Orquídeas - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Dia da MãeAinda sem muitas palavras, comemoro este dia com orquídeas, as flores mais surpreendentemente belas que conheço, pelo inesperado das cores, pelo inesperado das formas e que me eram oferecidas, religiosamente, pela minha mãe.
Não são precisas muitas palavras...
ResponderEliminarBeijinhos.
:)
ResponderEliminarRetribuo os beijinhos.
foto formosíssima, flores lindas, mesmo se as minhas preferidas são as cravinas
ResponderEliminarObrigada, Rui, pelas tuas palavras.
ResponderEliminarBeijinho do Norte de Portugal para o Norte da Argélia.
Fica bem.
A todas as mulheres-mães:
ResponderEliminarEncantos,
olhos abertos.
Raiva,
punhos cerrados.
Asas,
mãos a céus.
Mágoa,
do passado.
Prece,
livro a ler.
Esperança,
nome gravado.
Fúria,
fome de pão.
Luta,
teu bordado.
Vida,
tu a dizes,
meiga rosa,
verde prado.
Morte,
estar vivo.
Palavra,
ai pesado.
Isto dito,
eis retrato
esboçado.
Durmo, velo,
’s’sperado;
fujo, fico
do teu lado.
Voo, tombo,
atordoado.
Amo, espero,
arrojado;
por flores
aluado.
Esta paz,
lago habitado,
canto:
Chilreado,
alma, voz, som,
sopro alado.
Paira noite,
chão chovido.
Abre o dia,
fim datado.
Abre a luz,
dou-me enleado:
Abrigada,
céu, e fado.
Se me ama,
bondade
demasiada,
não lembra
nenhum pecado.
O choro
já chorou.
Vigia
os dedos
na r’scrita.
Margem,
água,
poesia,
onde
tomba
uma pétala.
Põe os olhos
em mim.
Me quer,
me tem.
Gozo infindo
seu regaço:
Mãe,
mulher,
calhandra,
senha, recado.
Baixinho
sussurra-me
ao ouvido.
Sacia-me
do mel,
manjar sagrado.
Sonha-me
um sonho
sobre
meu ombro
reclinada.
Meu tu,
meu tudo,
asa, porta, ave,
cofre do
divino cheiro,
M.
-
Lindíssima poesia, Ângelo!
ResponderEliminarObrigada pela partilha e parabéns!