domingo, 17 de maio de 2009
Fotografias de Família, PowerPoints, Prendas e CEFs
Fotografias de Família, PowerPoints, Prendas e CEFs
Hoje partilho uma fotografia que tem um triplo significado para mim. Em primeiro lugar porque se trata da fotografia de família, datada, mais antiga que eu mantenho na minha posse, em segundo porque retrata o meu bisavô, pai da minha avó Luzia, e em terceiro lugar porque, através dela, tenho acesso à escrita, diferente, deste meu antecessor que eu não conheci, vinda do já longínquo ano de 1896, vinda do já longínquo final do século XIX.
Esta fotografia está digitalizada e integra, com outras fotografias, um PowerPoint inacabado, mas bastante adiantado, sobre a família da minha filha Joana, que o receberá de prenda, um dia destes, a pretexto de um aniversário qualquer.
Costumo partilhar este PowerPoint inacabado com as minhas turmas de CEFs para motivar os alunos para a realização do PowerPoint intitulado "Quem sou eu?" integrado no módulo Empregabilidade I: Comunicação e Relações Interpessoais. O objectivo é que os alunos reflictam sobre si próprios, sobre o seu percurso de vida, se conheçam a si próprios e possam conhecer melhor os outros membros da turma. A estratégia costuma resultar em pleno e é ver os alunos atentos a questionarem-me sobre isto ou aquilo, curiosos de verem as fotografias tão antigas da família da professora de CMA. A todos alerto para o interesse e importância de iniciarem, sem mais demoras, um trabalho de pesquisa e registo junto dos seus familiares mais idosos, sob pena de perderem informações pertinentes e curiosas sobre os seus antecessores, sobre as suas origens. E eles lá avançam no terreno, procurando informação diversa, alguns contactando pela primeira vez com o programa PowerPoint, alguns avançando mais do que outros nas informações obtidas junto dos familiares.
Informações que eu irremediavelmente perdi, em grande número, ao não registar os dados que os meus avós, paternos e maternos, me passaram um dia.
Agora só me resta andar numa corrida contra o tempo confirmando dados, aqui e ali com os mais velhos da família, que cruzo com as informações obtidas através destas fotografias.
É certo que o meu bisavô paterno cumpriu serviço militar em terras lusas à época, na longínqua Índia então portuguesa, e que talvez eu tenha herdado deste senhor a andarilhice que me caracteriza.
É uma ideia interessante, essa. Também costumo fazer uma coisa idêntica com os miúdos do 9.º ano, porque acho que é uma maneira de eles perceberem o que é a História, através da sua própria história. Além de que aprendem mesmo história, porque, de uma maneira ou de outra, a nossa história cruza-se sempre com a do país.
ResponderEliminarSe tenho uma folguinha também passo este PowerPoint, inacabado, aos meus outros alunos do básico para os estimular à pesquisa dentro da própria família. É um começo. Não sei se algum me escuta. O que sei é que eles um dia vão olhar para as fotografias dos seus antepassados com o espanto próprio de quem chegou lá longe no tempo e olhou para trás. Se a isso conseguirem juntar nomes, factos curiosos, particularidades, então ainda melhor.
ResponderEliminarE é verdade que a nossa história está impregnada da história do nosso tempo.
Beijinhos, Teresa.
Não é que se eu pudesse apanhar a benesse de me reformar breve, teria mil e um factos como este para realizar... mas não apanho, fui eu apanhada.
ResponderEliminarbjs