uma filha no 7º ano e “descobri” o seu blogue. Naturalmente que as aulas dela vão a par das suas e é engraçado ( e útil)“acompanharmos” as vossas…
Numa altura em que o ensino e a classe dos professores estão muitas vezes “debaixo de fogo”, acho que também deve fazer bem ao ego receber um elogio… em especial se for de alguém anónimo e desinteressado. É isso que pretendo fazer com este mail: dar-lhe os parabéns pelo blogue, pelos Power Point que disponibiliza… pelo empenho que me parece ter naquilo que faz. Espero que os seus alunos correspondam ao seu esforço e aproveitem bem.
Eu e a minha Francisca continuaremos a acompanhar o seu trabalho, como complemento das aulas dela ( e para minha satisfação pessoal, pois História sempre foi a minha disciplina preferida…).
Bem haja pelo esforço e dedicação aos seu trabalho e aos seus alunos e por compartilhá-los com tantos outros mais.

Conceição Gancho Martins

Boa tarde Conceição

Nem imagina como me souberam bem as suas palavras recebidas numa conjuntura tão dramaticamente má para os professores e, ainda mais grave, para o país no seu conjunto.
E nem imagina o quão importante é para mim, pessoal e profissionalmente, o tê-las recebido hoje.
Portugal é um país difícil para quem quer, de facto, trabalhar, dar o máximo de si e apenas não fazer mais porque é humanamente impossível. E este é o meu caso. Trabalho porque gosto muito daquilo que faço, a minha sala de aulas é o meu sítio preferido em toda a Escola, os meus alunos a razão da minha existência profissional. Tudo o resto é fait divers incluindo uma indignidade que por aí subsiste chamada Avaliação de Desempenho Docente e que deveria chamar-se Avaliação de Desempenho Doente e que colocou os professores, tantos neste país, que como eu dão o litro pela sua profissão, que trabalham milhares de horas para além do seu horário normal, como alvo de chacota de uns quantos tristes que para nós olham gozando de fininho "Olha, olha, queres ver que esta/este tem a mania que é boa/bom? Queres ver que esta/este tem a mania que é inteligente? Queres ver que esta/este tem a mania que é excelente?"
O ambiente nas escolas degradou-se tanto, mas tanto, nos últimos anos, que, confesso, até a mim me dá vontade de baixar os braços... embora saiba que nunca o farei e saiba que continuarei a lutar com todas as minhas forças, sem aldrabices nem malabarismos, por uma Escola Pública que se quer digna, honesta e asseada. Coisa que nem sempre é, muito por culpa do poder central, muito por culpa do poder e de quem o exerce.
Podia ter guardado as minhas aulas, que assim ficariam entre mim e os meus alunos, mas o problema é que eu sou uma defensora acérrima da partilha e não desisto dela nem quando me acusam de me armar em boa, o que não deixa de me causar espanto, estranheza, tristeza.
O meu trabalho fala por si e não me envergonho dele. Penso até, pecado mortal!, que poderá ser útil a outros alunos que não os meus, a outros encarregados de educação, a outros pais, a outros professores, enfim a simples curiosos. Defendo que o trabalho deve ser partilhado de forma generosa e que se todos partilharmos o pouco ou o muito que produzirmos conseguiremos evoluir enquanto comunidade.
Penso... mas não não sei até quando...
Peço desculpa pelo desabafo. Saiba que a sua missiva me deixou particularmente feliz e orgulhosa e que me enrosquei nas suas palavras generosas que me deram alento para continuar uma caminhada que é, à medida que envelheço, cada vez mais penosa. E os alunos não têm nada a ver com isto pois continuo a vê-los, à maioria, sorridentes e entusiasmados nas minhas aulas.
Agradeço-lhe o trabalho que teve ao entrar em contacto comigo para me dizer o que disse. É que a sua atitude é tão invulgar e rara...

Desejo-vos muitas felicidades e que a sua Francisca faça um excelente trabalho este ano.
Eu fico feliz se puder ajudar.

Cumprimentos

Anabela Magalhães
 
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