domingo, 25 de janeiro de 2009
Le Cancre
Alunos - Museu Amadeo de Souza-Cardoso
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Le Cancre
E porque hoje estamos numa de poesia, partilho esta preciosidade que a Elsa D deixou lá atrás nos comentários.
Ilustrei a poesia com uma fotografia propositadamente desfocada onde os alunos se misturam formando uma amálgama de gente indistinta, que para nós nunca o são. Para nós são o Manuel, o Ricardo, o Pedro, o Miguel, a Ana, a Rita, o Gil, o Gabriel, a Susana... todos diferentes, todos iguais. Todos a precisarem de nós. E nós a precisarmos deles.
E não posso deixar de acrescentar que ao ler este título e este conteúdo pensei imediatamente nos meus alunos dos CEFs... tantas e tantas vezes a dizerem-nos Não com a cabeça e com a palavra, e a dizerem-nos Sim com o coração.
Saibamos nós, professores, ser dignos de lá chegar.
“Le cancre”
Il dit non avec la tête
Il dit oui avec le coeur
Mais il dit oui à ce qu’il aime~
Il dit non au professeur.
Il est debout
On le questionne
Et tous les problèmes sont posés.
Soudain le fou rire le prend
Et il efface tous les chiffres et les mots,
Les dates et les noms,
Les phrases et les pièges.
Et malgré les menaces du maître,
Sous les huees des enfants prodiges
Avec des craies de toutes les couleurs
Sur le tableau noir du malheur
Il dessine le visage du bonheur.
Jacques Prévert
Mesmo a propósito. Analisei-a na Faculdade.Merci meninas!
ResponderEliminarNão conhecia... achei-a profunda e tocante pelos problemas que levanta.
ResponderEliminarMemórias do passado, Dudú? Nã querem lá ver que já nos cruzámos no passado? FL da UL?
ResponderEliminarSabia que ias gostar, Anabela, e por isso ta trouxe, qual troféu.
Lá diz o outro: «tudo o que te dou, tu me/nos dás a mim/nós...»
Nós... é mesmo isso...
ResponderEliminarVoltando às tuas palavras, Anabela, as caras e os nomes sucedem-se às centenas. O desafio está mesmo no clique com cada ser, com cada identidade.x)
ResponderEliminarÀs centenas, disseste-o bem! Com os anos sucedem-se aos milhares.
ResponderEliminarFaçamos por guardar nas nossas memórias as boas memórias, para com elas fortalecermos a nossa acção em entusiasmo sempre renovado.
Apesar do trio maravilha... é que o trio passará e restaremos nós e eles a apagar os fogos pelas Escolas. :)
Anabela,
ResponderEliminarA minha resposta à Elsa D.?Não a recebeste?
Pois não. Perdi um comentário?
ResponderEliminarNão o vi...
Perdeste, perdeste...
ResponderEliminarDizia eu à Elsa D, que com certeza nos cruzámos na FL da UL.
:D
Então duplamente colegas, Dudú!
ResponderEliminarDe 83 a 90 andei por lá (Tanto tempo? Trabalhadora-estudante!). As Literaturas Francesas I e II foram feitas com o saudoso e brilhante David Mourão-Ferreira. Aulas inesquecíveis mas, se não me falha a memória (IhIh) não falámos de Prévert.
Prévert foi estudado em Francês III.
ResponderEliminarO professor Lindley Cintra, Álvaro Manuel Machado, David Mourão-Ferreira...
Tirei o curso sempre a trabalhar. Acabei em 1985. Sou velhota! Ihih!
Velhotes são os trapos.
ResponderEliminarNós, nós somos maduras!
Ah! E cruzaram-se...
ResponderEliminarMaduras! Está bem! Nem acredito, quando me ponho a pensar nos anos já somados... Não te acontece?
ResponderEliminarMas, se olharmos para os nossos filhos...
Pois, penso que sim...
ResponderEliminarAcontece. :)
ResponderEliminarDudú, ma chère, moi j’y suis arrivée déjà vieille!
ResponderEliminarPercurso complicado: no 25 de Abril estava no 7º, Serviço Cívico, Magistério Primário, Propedêutico, Ciências Humanas da Nova e, só então, FL da UL.
Mas cruzámo-nos!
Dos vossos filhos! Que o meu tem quase 14.
ResponderEliminarMa chère Elsa D,
ResponderEliminar1975, vinda de Angola com o Liceu terminado.Foi a última festa de finalistas do meu liceu ; 1976, Serviço Cívico, um ano no Porto; 1977/78, vinda para Lisboa e entrada na FL. Trabalhei para tirar o curso.. Demorei também uns anitos, era muito complicado.
Mais, me voilà!
:D
Eu já não sou do Serviço Cívico.
ResponderEliminarSou do Ano Propedêutico, feito com aulas pela televisão e exames nacionais feitos a todas as disciplinas, dois por disciplina.
Sou mais novita, e do Norte, carago!
Comigo só se cruzaram aqui no bloguito
Pois é! És mais novita, carago!
ResponderEliminarE enquanto nos formos cruzando por aqui, é bom sinal!:P
Se era! Casei em 82, com gémeos para criar: eu em Letras, ele em Direito. A trabalhar na periferia (bota periferia aí!) da cidade e a frequentar as aulas no início e no fim do dia. Vida de mulher-a-dias e guarda-nocturno. A prole, já se vê, ficou para depois. Tão depois que sou mãe-avó.
ResponderEliminarAi guapita, que te usurpámos o blogue!
Anabela, eu faço de traço de união entre gerações: Serviço Cívico num Hospital (para quem é de letras!) e Ano Propedêutico ( Tv, exames e coiso e tal) feito em dois anos, para não prejudicar demasiado os alunos!
ResponderEliminarAh, bendito cruzamento aqui no bloguito!
ResponderEliminarEstais aqui, estais em casa... em vossa casa... kakakakaka
ResponderEliminarCurioso... também casei em 82!!!
ResponderEliminarÉ só «cruces», carago! Aposto que não foi a 24 de Abril...
ResponderEliminarNão foi, mas... mas... pera aí... foi a 24 de Setembro! kakakakaka
ResponderEliminarCruzes canhoto!
Ora então, recapitulando. Casei em 1980. Levantava-me às 6h da matina para entrar às 8h na escola, depois a partir das 17h ou 19h, aulas na FL.Chegava a casa às tantas... Fui mãe em 84, a primeira vez. Vidas mesmo complicadsa...
ResponderEliminarSorry, Anabela...O blogue parece todo nosso...
Obrigada e bem-hajam por este final de domingo!
ResponderEliminarFui mãe em 83... mais novita mas mais precoce! :)
ResponderEliminarcomplicadas...
ResponderEliminarFiquem bem! Hoje foi um belo dia!
Bjs
Quando chegava, de madrugada, à paragem do primeiro autocarro, estavam as peixeiras da praça a descongelar o "peixe fresco"... ih ih ih
ResponderEliminarUm belo dia gélido e de chuva lá fora. Cá dentro esteve ainda mais belo porque caloroso!
ResponderEliminarBeijocas para as duas
kakakakaka
ResponderEliminarAinda a tempo de dar mais uma gargalhada...
...e sonhos de cor com laços azuis nas pontas.
ResponderEliminarAbracinhos quentes
Isto dá um texto curioso, intitulado: "Diário a quatro mãos."
ResponderEliminarBonitas: a comunhão e a cumplicidade que vi nesta casinha virtual.
Se ainda aí estiverem, bôa nôte!
ResponderEliminarBjs
Bôa nôte!
ResponderEliminarFiquem bem