quinta-feira, 26 de junho de 2008
Ângelo Ochôa
Aventura - Ouarzazate - Marrocos
Fotografia de Artur Matias de Magalhães
Ângelo Ochôa
O Ângelo Ochôa é um meu "velho" conhecido do blogue do Helder Barros. Ontem entrou por este adentro espalhando poesia pelos cantos desta casa.
É verdade, eu amo a poesia, muito embora nunca a tenha feito, muito embora nunca a tenha praticado enquanto autora. Sinto-me até bem pequenina diante de quem tem esse dom.
Jamais me atreverei a escrevê-la.
Mas leio-a.
Às vezes devoro-a.
Tomo a liberdade de dedicar esta poesia, que foi aqui deixada pelo Ângelo Ochôa, a todos os leitores deste blogue.
Aos que deixam rasto e aos que entram e saem em silêncio.
Continuemos, pois, a expandir a aventura!
Obrigada, Ângelo Ochôa.
"Dão-se, de coração
quebrado:
O mandamento novo
refaz a humanidade
dum Deus descido.
Não estrangeiros,
verdadeira família
uns dos outros.
No voo querendo-se,
encaminham-se.
Dizei se tal amor
não vale a vida.
Assim sendo
firmíssima expande
a aventura."
A.O.
26 de Junho de 2008 8:21
"(Re)conheço" o poeta Ângelo Ochôa do blogue do Helder.
ResponderEliminarAs suas palavras são sábias e escritas com mestria.
A tarefa ("aventura") imperiosa e urgente de humanizar a humanidade parece-me revelar a condição ambivalente e paradoxal do humano: o homem desumanizado é ainda humano ou será outra coisa? E nesse caso, convivemos regularmente com quem ou com o quê?
Aos que deixam rasto,
ResponderEliminare aos que entram
e saem em silêncio.
Não é isto poesia?
.
Sim, vale a vida.
E o voo.
E a aventura.
.
Obrigado pela partilha e dedicação deste poema. Sinto-me identificado com ele.
.
Carpe diem!
Querida Anabela, só existe Poesia porque há almas que a lêem e a entendem. Poetas, na minha opinião, escrevem para Poetas, porque senão, quem os leria? Gosto de brincar com as palavras, é-me muito fácil fazer rimas (até "aceito encomendas" para festas e brincadeiras...)mas só me considero Poeta porque os entendo. Ora é o que acontece contigo. Tu entende-los, tu sente-los, logo...
ResponderEliminarAlém de que há várias formas de exprimir Poesia e tu dominas uma admiravelmente: a Fotografia.
Minha Poeta do Tâmega, obrigada por teres Amigos como o Ochoa. Aqueles que sabem pôr em palavras o que "temos na ponta do coração". Mas obrigada sobretudo por o partilhares connosco. Beijo. Avó
Anabela Magalhães, dilecta do coração dos poetas e do meu também de poeta (um pouco), não vou exclusivizar teu belo blog com meus verbos, mas vou deixar-te aqui e, daqui farei link em meu portal,quanto escrevi para ti e teu lindinho coração pela manhã das 4 das 6 das 7 das 8 horas. Sabes, coisas de velhote que vou sendo, sonos mal dormidos e intempestivas foto-flash das horas da maravilha... Bem me reclama companheira de sempre a reparador sono da matina, qual quê? de manhã se começa dia... Já esperava este teu brinde pois ontem espreitei comment teu a adorável avozinha tua Pirueta -- lembrei bem? -- mas como não teria certeza de te ter viva hoje ainda nem de eu acordar vivo emudeci. Agora se não me doer nada ao abrir olho é que estou morto, como diria colega meu também como eu «jubilado» -- gosto de dizer-me «jubilao» à espanhola e não aposentado ou reformado... tretas!
ResponderEliminarAdiante -- e vou copiar -- quanto rascunhei PARA TI!
Minha leitura do dia ( com um capítulo por dia vou em 3 4 leituras da «BIBLIOTECA»...
«Quando informaram a Sanbalat, a Tobiá, a Gueshen, o árabe, e ao resto dos nossos inimigos que eu havia reconstruído a muralha e que nela não havia mais brechas, eu ainda não tinha, naquele momento, instalado as folhas das portas.» Neemias, 6,1.
Outra vez
eu
-- e Nosso Cristo -- COM CITAÇÕES DE COR MAIS FIÉIS A ESPÍRITO QUE A LETRA DO CONSABIDO «TEXTO NEO-TESTAMENTÁRIO» -- ANABELA, pode parecer-te teologia mas o certo é que é tão somente VIDA... -- «Se não voltardes a meninos não vencereis Reino.»
«Quem quiser ser meu amigo, negue-se a si mesmo, tome cruz de cada dia, e siga-me.»
«Quem quiser ganhar a vida, perde-la-á, quem a perder (pelo Reino) achá-la-á.» («...onde a ferrugem não corrói.»)
«Adianta-te ganhar o mundo inteiro, se perderes tua alma?»
«Onde estiver teu tesouro ái estará teu coração.»
«Não esquadrinhes com ânsia futilidades.»
