quinta-feira, 13 de março de 2008
Barca - Carvalho de Rei - Serra da Aboboreira - Amarante
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
Ricardo Cerqueira Abreu
Hoje termino a publicação do conto do Ricardo agradecendo-lhe o enorme privilégio que constituiu para mim a publicação da sua escrita tão criativa, madura, profunda.
E agora só para o Ricardo, que ninguém nos ouve...
Já não temos mais aulas durante este período, e só nos encontraremos depois da paragem da Páscoa, mas não queria deixar de te dizer que tive comentários muito elogiosos ao teu conto, de pessoas próximas que não costumam comentar o meu blogue. É para que saibas. Um beijo grande e diverte-te. Se mereces!
Viagem através da vida, da mente e do monte
IV - Capítulo
Voltei a acordar, em minha casa, no meu quarto. Vi que o meu pai estava ao meu lado e soltei um grito de felicidade, mas também fiquei intrigada com o facto de estarmos sãos e salvos, em casa. O meu pai percebeu a minha dúvida e explicou-me que enquanto estava a procurar lenha, caiu num buraco coberto pela neve e ficou lá muitas horas sem poder sair, faminto e gelado. Acabou por ser salvo por um indígena que o levou para a sua aldeia onde trataram dele.
O meu pai, através de gestos e desenhos, pediu-lhes para um deles ir ver se eu estava bem. Foi esse indígena que me salvou do lobo.
Como recompensa o meu pai prometeu ensinar-lhes a ler e a falar a nossa língua. Os indígenas perceberam a mensagem e ficaram contentes por poderem vir a comunicar connosco.
Os anos foram passando e eu cresci. Tornei-me uma acérrima defensora dos direitos dos indígenas e percorri o mundo.
Depois de alcançados os meus sonhos e ambições, só me restava, na memória, uma frase que um velho amigo tinha proferido:
- Só resta saber que decisão tomar e o que fazer a seguir.
Ricardo Abreu
N.º 22
9.º H
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