domingo, 5 de julho de 2009

Dr. Pinho

Dr. Pinho

Sábado, 4 de Julho

Depois da faena dá-se a volta à arena

Já se disse demasiado sobre o gesto tauromáquico (digamos) de Manuel Pinho, sobre a pressa de Francisco Louçã em enfiar a carapuça (digamos) dirigida a Bernardino Soares e sobre a urgência suicida de um Governo que, se não beneficiasse de dois meses de praia e langor pelo meio, dificilmente chegaria a Setembro. De resto, não era necessário o debate do estado da Nação para mostrar o estado actual dos sujeitos que mandam nela, e quanto à "vergonha" da insólita imagem ter chegado à imprensa internacional, hesito entre o que será menos embaraçoso de justificar a um estrangeiro civilizado: os cornos que o dr. Pinho mostrou ao deputado comunista ou o facto de possuirmos deputados comunistas.
Por mim, achei a entrevista do ex-ministro à SIC Notícias mais reveladora que a lide parlamentar do ministro. Em vinte minutos de conversa teoricamente destinada a exibir arrependimento, o dr. Pinho soltou o "lado humano" e exibiu o curioso espécime que tutela a nossa Economia desde 2005.
O dr. Pinho, que "resolveu" o "negócio" das minas de Aljustrel cinco minutos antes de o anunciar às câmaras de televisão, "sente" que "deu algo de volta a um país" que "adora". Defende que "o português" é "gente muito boa". "Admira imensíssimo" o eng. Sócrates. Fora de Portugal, admira imenso o Presidente Lula, visto que fazem anos com um dia de diferença e este ano "apagaram as velas juntos". Queixa- -se do sistema nacional de saúde, e lembra que a operação aos olhos de uma familiar "correu pessimamente" e a Ordem dos Médicos nunca lhe respondeu a uma carta, a ele, que "foi ministro durante quatro anos e meio". Tem "muito orgulho em ter participado num governo que fez reformas extremamente importantes" e que quis "rasgar algumas situações". Refere quatro reformas "fantásticas": a Segurança Social ("um acto de grande generosidade deste governo"); o ensino ("os miúdos que têm aulas durante todo o dia, que têm aqueles computadores, o inglês, isso tudo…"); as leis laborais ("houve o bom senso de criar um mercado de trabalho mais flexível"); e, "passe a imodéstia", as energias renováveis, cuja importância explicou detalhadamente: "É através das energias renováveis que Portugal é mais admirado a nível internacional." Porquê? Porque "o grande desafio que temos neste século é a questão das 'alterações climáticas', e se nada se fizer até ao fim do século a temperatura média do planeta aumenta seis graus". Jura? E? "É catastrófico, os nossos bisnetos vão ter de emigrar para outro planeta."
Evidentemente, há muito que o dr. Pinho não vive neste.

Retirado daqui.

6 comentários:

  1. Ai o Dr. Pinho!

    Está noutro país, de certeza!

    ResponderEliminar
  2. Eu não te dizia? O homem não se enxerga e ainda se faz de vítima. Já agora a cirurgia aos olhos (miopia) foi feita à mulher. Segundo ele, ela está praticamente cega de um olho (17%) e do outro só tem 40% de visão.Claro que lamento a situação, contudo , lá porque ele foi ministro não deveria ter tratamento diferente na celeridade da resposta à denúncia feita à Ordem dos Médicos.Se os outros cidadãos esperam anos a fio para terem uma resposta às queixas feitas por negligência, ele queria um tratamento diferente? Então porque não mudou as leis que regem estas questões enquanto esteve no governo? Ou não fez com que as mudassem? E já agora, segundo ele, a mulher foi operada num hospital/clínica particular...se fosse num hospital público talvez as coisas tivessem corrido melhor. Porque, o que é certo, é que quando as coisas correm mal num privado, os doentes são, imediatamente, transferidos para um hospital público.Isso quererá dizer alguma coisa, não?

    ResponderEliminar
  3. Quererá, Em@. E a entrevista feita a este senhor é bem reveladora da sua estatura. Baixa.
    E ouviste-o depois dos cornos feitos a justificar-se ao jornalistas e a falar em "safar" postos de trabalho?! Ouvi estupefacta.
    Que raio de gente!

    ResponderEliminar
  4. Claro, fazer-se de vítima é o que está a dar... É um tonto, olé!

    Nota: Já li os outros posts dobre a Lalinha. aiiiiiii, como gostava de a conhecer.

    jinho

    ResponderEliminar
  5. Olé!
    Quanto à Lalinha vou ver se encontro a sua intervenção publicada e linko-a a este blogue. Vale a pena partilhá-la em "carne e osso" com os meus leitores, mesmo os que a desconhecem.
    Beijocas

    ResponderEliminar