terça-feira, 19 de junho de 2007

A Nossa Sensibildade


Reflexo - Barca - Carvalho de Rei - Amarante - Portugal
Fotografia de Artur Matias de Magalhães

A Nossa Sensibilidade

"Sofremos mais hoje que as gerações passadas porque o estímulo da maquinaria, da multidão, da coisa impressa e do barulho desgastou os tecidos protectores dos nossos nervos. Há compensações: esta sensibilidade em carne viva ergue-nos a uma subtileza de percepção e de coordenação nervosa e muscular que somos capazes de fazer coisas absolutamente impossíveis aos homens primitivos e mesmo aos medievais. Ficamos na situação dos músicos, cujos "ouvidos educados" os fazem sofrer com todos os sons que não sejam harmónicos: esses músicos pagam o crime da sensibilidade excessiva e possuem os defeitos das suas virtudes. Mas pensam lá eles em perder tais dons em troca de se livrarem dos sofrimentos consequentes? Não há homem moderno que queira desistir de uma sensibilidade que, se duplica o sofrimento, também multiplica os prazeres.
Will Durant, in "Filosofia da Vida"

Só posso estar inteiramente de acordo com as palavras de Will Durant acima transcritas.
Sensibilidade. A nossa sensibilidade deve ser apurada, cultivada, alimentada e aperfeiçoada ao longo da nossa curta ou longa vida. Mesmo se isso implica sofrimento. Porque também implica alegria, felicidade e múltiplos prazeres. E não nos podemos dar ao luxo de perder o que já conquistamos. Sensibilidade.
Nota - E só agora reparei que hoje estou muito a preto e branco. E cinzento. Para variar. Deve ter sido do velório. E da minha sensibilidade!

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