sexta-feira, 28 de setembro de 2007

José António



José António

Ainda não falei explicitamente deste senhor neste blogue, muito embora já me tenha apetecido. Mas guardei-me para este dia tão importante da sua vida, o dia em que ele faz cinquenta anos, o dia em que ele vira cinquentão.
Depois da Adelaide, eis que o Zé vai lançadinho na sua peugada. E nós todos atrás deles.

O José António, mais conhecido por Zé , e carinhosamente tratado por Zezinho, é de longe o meu amigo mais chique. Já aqui falei do radical, do aviador, do informático, de algumas meninas do Canito... este é só aquele que conhece, e sabe tudo, sobre marcas de relógios, sobre as melhores marcas de vinhos, sobre restaurantes com estrelas Michelin, sobre hotéis todos xpto, sobre discotecas da moda, sobre marcas de caviar... e do diabo a quatro de que ele se possa lembrar.
Eu, que sou pouco dada a estas coisas e adoro passar o fim-de-semana cortando mato na Barca, não deixo de olhar para ele com admiração e de lhe realçar a pachorra! É que o tipo parece uma gigantesca enciclopédia. E o engraçado é que podia ser um saber livresco... mas qual quê! O tipo pratica, pratica, e volta a praticar!

Por tudo isto que ficou dito, o Zezinho é também aquele que eu mais gosto de levar para o Grande Sahara. Porque o deserto é um espaço libertador das teias em que nos vamos enredando e porque é vê-lo feliz e solto, rindo às gargalhadas, parecendo uma criança descomprometida com tudo, e usufruindo do silêncio mais inebriante que jamais se poderá ouvir.

Encontrar-me-ei com ele, hoje mesmo, à falta de um qualquer deserto, na sua chiquérrima festa de anos, para amanhã me voltar a encontrar com ele, no ambiente completamente descontraído da Barca e falarmos, entre gargalhadas, da próxima viagem que faremos juntos e para recordarmos as viagens que já deixamos para trás, os frigoríficos, as camas, os telemóveis, os chuveiros, as sanitas... inexistentes no Grande Sahara.

E como o teu amigo Artur está, como sempre, a trabalhar, vou tomar a liberdade de te recordar um poema, por ele escrito, que te foi dedicado, e que está no vosso livro de curso.
Um poema belíssimo por sinal. E que reza assim:

"Quando me lembro do tempo que passamos,
Daquelas tardes de conversas que falamos,
De tantas horas que gastamos a brincar,
Tenho até vontade de parar,
De pedir ao tempo p`ra ficar!
Mas...
Quando sinto a vida que esperamos
Naqueles sonhos das conversas que falamos
Nas tantas coisas que ao mundo já pedimos,
Tenho uma vontade louca de partir
Que até peço ao tempo que não páre!
Mas...
Tenho saudades,
Tenho saudades do tempo que deixamos"

Artur Matias de Magalhães
E venham mais cinquenta!
Parabéns Zezinho.

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