quarta-feira, 30 de abril de 2008

Laureans - Conversa com um Poeta Louco


Auditório - Escola Secundária de Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães

Laureans - Conversa com um Poeta Louco

Hoje levei a minha turma de Electricistas de 2º ano, do Curso de Educação e Formação, ao auditório do Pavilhão B onde, conjuntamente com outros alunos de outras turmas, alguns até de Secundário, participaram numa conversa animada com Laureans, o poeta louco.
Laureans é um personagem muito pouco convencional, com um discurso muito filosófico, muito anarquista. Cativou de imediato os meus alunos que se iam rindo a bandeiras despregadas com algumas das afirmações feitas durante aquela conversa. E só para exemplificar:
"A vida é a única merda que vale a pena cheirar!" disse Laureans.
Pois os meus alunos deliraram com o personagem subversivo e provocador que encontraram pela frente e participaram activamente nos diálogos estabelecidos. À saída, de olhos a brilhar, diziam-me "Foi muito fixe!" "Pensei que ia ser uma seca!"
Fiquei contente por eles terem gostado. A Escola também tem de lhes mostrar os desalinhados, os que pensam e se exprimem de forma diferente.
E eu continuo de sorriso até às orelhas. Agora que estes meus CEFs se estão quase, quase a despedir de mim, e ao fim de dois anos a aturar-nos mutuamente, parece que estes meninos tiraram os dias para me alegrar a vida!
Ah, vida boa!

Aqui deixo, em jeito de provocação, uma das poesias de Laureans.

Procura-se

DEUS...
VERDADE...
FELICIDADE...

Mas, ao encontrarem-se...
Morre-se de tédio
Por não poder-se
Continuar
A procurar!...

Eu cá por mim continuo na procura incessante de tudo isto. É que me recuso a morrer de tédio.

10 comentários:

  1. Tive o privilégio de me cruzar com Laureans na biblioteca. Eram onze horas. Tivemos uma conversa animada, reciprocamente provocadora.
    Decidi, imediatamente, que tinha que levar, de tarde, a minha turma do 11ºCSH a ouvi-lo.
    O que me cativou?
    O ter-se assumido como um "poeta marginal".
    Marginal, não no sentido pejorativo,típico do senso comum, mas na acepção de um escritor, pensador anti-convencional, um iconoclasta de falsas crenças (religião, dinheiro, estatuto).
    Ateu assumido, crítico da natureza humana, referiu-se a nós como lixo (fazendo lembrar-me a nossa conversa de ontem).
    São os pensadores, os filósofos marginais, assistemáticos, anti-sistemas, anti-académicos que leio e releio. Estes não têm (quase)lugar no programa da disciplina de Filosofia. Por isso, sempre que posso transgrido-o com prazer. Tento dar aos meus alunos um "outro olhar" da/sobre a realidade. Longe dos filósofos aclamados e institucionalizados.
    Durante a conversa com o CSH, Laureans foi desvelando, desocultando as suas ideias e, com elas, cativando os "miúdos".
    No meio dos meus afazeres burocráticos (que detesto), o imprevisto matinal animou-me. Animou os alunos. Deu-nos "alma" ("anima").
    É que...

    "Ninguém alcança o depois,
    por estarmos no que somos!
    E pra sermos o que fomos,
    carecemos dessa linha...
    da utopia iluminando
    a magnânima Memória."
    Laureans, in
    Simples Mente
    Contra dito r

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  2. O Estatuto do Aluno. A crítica de António Barreto
    O estatuto é a consequência de uma longa caminhada e será, de futuro, o responsável imediato pela impossibilidade de administrar a disciplina nas escolas.
    O estatuto não retira a autoridade na escola (aos professores, aos directores, aos conselhos escolares). Não! Apenas confirma o facto de já não a terem e de assim perderem as veleidades de voltar a ter.
    O processo educativo, essencialmente humano e pessoal, é transformado num processo "científico", "técnico", desumanizado, burocrático e administrativo que dissolve a autoridade e esbate as responsabilidades. Se for lido com atenção, este estatuto revela que a sua principal inspiração é a desconfiança dos professores.
    Quem fez este estatuto tinha uma única ideia na cabeça: é preciso defender os alunos dos professores que os podem agredir e oprimir. Mesmo que nada resolva, a sua revogação é um gesto de saúde mental pública. Leia o resto da crónica.
    António Barreto

