Sahara - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
Maracujá
Hoje é dia de mais um texto do meu Maracujá. Escolho sempre imagens de que gosto particularmente, e que acho adequadas, para ilustrar os seus textos tão profundos e poéticos, na esperança de que o meu Maracujá as aprecie. E o que lhe dizer, bem, bem no ouvido para ninguém me ouvir? Obrigada.
Obrigada por honrares o meu blogue com a tua escrita.
Perdido
Olhava à volta e nada via.
Sentia-me escuro, negro...Pensamento de Carvão.
Só se pressentia a penumbra das almas e a putrefacção das árvores...
Ali tudo era cinzento, memória dos tempos prósperos.
Ouvia-se somente a música do silêncio.
Ela entoava, preenchia-nos e aí a mente, apaixonada, deixava-se levar...
O rio que outrora corria cheio de vitalidade sentia agora os amargos traços da velhice e aquelas correntes fortes e de uma rude gentileza que guiaram os heróis por tempos intermináveis estavam agora estagnadas. Eram só uma ligeira lembrança dos tempos áureos.
Tal como eu...
O sol não brilhava, a brisa não soprava... Desde há muito tempo.
As árvores murmuravam. Aquela voz enrugada pelas Primaveras entristecia com o passar dos tão curtos dias... Os seus rebentos estavam secos e a sua vida sem sentido. Como elas precisavam de um pastor.
O tempo, teimoso vizinho, insistia em passar e o presente deu lugar ao passado inatingível...
Mas, num dia a todos tão igual surgiu a luz no Oeste... Ela ofuscava, brilhava, queimava, era radiosa como a manhã, bela e perigosa como o Oceano... Ondulava até onde a mente permitia. E mais longe não ia!
Então no meio de todo o cinza e desespero nasceu algo belo, irreverente e ainda franzino. Um prelúdio de um futuro diferente.
A água voltou a correr e eu também!
Maracujá
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
Maracujá
Hoje é dia de mais um texto do meu Maracujá. Escolho sempre imagens de que gosto particularmente, e que acho adequadas, para ilustrar os seus textos tão profundos e poéticos, na esperança de que o meu Maracujá as aprecie. E o que lhe dizer, bem, bem no ouvido para ninguém me ouvir? Obrigada.
Obrigada por honrares o meu blogue com a tua escrita.
Perdido
Olhava à volta e nada via.
Sentia-me escuro, negro...Pensamento de Carvão.
Só se pressentia a penumbra das almas e a putrefacção das árvores...
Ali tudo era cinzento, memória dos tempos prósperos.
Ouvia-se somente a música do silêncio.
Ela entoava, preenchia-nos e aí a mente, apaixonada, deixava-se levar...
O rio que outrora corria cheio de vitalidade sentia agora os amargos traços da velhice e aquelas correntes fortes e de uma rude gentileza que guiaram os heróis por tempos intermináveis estavam agora estagnadas. Eram só uma ligeira lembrança dos tempos áureos.
Tal como eu...
O sol não brilhava, a brisa não soprava... Desde há muito tempo.
As árvores murmuravam. Aquela voz enrugada pelas Primaveras entristecia com o passar dos tão curtos dias... Os seus rebentos estavam secos e a sua vida sem sentido. Como elas precisavam de um pastor.
O tempo, teimoso vizinho, insistia em passar e o presente deu lugar ao passado inatingível...
Mas, num dia a todos tão igual surgiu a luz no Oeste... Ela ofuscava, brilhava, queimava, era radiosa como a manhã, bela e perigosa como o Oceano... Ondulava até onde a mente permitia. E mais longe não ia!
Então no meio de todo o cinza e desespero nasceu algo belo, irreverente e ainda franzino. Um prelúdio de um futuro diferente.
A água voltou a correr e eu também!
Maracujá
Lindo. Perfeito.
ResponderEliminarCertas passagens fazem-me lembrar o texto que escrevi hoje de manhã.
^^
Claro q eu não escrevo assim tão bem.
Mas certas frases fazem-me lembrar...^^
Ah, escreves muito bem, escreves, Maria. Tens é andado com muita preguiça e não tens alimentado por aí além o teu blogue. Mas já fui espreitar o "post" a que te referes e achei-o lindo de morrer. Dás-me também a honra e a permissão de o postar neste meu blogue?
