Coincidências I
No sábado à tarde, estava eu em plena labuta com as minhas pedras e os meus muros, quando vejo três rapazes a entrarem pelo meu monte dentro com umas lancheiras. Ficaram a saltar de rochedo em rochedo, não dando pela minha presença, até que resolveram descer, pelos meus caminhos, em direcção aos campos. Resolvi ver o que se passava. Aproximei-me, cumprimentei-os e um disse logo que eram escuteiros e que estavam a fazer uma prova de orientação na Serra da Aboboreira. Disse-lhes que só queria lembrar-lhes que estavam numa propriedade privada e que se precisassem de sítio para fazerem o pic-nic podiam usar as mesas de pedra espalhadas pela propriedade. E disse-lhes para estarem à vontade.
Estou eu às voltas com as pedras dos muros quando se aproximam os três. "Vamos ficar aqui até à noite. Estamos sem fazer nada, podemos ajudá-la com o muro? Dei uma gargalhada. Não estava nada à espera de semelhante sugestão. Bem sei que são escuteiros e que têm que praticar boas acções...Recusei. "Obrigada, mas não". Insistiram, quiseram saber porque é que eu estava a recusar a ajuda deles. "Porque tenho que ser eu a fazê-los. Porque só eu sei como os quero." Voltaram a insistir. Andava eu para ali com as pedras às voltas e eles, três rapazes "valentes" não podiam ficar só a observar! "Ok. Estão a ver aquelas pedras? Se mas trouxessem para aqui era espectacular."
Os rapazes revelaram-se uma ajuda inesperada.
Conversa daqui, conversa dali, o que é que eu descubro? Um deles é filho do Valente, o meu formador na área das novas tecnologias, o que me ensinou, entre outras coisas, a dar os primeiros passos para fazer o meu blogue. Este blogue. E para além de ser filho do Valente é irmão da minha ex-aluna, por sinal muito doce, Joana.
Este mundo está, definitivamente, cada vez mais pequeno!
P.S. A Aboboreira ontem esteve agitada. Era vê-los noite dentro, de lanternas nas mãos, a passearem-se pela Barca.
Dali saíram já perto da meia-noite.
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