Azul - Essaouira - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
Azul
O azul, com todos os seus cambiantes, é uma das minhas cores favoritas.
É a cor do céu, do mar e das minhas calças de ganga. Já experimentei saudades das minhas calças de ganga. Durante a minha gravidez, usei-as até ao quinto mês. Durante o sexto disse-lhes bye bye e fiz um interregno no seu uso. A minha barriga estava como uma melancia e eu sem conseguir entrar nas minhas calças de ganga! Fiz a mala para a saída da casa de saúde, para depois do parto. Meti lá as minhas calças de ganga. Pobre inocente que teve que sair com a roupa com que entrou! Afinal a barriga ainda estava lá. Afinal não era imediato. Afinal não era Joana nascida barriga vazia. Afinal a barriga ainda estava lá. E lá tive que esperar mais oito dias para que, com esforço, conseguisse matar saudades das minhas calças de ganga e entrasse no azul!
Oh escorpião azul... sem querer entrar no teu território austéro, enviei-te uma imagem do deserto, algures em marrocos, fantástica.
ResponderEliminarJá agora, esse gosto pelo azul, não virá da analogia com a imensidão do mar, a sensação de pequenez e de contemplação venerativa, e da aclamia de espírito que ele nos proporciona...
Só um senão,não conheço escoirpiões marinhos... lol!
Azul do mar... hum! Não será o mar parecido com o deserto, realçando a nossa pequenez, perante os mesmos. A sua imensidão, a nossa sensação de desorientação, a falta de pontos de referência... contudo, ambos tão confortantes para o espírito, e com a capacidade de fazer com que nos encontremos, a nós próprios, espantoso, não é?!
ResponderEliminarSó há um pequeno pormenor, não existem escorpiões no mar... talvez espécimes aparentadas... hum! Talvez um escorpião azul! Desculpa entrar no teu agreste e bem delimitado território... escorpião azul!
Pois não há. Deve ser por isso que me sinto melhor em terra que no mar. A terra é o meu espaço. O mar é para contemplar! Mas gostei do escorpião azul. Sempre fica diferente.E o meu território só é austero para os meus inimigos, o que felizmente não é o teu caso.
ResponderEliminarQuanto à fotografia ficou perdida algures em Marrocos.
Afinal encontrei a tua foto no gmail. A primeira vez que a minha filha passou ali tinha sete anos. Temos que preparar os nossos filhos para a vida porque a vida não são só mordomias e o deserto é uma escola no seu melhor e o tempo lá passado é de aprendizagem. O local fotografado fica perto de Erfoud e Rissani e do erg Chebbi onde se situam as grandes dunas de Merzouga. Que eu já subi. É um dos muitos albergues que povoam as fraldas do deserto.
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