«Não te enleves do metal moeda, põe teu coração nas altas flores duradoiras.»
«Náo te inquietes com o que hás de vestir ou fazer ou comer, nem com afãs de comuns mortais. A cada dia seu cuidado. Isso te baste a haveres paz.»
«Vê as aves. Têm garantido seu sustento. Cantam louvor incessante. Vê os lírios. Pois nem Salomão, da Sulamita morena, e da de Sábá Rainha, do esplendor maior do meu templo, gozou pompa como a deles, apesar de todo o seu saber kerigmático.»
«Não vos inquiteis.»
«Não temais.»
«Não sabeis o dia nem a hora ( do Filho do Homem.)»
«Se o Dono da Casa soubesse a hora do ladrão, vigiaria, desperto, e o ladrão nada faria com ele.»
«Priez sans cesse.»
«Não velais comigo uma hora sequer ao menos, como dormis?»
«Feliz do servo, a quem o senhor ausente deixou cuidado de seus bens, se quando ele o seu senhor voltar o achar vigiando.»
«Verdadinha, que o abraçará, o fará sentar a sua mesa, o servirá de abundante comer a ele seu servo... essa é a tranbordante medida, que pagará suas insónias, com a alegria dos manjares conquistados.»
«Tenho outra ovelhas, eu sou o bom pastor, não deste rebanho. Tenho 99 acomodadas. Vou buscar uma rebelde e de mim fugida. Até haver um rebanho e um pastor.»
«Chegará hora e é já (este é que contigo trata que to diz) em que adorareis em verdade não necessariamente em Jerusalhem, mas em todo lado.»
«Todas (as ovelhas) me ouvirão voz. A extraviada pegá-la-ei a colo ou a ombro, de mim longe a suspeito e a guardarei. Pegar-lhe-ei a transportá-la se ferida, inquirirei onde lhe dói, a afagarei, e ela balirá com balidos jubilosos.»
«Que mais alegria há, no céu, por um devedor que é perdoado do que
noventa e nove mil e nove pagadores certos.»
«O que me é devedor quebra-me coração porque para ele sou só ternura, sua rebeldia é proporcional à minha fraqueza. Tenho um fraquinho por ele é a ele que amo com o amor que sou.»
...
«Vinha ele bem longe e já o pai das mãos maternas esperava que ele assomasse na curva do caminho, porque desejava ardentemente fazer-lhe festa, matar vitelo gordo, cingi-lo e perfumá-lo pôr o melhor anel no seu dedo anelar. Aquele era o filho que esfumara a preciosa herança sua com mulheres de vida duvidosa. Mas achou-se. Voltou. Pai nem pedido de perdão lhe quer ouvir. Logo o abraça e beija, logo o lava com as lágrimas da alegria pelo encontro.»
Bom dia, minha boa Anabela, olhe que isto não é sermão mas vida por mim vivida e bem vivida numa palavra ex pe ri men ta da.
Bom dia florido haja seu por bem.
Ochoa, seu.
Estranho como temos reações diversas. Eu, com esta tineira, refugio-me nas serras frescas do norte e nos regatos em reminiscencias de verde e de longos bocejos... Tu, montas na memoria ocre e vais por aí abaixo, mordiscando montes e vales, adoçados em sabores que sabe lá deus...
ResponderEliminarSubscrevo, Elsa, "As suas palavras são sábias e escritas com mestria".
ResponderEliminarE partilho da "tarefa imperiosa de humanizar a humanidade". A começar por mim.
Que pensas que eu vou fazer constantemente ao deserto?
Beijinhos
Ai, Raul, não chego a tanto!!!
ResponderEliminarConheço-me, sei quais são as minhas limitações. Essa é uma delas.
Ai domino, Carmo!! Qual quê!!! Ainda mal comecei a fotografar. Mas sei que arrasto comigo duas grandes vantagens quando fotografo: uma é o meu amor e dedicação por esta arte; outra é ter um óptimo professor ao meu lado que é um, esse sim, excelente fotógrafo, e que tenho a "sorte" de ter por marido. :D
ResponderEliminarQuando iniciei o blogue, em Fevereiro de 2007, recorria a fotografias dele porque praticamente não tinha minhas. Como eu amo construir coisas pelas minhas mãos, o percurso está a dar nisto... eu e a minha câmara, a minha câmara e eu!!!
Um desafio que eu estou a adorar.
Obrigada, Ochôa. Emudeci de emoção.
ResponderEliminarAh, e retribuo o dia florido... gostei muito.
ResponderEliminarÉ, Clap, vou mordiscando... adoçados em sabores que sabe lá deus...
ResponderEliminarAmei.
Reconheço aqui, pelo menos três magníficos escritores de emoções e da sapiência da vida: Blue Escorpion; Elsa C. e do meu amigo distante fisicamente, mas perto no espírito e no coração, Ângelo Ôchoa!
ResponderEliminarÉ um prazer beber da vossa escrita, fruir da vossa amizade!
Thanks, Helder, pela parte que me toca relativamente às emoções.
ResponderEliminarE por continuares ao fim de ano e meio a ser um leitor deste blogue.