Quantos Seremos?
Quantos seremos?
Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena.
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!
Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.
E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.
Miguel Torga
Nota - Com os meus agradecimentos à Maria Almeida pela partilha, generosa, desta poesia de Miguel Torga tão adequada ao momento em que vivemos.
Por coincidência publico Torga no dia em que se cumprem catorze anos sobre a sua morte.
As suas palavras nunca estiveram tão actuais.
gosto de pensar na questão da dualidade da vida. os prós e contra de tudo que fazemso e das escolha que temos. gosto quando pessoas levam outras a pensar. ;)
ResponderEliminart+
Seremos muitos, mesmo sem oportunistas e "medrosos".
ResponderEliminarAbraços com muita força aí para as terras gélidas de Amarante.
Quem vier que venha por Bem, não precisamos de gente receosa e comprometida com sabe-se lá bem o quê!
ResponderEliminarEspero que sejamos os mesmos. Se forem mais alguns, tanto melhor! :)
ResponderEliminarBeijinhos
Obrigada,Pati Nanni.
ResponderEliminarBeijinho a atravessar o Atlântico...
Seremos muitos, Elsa D, não tenho dúvidas.
ResponderEliminarCom efeito os medrosos podem ficar de fora, Helder. Já agora também lutaremos por eles! :)
ResponderEliminarEspero que o número ainda aumente um pouquito, Maria, mas é difícil pois estamos quase a atingir o pleno!
Beijocas