ResponderEliminarEla pode escrever bem, muito bem até mas não escreve melhor que o maracujá, nem mesmo lá perto...
ResponderEliminarÉ quase como comparar o J.K.Rowling ao Tolkien...
Se calhar também é um exagero mas deu pa perceber...
"os amargos traços da velhice..."
ResponderEliminar"rude gentileza..."
"O tempo, teimoso vizinho, insistia em passar"...
"Voz enrugada pelas primaveras..."
O Maracujá está a conseguir uma escrita interessante.
Continua a trabalhar todos os dias e deixa que os textos ganhem vida.
Pois está a "nascer algo belo, irreverente e ainda franzino(!). Um prelúdio de um futuro..." Espero que isto aconteça contigo
Feliz de quem te conquistou para o seu blog.
Espectaculo! Embora goste mais de apreciar musica tambem sei reconhecer k esta muito bem escrito! Parabens maracuja!
ResponderEliminarMeus queridos Pi e Maria
ResponderEliminarA escrita, como tudo na vida, exige esforço, dedicação, gosto, trabalho, suor e às vezes até lágrimas. Que o diga eu, que nunca escrevi nada de especial até me deparar com esta ferramenta, que me cativou de imediato, e me impeliu à escrita como nada anteriormente o tinha feito.
Daí, e sem tecer qualquer comentário comparativo entre a escrita da Maria e a do Maracujá, isso deixo ao critério dos "nossos" leitores, que a mim já me chega a avaliação de História, aqui afirmo que o meu blogue estará sempre disponível para os vossos textos, mesmo quando já não forem meus alunos. Porque a amizade permanecerá para além da relação professora- alunos.
E porque eu acredito em vocês.
Beijocas grandes para os dois.
Eu tenho uma opinião completamente diferente.
ResponderEliminarA partir do momento em que a professora tem os conhecimentos e a capacidade para avaliar e comparar só tem é que o fazer.
Pois tanto o maracuja como a maria iriam lucrar com essa avaliação.
Estou-me a fazer entender?
Sim, Pi, estás.
ResponderEliminarMas também me entendes a mim?
Eu sou uma reles profersorzeca de História, a bem dizer uma hooligan (reparaste que eu cortei de novo o cabelo?!), muito cansada e deveras enjoada com a palavra avaliação e não quero fazer aqui avaliações comparativas destas entre os meus alunos. Na sala de aula, em História, estão feitas. Aqui não as vou fazer.
Entendes-me tu a mim?
Pode publicar o meu texto.
ResponderEliminarComo odeio auto-avaliações deixo-me à parte deste "debate".
^^
Penso que mesmo estando enjoada e cansada o que é compreensível deve ter os seus alunos sempre nas suas prioridades máximas. A máxima na vida profissional e perto da máxima na pessoal.
ResponderEliminarSe da sua opinião, ou avaliação poder advir algo de bom para os seus alunos, why not?
Sim entendo-a mas não concordo
Vou publicar, Maria.
ResponderEliminarObrigada.
É para mim um enorme prazer debater ideias contigo, Pi, porque tu felizmente és dotado de uma caixa craniana, recheada de neurónios vivos e irrequietos, e que pensam. Deliro ao ver-te refutar as minhas ideias, corajosamente e com determinação.
ResponderEliminarNão abdiques delas sempre que em plena consciência as tiveres para ti como certas. Mas escuta os outros, como aliás me escutaste a mim, e tenta compreendê-los, como aliás me compreendeste a mim, com pontos de vista diferentes dos teus.
Estás no bom caminho. E tenho muito orgulho em ser tua professora.
A mente humana é cheia de subjectividade e por vezes essa subjectividade e díficil de encontrar e ainda mais dificil de perceber.
ResponderEliminarAssim sendo percebi insistir com a stora para defenir posição seria po-la numa posição complicada pois neste tipo de texto governa a subjectividade e tal como a palavra diz é subjectivo...
Assim sendo parece que levou a melhor mas não se fie...
Foi uma vez sem exemplo...
Combinados, Pi, não me fio... quanto a ser uma vez sem exemplo isso é o que vamos ver!!!!Lol
ResponderEliminarÉ que eu também tenho o prazer de ter uma caixa craniana recheada de neurónios vivos e irrequietos e que ainda funcionam e pensam!!! Lol
Fica bem.
Amanhã lá estamos para mais uma aula porreira de Históooria!!!!
Bjs