O meu blogue sou eu...mas eu não sou o meu blogue...
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Disparates III
O ambiente nas escolas é péssimo desde o início do ano, é verdade, mas daí até se afirmar que se vive um ambiente de terror!!!!!! Vou ali e já venho, Fátima!
O debate foi profícuo em disparates: A presidente do executivo da melhor escola pública (a avaliar pelos resultados) não esteve à altura do desafio: faltou-lhe maleabilidade mental e discursiva. O secretário de estado, sempre arrogante, está em "estado" de clausura mental: quem não está com o modelo quer regressar ao passado", confundindo as duas temporalidades obstaculiza o futuro.Dito de outra forma:"ou estás comigo ou contra mim"...é uma falácia, não é? A pseudo-especialista em avaliação/formação de professores é portadora do que se designa, em psicologia, por pensamento convergente - "os princípios" - sempre os píncipios - teóricos do modelo. Quando sabemos que os postulados podem ser bons - o que não é o caso - e a prática ser má, muito má. Esqueceu-se, por amnésia, de falar da operacionalização dos quatro "magníficos" princípios. Embora a maioria, provavelmente, desconheça, o meu colega Aires de Almeida possui elevados conhecimentos e é um especialista, que eu aprecio, da Filosofia. Disse sentidamente o que pensava. Teve um discurso muito popular, pouco elaborado.Mas como o programa visava esclarecer a opinião pública... Gostei do outro colega de Filosofia: conciso e contundente. A outra colega, vítima de pressões por parte de...quantos docentes? foi irrealista. Já agora, convém discriminar entre os que não assinaram a moção por convicção e os outros a que chamo "parasitas" do sistema: grandes críticos teóricos...mas que preferem aguardar pelos resultados (benéficos) das acções interventivas e críticas dos restantes 120 000. Inaptos à acção...constituem a face fraudulenta do humano. Também os (re)conheço. O Mário Nogueira esqueceu-se de falar de pressões/intimidações, como os objectivos on-line...mas admitiu estar aberto ao diálogo. Honestamente: não gostei do debate. Raramente são esclarecedores.
É lamentável que o único espaço de debate na televisão pública esteja completamente instrumentalizado pela tutela. O programa, há muito que deixou de ser um meio para o confronto saudável de posições antagónicas para se tornar num fim pró executivo. Ontem, mais não fez do que servir os propósitos do ME. Enfim, são os novos Ministérios da Propaganda que o quarto poder permite que existam! A Elsa que me perdoe mas não me parece justa a crítica que faz à Rosário Gama. Penso que o que lhe faltou foi oportunidade para desenvolver e concluir os seus raciocínios que foram constantemente cortados ou interrompidos. Foi uma digna representante dos professores não se deixando arrastar pelo tom agressivo do outro lado do painel, próprio de quem persiste no erro sabendo que há muito perdeu a razão.
Admito que, por falta de cortesia, sobretudo do secretário de estado, a Rosário Almeida nunca teve oportunidade de concluir o seu raciocínio. No entanto, dizer que o "modelo de avaliação não é operacionalizável devido ao clima que se vive nas escolas", parece-me um argumento muito débil. Ele não é operacionalizável porque: 1. as grelhas ou instrumentos de registo são desmesuradas; 2. os parâmetros são pouco objectivos, rigorosos, isto é, de difícil quantificação; 3. os parâmetros são inadequados; 4. os agentes envolvidos no processo (titulares) não têm, em inúmeros casos, preparação para o exercício da função. Assim sendo, creio que ao invés de ser o "clima" que se vive na escola a causa da sua inoperacionalidade, são as lacunas formais e conteudais do referido modelo que o tornam inviável. O "clima" será sempre uma consequência, nunca uma causa. Julgo...