    Eu tinha e tenho razão!
    Os maiores ladrões do País e dos Pais são os estudantes baldas,
    preguiçosos e protegidos pelo Estatuto do Aluno,
    Pelo ME,
    Pelas Dres
    E pelo governo do PS!
    E até pelos deputados do Ps
    ( os tais que no seu site figura tudo menos que eram professores
    – caramba tinham vergonha como o Rangel e o Miguel Sousa Tavares-
    mas exigiram à Ministra uma avaliação de “Muito Bom “ como professores”.
    São professores ou não!
    Vejam só: Um aluno que entre na escolaridade obrigatória
    Que frequente a mesma escolaridade dos12 anos agravados
    com dupla repetência
    senão em trípla repetência!!!
    Fica em média ao ano ao País e aos Pais 8.000.00 Euros !
    Com 24 anos de escolaridade perfaz: 120.000.00 Euros!
    Tem entretanto 31 anos!
    Reprovou
    e entrou na Droga e o Estado investe no tipo 15.000.00 Euros!
    O mancebo não é recuperado!
    E aos 31 anos de idade recebe o rendimento mínimo
    de 500.00 Euros mensais e entrou em união de “fato”.
    Morre aos 62 anos!
    O governo paga-lhe o funeral!
    Ainda bem!
    Deixa à viúva da união de “fato” uma reforma!
    ONDE ESTÁ O LUCRO DO CIDADÃO!
    São estes os alunos do Estatuto do Aluno
    e da MLR e do Governo do PS!

    Estatuto do Aluno em acção


    http://br.youtube.com/watch?v=Y2DM0Zd_clg

    http://br.youtube.com/watch?v=y4jJJNqw8w8
    http://br.youtube.com/watch?v=1D2LNjPPjBU
    http://br.youtube.com/watch?v=tYE3ZYo7kMA
    http://br.youtube.com/watch?v=3tcGS0tS6wI
    http://br.youtube.com/watch?v=fLQXJnlfpSo
    http://br.youtube.com/watch?v=4-h57Jpx2Oc

    http://br.youtube.com/watch?v=Y2DM0Zd_clg

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  3. E eu e o resto da nossa turma fica-mos "plantados" na sala de Português por que a Sr.Professora foi "aldrabada" por alguns que dizem que foram ao W.C mas foram antes ao bar da escola! Visto que a Sr.Professora perdoa tudo menos mentiras, lá perdemos nós a oportunidade de irmos conhecer tal pessoa interessante!!
    É mesmo caso para dizer "que treta" pois eu não fui...e gostava de ter ido! Fogo....acontece-me cada uma..

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  4. Foi uma pena alguns terem pretendido aldrabar a vossa querida professora Ester.
    Aldrabices nunca!
    Mas fico com pena que não tenham assistido. Teriam tido uma óptima oportunidade para conversarem com uma pessoa muito diferente do comum dos mortais. E teriam saído enriquecidos.

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  5. E, Camões, se a professora Ester vê a palavra "ficamos" separada com hífen, no mínimo pendura-te pelas orelhas!!!!!!!!!!!

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  6. Ainda bem que o fazes, Elsa, e que não te deixas espartilhar por um programa. Ao fazê-lo dás-lhes outras perspectivas.
    Laureans animou-te a manhã. A mim animou-me a tarde.
    Foi um prazer conhecer este "poeta louco", segundo as suas próprias palavras.

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  7. Ups...um deslize!
    Acontece...
    Errar é humano!

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  8. Ups..., Camões, até eu!!!
    Só não erra quem nada faz!
    Bjs

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  9. Ai Anabela, Anabela! Leio o teu nome, os teus textos, o teu perfil e fico tão feliz. Por ti, também! E, em aparte, deixa-me falar-te uma Anabela que terá agora uns 62 anos e nem sei se ainda vive: era minha Colega de liceu e também "desalinhada". E eu era a certinha (por razões que não vem ao caso explicar agora, mas eu era a certinha). Um dia, a Dra Cesaltina, Professora de Inglês, pô-la de castigo sentada ao meu lado, mesmo à frente. E teria que falar sobre o TPC, em Inglês, claro. Estou a ver a Anabela, que não tinha feito nada, a abrir um caderno meu, a falar (de pé, como era costume) e, de vez em quando, ainda ter a lata de perguntar à Professora, ali no nariz dela, "se poderia deitar um olho ao trabalho"!, que não estava lá, claro. Que será feito da Anabela? Nunca encontro nenhuma que não me lembre dela. Felicidades para todas as Anabelas. E preguiça bastante, minha Querida, que já ganhaste o direito. Feliz dia do Trabalho e bom Descanso por isso são os votos da Carmo

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  10. Obrigada, Carmo, pelas tuas palavras tao doces e reconfortantes.
    E parabéns pelo teu blogue.
    Vou ficar de olho nele.

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