Festas de S. Gonçalo - Amarante - Portugal
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Aviões, Carrocel, Carrinhos e Companhia Lda
Estes são os divertimentos que me tiravam do sério quando eu era miúda. Recordo-me deles desde novita. Chegavam durante o mês de Maio e assentavam arraiais junto à Câmara Municipal. Estes, e mais as barraquinhas dos tiros, o Poço da Morte e sei lá bem mais o quê. Lembro-me de ir às novenas, com a minha avó Luzia, só eu e ela, não por que a novena me interessasse especialmente, mas porque a seguir a minha avó levava-me aos divertimentos e folias que eu adorava. Continuei a andar, todos os anos, sozinha, que o Artur sempre detestou estas coisas, ou empiloucrada nos meus amigos, mais tarde com a Joana pequenina, a acompanhar-lhe o crescimento. Foi um fartote destas coisas até à adolescência da Joana.
Confesso que agora é raro. Mas lá que ainda hoje gozo e guardo as memórias dos sustos e das gargalhadas, lá isso gozo e guardo.
E gosto de testemunhar que os sustos e as gargalhadas preenchem agora o imaginário doutras gerações de miúdos amarantinos, cumprindo uma tradição que, neste caso, ainda é o que era, e que mantém intacta a sua magia.
Ai a marota que ia às novenas para depois ir para a folia! Quem não fazia isso? Graças a Deus que as nossas terras ainda vão mantendo este espírito salutar das envolvências destas festas. Ainda bem que a tradição ainda é o que era.
ResponderEliminarCarpe diem!
Confesso, Raul, ia com ela e gramava as novenas todas, de fio a pavio, só mesmo por causa disto. Nunca lhe confessei semelhante coisa. Ela levava as novenas muito a sério.
ResponderEliminarGostei do que li. A saudade da despreocupação da juventude. A nossa sensação de eternidade, a ausência de perigo, tudo isso era o gozo e a alegria do divertimento.
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