quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Poços/Praia Aurora - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Memórias dos Poços II
(Ou de Como os Homens Conseguem Ser uns Pobres Ridículos)
A Praia dos Poços, local onde passei grande parte dos meses de Verão da minha infância e adolescência, é-me mui querida ainda hoje, e ocupa um lugar central nas minhas memórias, muito embora se passem anos em que nem sobre ela deito os olhos. Já esteve ao completo abandono. Não é o caso, hoje em dia, pois a praia encontra-se limpa, com areia renovada e até chapéus de palha que quase nos remetem para um qualquer destino exótico lá para as Caraíbas. A desgraça está na água do rio, que muito embora já não estivesse completamente limpa aquando dos nossos bons mergulhos para o Tâmega, a verdade é que hoje em dia só a sua cor assusta qualquer cristão. Vai daí tem pouca clientela. Muito pouca mesmo, o que não deixa de me causar alguma tristeza.
A história que hoje passo a relatar faz parte das minhas memórias, das memórias deste sítio onde aprendi a nadar.
Foi algures por finais dos anos 70. Lá estava o meu grupo de amigos e eu desfrutando das águas frescas do Tâmega, fugindo à canícula do Verão amarantino. Pelos anos 70 e 80 a Praia Aurora, mais conhecida localmente por Poços, era muito frequentada pela estrangeirada que se alojava no pequeno, mas excelente, Parque de Campismo local, ali a dois passitos da praia.
Naquele dia aconteceu uma coisa absolutamente inédita na Praia Aurora. Eis que chega uma nórdica, pele para o leitoso, olhos claros, cabelos loiríssimos e toca de se despir ficando em calções de banho. Credo, cruzes, canhoto.... que horror... credo, cruzes, canhoto, um par de mamas ao léu em plena Praia Aurora!!!!! Credo, cruzes, canhoto! Os homens que estavam na praia nem queriam acreditar e olhavam e tornavam a olhar para as ditas, certificando-se, provavelmente, de que não estavam a sonhar. Nós, raparigas e rapazes adolescentes, íamos apreciando as reacções num divertimento inesperado despoletado por tão invulgar situação jamais vista naquela praia.
Já me fartei de dizer isto neste blogue. Amarante nos anos 70 e 80 era provinciana que nem sabeis. Acho até que ainda há para aqui umas franjas meio esfarrapadas desse provincianismo que ainda se aguentam de pé. Bem, mas o sururu foi mais do que muito, e a mulher de mamas destrotegidas lá continuava estendida no areal enquanto os homens de Amarante chegavam ao parque de estacionamento, ficando a apreciar a paisagem. Não sei quem fez espalhar a notícia que, presumo, se espalhou pela vila como fogo num palheiro. Presumo que Amarante não tenha chegado a ficar despovoada de homens naquele dia de Verão. Presumo. Mas era vê-los a chegar e a apreciar a cena. Mas é que não paravam de chegar! E a cena resumia-se a duas mamas absolutamente normais. Juro. Absolutamente normais. Eram duas, posicionadas normalmente uma de cada lado, e no sítio certo, nenhuma chegava aos pés da rapariga, não falavam, enfim, em tudo idênticas às mamas locais.
Ai, mas os homens! Era vê-los a chegar à praia em catadupa, atraídos por aquela "atracção", para eles irresistível, que naquele dia se instalou em plena Praia Aurora.
Depois daquelas, outras mamas se seguiram e se passearam pelos Poços.
Mas já não tiveram aquele impacto.
Não falavam... mas se falassem (as mamas) haviam de dizer:
ResponderEliminarDisse Portugisisk menn er virkelig fornøyd!
ou
Portugalissa on paljon kaunita miehiä! Se on kaunis maa!
... se fossem "norugas" (as mamas) haviam de ser de excepção; que mama viking que se preze veste XL!
No fundo, acho que eram só as maminhas de uma qualquer loira "estrangeira".
Ai se falassem! Haveriam de dizer "Olha os parolões portugas que parece que nunca viram semelhante coisa tão normal!"
ResponderEliminarÉ esta a tradução do que para aqui escreveste em norueguês? Se não é, é favor deixar aqui a tradução!
Beijinhos muito grandes para a menina do forcado... é verdade ela viu as fotos da Líbia aqui no meu blogue? Dela também? Ontem ou lá quando foi que as postei?
E beijinhos grandes também para o forcado do catra pum pum pum... :D
bela estooria, sim sinhora... mas
ResponderEliminare há sempre um mas...
Senao bejamus:
Apesar de ser relativamente recente nesta vossa terra, sempre soube quem foi o "artista" que deu o alarme das "Mamocas á vista!!...
