sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Justino Alves
Deveria estar a caminho de Cascais para me deliciar com a exposição de pintura de Justino Alves, que hoje se inaugura, para me deliciar com a pintura deste meu tio que eu amo e com quem mantenho um excelente relacionamento desde os tempos de namoro com o A. Adicionei-o, em boa hora, por casamento, à lista dos meus familiares muito próximos e, ao longo de todos estes anos, o João tem-me proporcionado momentos extraordinariamente interessantes e enriquecedores de debate de ideias, de confronto de posições, de abertura para novas perspectivas sobre a pintura e sobre a vida.
Amaria estar a caminho de Cascais, para lhe dar um beijo e um abraço de apoio e para deambular por entre cores e formas que eu amo e cheiro a tintas de óleo ainda frescas.
Mas, completamente impossibilitada porque doente, resta-me permanecer em casa, a estagiar.
Vai daí, o pintor das relações humanas por excelência hoje vai ter de passar sem o meu apoio.
Infelizmente para mim.
A exposição, para quem a quiser visitar, é inaugurada hoje por António d`Orey Capucho, Presidente da Fundação D. Luís I e ficará aberta ao público até dia 1 de Fevereiro de 2009, de Terça a Domingo, das 10 às 18 horas, no Centro Cultural de Cascais.
A entrada é livre e eu, mesmo sem a ver, aconselho-a.
E aqui deixo uma biografia do artista publicada em http://www.circuloarturbual.com/default.aspx?tabid=98
"João António dos Santos Justino Alves nasce a 30 de Setembro de 1940 na Cidade do Porto.Estuda no Liceu Alexandre Herculano e mais tarde na Escola Superior de Belas Artes do Porto onde obtém o diploma do Curso Complementar de Pintura com a classificação de 19 valores. Enquanto aluno recebe uma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian e o “Legado Ventura Terra”.
Na Faculdade de Letras da Universidade do Porto conclui o Curso de Ciências Pedagógicas.
Exerce funções docentes no ensino liceal e técnico em Bragança, Porto e Espinho, aceitando em 1967 o cargo de Director da Academia de Música e Belas Artes da Madeira.Regressa em 1970 ao Continente para realizar concurso de Provas Públicas do V Grupo na Faculdade de Belas Artes de Lisboa no qual é aprovado por unanimidade, ingressando na Faculdade nesse mesmo ano.
Paralelamente ao exercício da docência elabora o trabalho de autor contabilizado em inúmeras exposições colectivas e individuais. Parte em 1976 para Paris onde irá residir cerca de 3 anos como Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Instalado na Casa de Portugal na Cité Universitaire, aí desenvolve a pintura sob a acção crítica e o patrocínio do Pintor Pierre Soulages de quem se torna amigo e comunica com permanência.
Mais tarde (1977) e a convite de Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes visita a casa e o atelier de tão prestigiadas figuras, iniciando um convívio que se prolongará por toda a sua estada em Paris.
Em Paris expõe no Centro Cultural Calouste Gulbenkian e na Galeria Documenta nos anos de 1976 e 1978, tendo ainda concorrido e ficado representado nos Salões “Realités Nouvelles” e “Grand et Jeune D’Au-jourd’hui” sendo-lhe adquiridos trabalhos para as colecções nacionais de França.
Regressa a Portugal em 1978 desenvolvendo grande actividade nas Artes Plásticas, expondo com permanência em Galerias de Arte (S. Mamede, Palmira Suzo, Ara etc.) e Feiras de Arte Contemporânea, salientando-se entre estas as Feiras de Arte Contemporânea de Lisboa e Porto; a ARCO – Madrid ; 20 Pintores Portugueses – Madrid; Europália – “Artistas Portugueses nas Colecções Belgas – Museu de Louvaine La Neuve – Bruxelas”; IV Foro Atlântico de Arte Contemporânea – Pontevedra e muitas outras participações tanto no País como no Estrangeiro.
Encontra-se representado em vários Museus e Instituições Públicas. É membro titular honoris causa da Academia Europeia de Belas artes."
Olá Anabela,
ResponderEliminarFoi com agradável surpresa que vi este seu post.
Justino Alves, apesar de bem conhecido por quem está ligado à arte, não parece estar muito divulgado junto da "sociedade civil".
De certeza que ele não se recorda de mim mas, dê-lhe cumprimentos deste seu antigo aluno na ESBAL.
Antero Valério
Que agradável surpresa mesmo, Antero. Este nosso mundo é imensamente pequeno e jamais imaginaria que tivesses sido aluno do João. :)
ResponderEliminarFalar-lhe-ei de ti, com carinho, pelo apoio bem-humorado que nos dás a todos, neste momento deprimente da Escola Pública Portuguesa.
Ah! Trata-me por tu, por favor, que eu não sou dada a frescuras.
Beijinhos e força para a luta.
Quanto a mim continuarei a pedir-te emprestados, amiúde, os teus famosos cartoons. :)