Infelizmente tenho que concordar com Maria Almeida: ontem não se deu oportunidade aos contra, apenas aos prós. A jornalista "Fatinha" deveria ser substítuida, pois a parcialidade (sempre à procura do elogio fácil ao sistema) e a má vontade relativamente aos interesses da classe docente foram deveras notórios. Um mediador de um programa daquele género não pode apoiar nenhum dos lados, mas sim permitir a intervenção adequada e equilibrada entre todos os intervenientes. O que, efectivamente, não aconteceu. Foi também notório, o reduzido número de figuras a indicar as falácias e incongruências deste modelo. Só se viu o contínuo descaramento do Secretário de Estado Pedreira a tentar apresentar toda uma classe de pessoas formadas superiormente como mendecaptos que não sabem analisar legislação... Tenho pena que seja um programa visto por tanta gente e que muita dela, por falta de infomação, tenha ficado com uma ideia deformada da nossa luta e suas causas. Tenho pena que um programa como o "Corredor do Poder", esse sim exemplar na abordagem das quuestões, seja transmitido tardiamente, uma vez que seria muito profícuo no combate ao marketing pró-governamental.
Xi coraço PS Como estava triste a ver as imagens Amarante/ Porto. Como gostava de vos ter acompanhado. Até as minhas pequeninas notaram que estava mais irritada--- Frustração deixa marcas...
Foste connosco, Laurita, ias mesmo dentro dos nossos corações. Aliás, o Clapinho não se calou no autocarro... uma vez que tu não ias ao lado dele ele exigiu, para o teu lugar, uma virgem! kakakakaka... bem feita.... ficou com a Zé Rua... kakakakaka!
Eu bem lhe disse que ele sentiria a minha falta. Fica sabendo que a boa disposição da malta do nosso autocarro (última viagem a Lisboa) ficou nas bocas do povo... Comenta-se por aí...
O debate foi profícuo em disparates:
ResponderEliminarA presidente do executivo da melhor escola pública (a avaliar pelos resultados) não esteve à altura do desafio: faltou-lhe maleabilidade mental e discursiva.
O secretário de estado, sempre arrogante, está em "estado" de clausura mental: quem não está com o modelo quer regressar ao passado", confundindo as duas temporalidades obstaculiza o futuro.Dito de outra forma:"ou estás comigo ou contra mim"...é uma falácia, não é?
A pseudo-especialista em avaliação/formação de professores é portadora do que se designa, em psicologia, por pensamento convergente - "os princípios" - sempre os píncipios - teóricos do modelo. Quando sabemos que os postulados podem ser bons - o que não é o caso - e a prática ser má, muito má. Esqueceu-se, por amnésia, de falar da operacionalização dos quatro "magníficos" princípios.
Embora a maioria, provavelmente, desconheça, o meu colega Aires de Almeida possui elevados conhecimentos e é um especialista, que eu aprecio, da Filosofia. Disse sentidamente o que pensava. Teve um discurso muito popular, pouco elaborado.Mas como o programa visava esclarecer a opinião pública...
Gostei do outro colega de Filosofia: conciso e contundente.
A outra colega, vítima de pressões por parte de...quantos docentes? foi irrealista.
Já agora, convém discriminar entre os que não assinaram a moção por convicção e os outros a que chamo "parasitas" do sistema: grandes críticos teóricos...mas que preferem aguardar pelos resultados (benéficos) das acções interventivas e críticas dos restantes 120 000. Inaptos à acção...constituem a face fraudulenta do humano. Também os
(re)conheço.
O Mário Nogueira esqueceu-se de falar de pressões/intimidações, como os objectivos on-line...mas admitiu estar aberto ao diálogo.
Honestamente: não gostei do debate.
Raramente são esclarecedores.
Sem dúvida que o debate ficou aquém das expectativas. Foi pena.
ResponderEliminarApesar de tudo gostei do Mário Nogueira.
É lamentável que o único espaço de debate na televisão pública esteja completamente instrumentalizado pela tutela. O programa, há muito que deixou de ser um meio para o confronto saudável de posições antagónicas para se tornar num fim pró executivo.
