terça-feira, 24 de junho de 2008
Nova Águia
Na sexta-feira passada, pelas 19 horas da tarde, decorreu na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, a apresentação de uma nova revista intitulada Nova Águia, Revista de Cultura para o Século XXI, editada pela Zéfiro.
O primeiro número desta importante revista, que tem como directores Paulo Borges, Renato Epifânio e Celeste Natário, foi inteiramente dedicado à actualidade da Ideia de Pátria.
De Celeste Natário, a única minha conhecida deste trio que compõe a direcção, já aqui falei neste blogue. Minha caríssima colega dos bancos de liceu, minha companheira de adolescência numa Amarante pequenina que nos tentava domar o pensamento, a toda hora e a todo o momento. Resistimos, eu e ela, da única forma possível, através do livre pensamento, do pensamento que se quer o mais aprofundado possível, o mais amadurecido possível. Ela, qual águia, voou para fora daqui e poisou na Faculdade de Letras do Porto onde ainda permanece. Eu apenas por lá passei, fugazmente, tendo retornado ao burgo que me viu nascer, onde ainda hoje permaneço. Mas continuamos unidas, no pensamento livre, não amarrado, não amarfanhado.
Daí eu também achar que o projecto desta revista faz todo o sentido nos dias conturbados, perturbados, e perturbadores, que vão correndo, em que tanta gente em posição dominante se parece ter aliado para nos abastardar e alienar daquilo que realmente importa e que são as grandes questões que se prendem com a Humanidade e dentro destas, mais latas, outras, mais circunscritas. Dentro destas últimas uma é sem dúvida o sentido da existência enquanto povo, enquanto pertencentes a uma entidade colectiva, neste caso portuguesa.
Confesso que é um tema que me apaixona e que por isso já comecei a devorar a revista.
E para aliciar os meus leitores a assinarem tão importante publicação aqui transcrevo uma pequena parte do seu editorial.
«Agostinho da Silva, num texto divulgado após o 25 de Abril de 1974, como proposta de reorganização de Portugal e do mundo lusófono, dirigido à "comunidade" do "povo não realizado que (...) habita Portugal, a Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, o Brasil, Angola, Moçambique, Macau, Timor, e vive, como emigrante ou exilado, da Rússia ao Chile, Do Canadá à Austrália", exortou a que ela assumisse como seu "projecto e meta de existência a consecução de sua própria liberdade e a ajuda para que o mesmo atinjam todos os outros Povos do mundo (...).
Aí exortou também a que os povos se eduquem, "na escola e fora da escola, pelo entusiasmo e lisura de sua vida política, pela fraternidade de sua vida económica, pela abertura de seu saber, pela amplitude do espírito criador, por sua fundamental liberdade, pelo dever (...) de ser cada um o que é".»
Como eu comungo destas palavras!!!
Obrigada aos directores da Nova Águia, muitos parabéns pela obra agora encetada e já só me resta desejar um bom percurso a esta importante revista.
E deixar um beijinho muito especial à Celeste, que folgo em ver activa, muito activa...
Como sempre.
E aos meus leitores indicar o blogue http://novaaguia.blogspot.com/.
Não deixem de o espreitar. Quanto a mim linkei-o para o visitar regularmente.
Um Abraço. Em nome de todos da NOVA ÁGUIA...
ResponderEliminarObrigada. Aconcheguei-me nele.
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