...ehehe
e mais digo que foi o mesmo que um dia, excluído pelos amigos para jogar uma partida de futebol para esses lados, se escapuliu e foi chamar a GNR para que todos eles fossem multados,por terem os carros mal estacionados!!! ehehehe
(E ele anda aí!!!com o seu belo mercedes de vidroi escuros!!!)
quem é? quem nao é? Doutora acho q isto pode fazer abrir um procresso presecutório?
É certo, Clap, e tomara que fosse um ele. O problema é que são eles!
ResponderEliminarAbro o blogue e o que leio:
ResponderEliminarO passeio das "mamas nórdicas" em terras do Tâmega?!
Releio, sobretudo para confirmar o objecto da descrição, e retenho as imagens/confissões de uma adolescente chamada Anabela:
1. Clientela. Homens: normais ou será ridículos?
Rapazes: canhotos. Cruzes.
2. Areia: inédita. Aurora.
3. Protuberâncias: desprotegidas.
4. 4. Efeitos: atracção. Poços. Impacto..
5. Duração dos sintomas: desde a década de 70 até aos dias de hoje.
Anabela: bastaria dizeres aos leitores mais incautos que quem não possui protuberâncias não sobrevive aos impactos nos/dos Poços do Tâmega!!!!!!!!!!
kakakakaka...ó Elsa C., seja bem reaparecida neste blogue.
ResponderEliminarAs férias? Boas?
bjs
Ah! Quanto aos homens... decididamente ridículos.
ResponderEliminar"Um par de mamas ao léu" e Dunas: que relação?
ResponderEliminargénero singular masculino?
ResponderEliminarEu puto, no ínicio dos 80's, assisti na mesma praia a um casal de estrangeiros que se despia e o meu falecido pai, Deus lhe Perdoe dizia para mim: ele não tem rastilho para tanta dinamite!
ResponderEliminarE esta, hein!
Bela história dos poços, Blue Scorpion!
P.S. - Podias ter descrito com mais promenor as ditas...
Ola Elsa. Se isso é uma pergunta cá vou:
ResponderEliminar"Roendo maças!"
Bem observado, Elsa... já lá estiveste? É que de facto, muito embora o deserto seja masculino, é composto de areia e dunas que são completamente femininas.... kakakakaka...
ResponderEliminare mais nem digo!
Já lá estiveste?
Sim, nas dunas roendo maçãs... e roendo outras frutas também!!!!
ResponderEliminarKakakakaka
Ó Helder, pois se eu disse que eram normais normais... que posso eu dizer mais?!
ResponderEliminarFogosa é a foga...
ResponderEliminarAgora é que eu não percebi... Clapinhoooooooo!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarA foca foca-se na fega do feltro do elástico da folga.
ResponderEliminarA-Foga-se?!
Dass..
entao AM? Fogoso é o fogo!
ResponderEliminarFogosa é a foga...
Mas não era uma foca, Clap... era uma nórdica!
ResponderEliminarSe fosse uma foca com um par de mamas até eu entenderia o espanto! Juro!
Não. Não estive...nas dunas do deserto.
ResponderEliminarO Helder lançou a confusão entre os amarantinos: já não bastava teres reiterado que "os homens (são)decididamente ridículos", agora é o Helder que diz que (têm) "rastilho pequeno"!
Tá o caos instalado neste blogue...
ResponderEliminarkakakakaka
Perífrase:
ResponderEliminarRIDICULO>ridiculu,
radicula, > radice pequenas raízes
>radicare enraizar
>firmar> fixar>
consolidar > rastilhar >Logo… muito rastilho
(chegou lá ou ECLIPESOU-SE??
Qual eclipse?
ResponderEliminarAqui não há eclipses a esta hora da noite!
Pesar de pesar ou de pesar...
ResponderEliminar1. Em Amarante tudo flutua. Nada de balanças. Só balancear.
2. Foi com um misto de curiosidade e pesar que li os Prolegomenos à Fenomenologia da Inteligência Amarantina by A.M. e H.B.
Bem está tudo dito, só vos falta a história do Robinson Crusoé, que não tendo nenhuma mulher na praia, fez uma de areia e deitou-se com ela, ou melhor dito, nela.
ResponderEliminarAs dunas e as ditas... e deu-me para isto!!!
BJ.
"Bou-me lá!"...
ResponderEliminarE eu que amiúde me deito nelas... de facto... nas dunas... rooooendo maças!
ResponderEliminarOs post de sexo nao sao muito rentáveis enquanto aos comentários, mas os de mamas dao imenso!
ResponderEliminarNa Galiza fora a mesma coisa com a chegada das mulheres do norte.
É verdade, Rui, pelo menos neste blogue o post intitulada "Sexo" não rendeu nada de jeito.
ResponderEliminarQuanto a este foi o que viste.
Ah! Na Galiza foi igual? Pois é... os homens são uns pobres ridículos por todo o lado! Kakakakaka