ResponderEliminarOntem, mais não fez do que servir os propósitos do ME.
Enfim, são os novos Ministérios da Propaganda que o quarto poder permite que existam!
A Elsa que me perdoe mas não me parece justa a crítica que faz à
Rosário Gama. Penso que o que lhe faltou foi oportunidade para desenvolver e concluir os seus raciocínios que foram constantemente cortados ou interrompidos. Foi uma digna representante dos professores não se deixando arrastar pelo tom agressivo do outro lado do painel, próprio de quem persiste no erro sabendo que há muito perdeu a razão.
Maria Almeida:
ResponderEliminarAdmito que, por falta de cortesia, sobretudo do secretário de estado, a Rosário Almeida nunca teve oportunidade de concluir o seu raciocínio. No entanto, dizer que o "modelo de avaliação não é operacionalizável devido ao clima que se vive nas escolas", parece-me um argumento muito débil. Ele não é operacionalizável porque:
1. as grelhas ou instrumentos de registo são desmesuradas;
2. os parâmetros são pouco objectivos, rigorosos, isto é, de difícil quantificação;
3. os parâmetros são inadequados;
4. os agentes envolvidos no processo (titulares) não têm, em inúmeros casos, preparação para o exercício da função.
Assim sendo, creio que ao invés de ser o "clima" que se vive na escola a causa da sua inoperacionalidade, são as lacunas formais e conteudais do referido modelo que o tornam inviável.
O "clima" será sempre uma consequência, nunca uma causa. Julgo...
Correcção:
ResponderEliminarOnde se lê "Rosário Almeida" deve ler-se "Rosário Gama".
Maria: acho que transformei a Rosário numa prima sua...
Infelizmente tenho que concordar com Maria Almeida: ontem não se deu oportunidade aos contra, apenas aos prós. A jornalista "Fatinha" deveria ser substítuida, pois a parcialidade (sempre à procura do elogio fácil ao sistema) e a má vontade relativamente aos interesses da classe docente foram deveras notórios. Um mediador de um programa daquele género não pode apoiar nenhum dos lados, mas sim permitir a intervenção adequada e equilibrada entre todos os intervenientes. O que, efectivamente, não aconteceu. Foi também notório, o reduzido número de figuras a indicar as falácias e incongruências deste modelo.
ResponderEliminarSó se viu o contínuo descaramento do Secretário de Estado Pedreira a tentar apresentar toda uma classe de pessoas formadas superiormente como mendecaptos que não sabem analisar legislação... Tenho pena que seja um programa visto por tanta gente e que muita dela, por falta de infomação, tenha ficado com uma ideia deformada da nossa luta e suas causas. Tenho pena que um programa como o "Corredor do Poder", esse sim exemplar na abordagem das quuestões, seja transmitido tardiamente, uma vez que seria muito profícuo no combate ao marketing pró-governamental.
Xi coraço
PS Como estava triste a ver as imagens Amarante/ Porto. Como gostava de vos ter acompanhado. Até as minhas pequeninas notaram que estava mais irritada--- Frustração deixa marcas...
Participarei nas outras formas de luta...
E julgas bem, Elsa C.
ResponderEliminarFoste connosco, Laurita, ias mesmo dentro dos nossos corações. Aliás, o Clapinho não se calou no autocarro... uma vez que tu não ias ao lado dele ele exigiu, para o teu lugar, uma virgem! kakakakaka... bem feita.... ficou com a Zé Rua... kakakakaka!
ResponderEliminarO clima é uma consequência, sem dúvida, e que criou laços entre muitos, certo? Em alturas de crise conhece-se melhor o outro...
ResponderEliminarEu bem lhe disse que ele sentiria a minha falta. Fica sabendo que a boa disposição da malta do nosso autocarro (última viagem a Lisboa) ficou nas bocas do povo... Comenta-se por aí...
ResponderEliminarÉ. :):):)
ResponderEliminar