quinta-feira, 11 de dezembro de 2008



Azeitonas - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Azeitonas

Desculpem lá, mas o clima está demasiado tenso para o meu gosto, e palpita-me que a palhaçada orquestrada por este ministério vai ser total, por isso desculpem lá, mas hoje vou falar de azeitonas.

A minha avó Luzia, avó a quem eu era muito chegada e da qual já falei neste blogue, curtia azeitonas como ninguém. Atenção que quando afirmo que a minha avó curtia azeitonas não me estou a referir a amar azeitonas e sim ao processo em que a azeitona de intragável se transforma em coisa deliciosa, de comer e chorar por mais.
Pois o meu pai resolveu recuperar o processo, e eu resolvi partilhar a receita e os procedimentos registando-os em post.

Inicia-se o processo lavando muito bem as azeitonas. De seguida deitam-se as ditas cujas numa talha, ou num balde, devendo as azeitonas ocupar 2/3 do recipiente que a seguir se enche de água. Devem permanecer de molho durante 20 dias para cortar a acidez, devendo a água ser mudada de 5 em 5 dias. Foi precisamente esta parte da curtição que deu origem à célebre e curiosa expressão "Vou mudar a água às azeitonas!" que se usa cá pelo burgo! :) Mas adiante que se faz noite!
Esgotados os 20 dias, retiram-se as azeitonas da água e colocam-se na talha, ou balde, às camadas de azeitonas, alhos descascados e partidos, pedaços de limão, folhas de loureiro e sal, deixando permanecer a mistura em repouso, durante 10/12 dias. No final deste período, cobre-se o preparado com Água do Marão, acabadinha de sair do respectivo garrafão e, de 4 em 4 dias, vai-se provando a água e rectificando o sal para que fiquem perfeitas.

E bom apetite.

20 comentários:

  1. mas que bela azeitonada que para aqui vai...
    por falar nisso,já comeu bacalhau hoje?
    :-)

    ResponderEliminar
  2. Greve de dia 19 de Janeiro mantém-se, assim como todas as outras formas de luta dos professores.

    A mais eficaz forma de verdadeira luta passa pela capacidade individual de assumir, em coerência, as suas convicções.

    Os avaliados não entregam os seus Objectivos Individuais e devem recusar-se a assinar qualquer documento relacionado com a avaliação que não esteja previsto na legislação, o que inclui não assinar qualquer papel em que se negue a ser avaliado. Queremos ser avaliados, mas não desta forma.

    A penalização pelo acto é a não progressão, pelo que ninguém pode acusar-nos de estarmos a defender interesses materiais e/ou corporativos.

    Há 21 anos atrás discordei da implementação dos Ramos de Formação Educacional e, em conformidade, não fui frequentá-lo e só me profissionalizei 12 anos depois e efctivei pssados mais uma meia dúzia deles. Muitos que fizeram greve e gritaram na altura, já nem me lembro se a favor ou contra porque o faziam muito alto, foram fazê-lo e ficaram estabelecidos dois anos depois. Acredito que alguns já chegaram a titulares e, eventualmente, adesivaram em coerência com a incoerência.

    Quanto aos avaliadores, bem, há várias maneiras de matar moscas e acredito que, como a ministra diz que todos sabem o que andam a fazer, que saberão o que fazer, sem ser preciso que ninguém lhes explique tudo preto no branco.

    Acho eu.

    ResponderEliminar
  3. Não. O meu almoço foi um belo dum arroz de cabidela, seguido duma canjita e para terminar uma aletria feita cá pela rapariga! Et c`est tout!
    Hoje não houve bacalhau na minha ementa.
    E na tua?

    ResponderEliminar
  4. Sim, vinha a ouvir, tudo como dantes! Isto é que foi uma novidade do arco da velha, não é assim, Calp?

    ResponderEliminar
  5. "A mais eficaz forma de verdadeira luta passa pela capacidade individual de assumir, em coerência, as suas convicções."

    Clap! Clap! Clap! para o Clap.
    Coluna vertebral precisa-se!

    Mas que história esta do bacalhau... É código?

    ResponderEliminar
  6. Kakakakaka...
    Não é bem código...
    É que nós aqui na região temos um petisco chamado de punhetas de bacalhau... e a eu não tenho qualquer responsabilidade no caso!... onde entram obrigatoriamente as azeitonas! :)
    É feito com bacalhau desfiado, da peça, bem levado, cebolas às rodelas, azeitonas pretas e regado com um excelente azeite caseiro e é de comer e chorar por mais!
    Não me perguntes donde lhe veio este nome tão surreal de punhetas de bacalhau!!! :)

    ResponderEliminar
  7. AHHHHHHHHHHH!
    Eu acho que as punhetas já viraram iguaria nacional. Por cá também se faz! As de bacalhau, entenda-se.

    ResponderEliminar
  8. Ok Clap! Adiro à grafia regional(?)

    ResponderEliminar
  9. O menino deixa de lançar aqui a confusão?!
    É punheta! Punheta de bacalhau!

    ResponderEliminar
  10. entao, os que comem muitas, sao os ???.....pauliteiros?

    ResponderEliminar
  11. Mas é claro que são os punheteiros! Não são?!

    ResponderEliminar
  12. Pauliteiros são os que comem as po-nhetas com paulitos.

    ResponderEliminar
  13. O seu a seu dono!
    O texto postado às 18.44 é da autoria do Paulo Guinote, certo Clap!Clap!Clap!?!!!!!
    A não ser que um e outro sejam a mesmíssima pessoa?!!!!! ;)

    ResponderEliminar