segunda-feira, 13 de julho de 2009

A Importância da Lista B ou a Importância das Vozes Não Concordantes

A Importância da Lista B ou a Importância das Vozes Não Concordantes

O surgimento da Lista B para o Conselho Geral da ESA não tem absolutamente nada a ver com partidos políticos. Desta lista fazem parte um conjunto de professores que apenas pensam pela sua cabeça e acham indispensável e fundamental a existência de duas listas para que a Democracia se cumpra na ESA.
A importância das vozes não concordantes, ou nem sempre concordantes, é extraordinária para o nosso crescimento interior enquanto seres humanos com obrigação de fazerem hoje melhor do que o que fizeram ontem. Com as instituições passa-se exactamente o mesmo. A crítica construtiva é fundamental à evolução, porque nos abre novas perspectivas, nos leva a novas reflexões e descobertas, só possíveis se rodeados por gente que nos diz sim ou não, dependendo daquilo que pensam.
Se a aspiração das chefias for o estar rodeado por gente que só abana a cabeça e diz amém, como pode haver evolução motivada pela interacção entre gente que usa os seus neurónios produtivamente?
Não gosto de listas únicas. Nunca gostei. Não gosto de pensamento único. Nunca gostei.
Gosto de opções, de escolhas que se fazem conscientemente. A celeuma criada em torno do surgimento da Lista B foi/é positiva porque, mais uma vez, põe a nu a fragilidade de pessoas que pensam as instituições como seus territórios pessoais.
Mentes abertas precisam-se. Para que não sigamos exemplos tristes como o do ministro Santos Silva que afirmou qualquer coisa como: só nos fazem falta os que pensam como nós.
Ah! E apesar de estar de saída ainda sou professora na ESA até ao próximo dia 31 de Agosto.
Vai daí, amanhã votarei acompanhada de um sentimento de satisfação e orgulho, pela contribuição dada para que Pluralidade, Escolha, Democracia não sejam apenas palavras retóricas que ficam bem em qualquer discurso sem sair disso mesmo.
Vamos então à prática.

23 comentários:

  1. Anabela:

    Conseguiste exprimir exemplarmente a motivação que esteve na base da minha aceitação para integrar a LISTA B!
    O pensamento unidimensional repugna-me. E como dizes - e muito bem - só pela celeuma que originou esta Lista já valeu a pena. Por outro lado, inquieta-me a intolerância face ao pluralismo de opiniões e de práticas.
    Amanhã..."vamos à prática".
    Bj.

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  2. E a minha também. Estou farta de pensamentos únicos iluminados.
    E que celeuma!!!!
    Bolas! Não era preciso tanto!
    Amanhã vamos praticar então... kakakakaka

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  3. Eu estou de saída. O Helder também. Mas fica a Elsa C., o França, o Patrício, a Laurita, a Crisafonsina, a Hermengarda, o Flores, o Pinto, a Lúcia... e tantos outros que saberão dar conta do recado... kakakakaka
    Obrigada, Miga!

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  4. Ui ficam muitas pessoas competentes, nomeadamente a professora Elsa Cerqueira, minha professora de psicologia que só não lhe perdo-o não me ter dado 19 no final, quando no exame tirei 19,2 por ter uma escolha múltipla errada. Mas ela sabe que é exigente e não a repudio por isso, porque sei que é extremamente competente e determinada!

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  5. É, Ricardo. :)
    A ESA, tal como muitas outras escolas deste país, tem muitos professores competentíssimos.
    Muitos dos nossos políticos é que não pensam assim. :(

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  6. Ah! O Ricardo é "aquele" Ricardo?!
    Muito bem, Ricardo. Fico contente por ter notícias suas...via blogue A.M.M.!

    Fiquei curiosa: neste momento o que faz do ponto de vista profissional?

    Se a A.M.M. tiver o seu e-mail, pedir-lhe-ei que lhe envie o meu mail para que possa responder, caso não o queira fazer via blogue.

    Fique bem, Ricardo.

    Bj.

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  7. É, Elsa! Pelos vistos o "meu" Ricardo é também o "teu" Ricardo!
    Ele diz o que quer fazer que o rapaz não tem papas na língua! Kakakakaka
    Também com estes exemplos de professoras!!!

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  8. Ah!Ah!Ah!
    Tens razão!
    O "nosso" Ricardo!

    Pessoas com um pensamento autónomo: uma preciosidade nos nossos dias...

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  9. Desconhecia por completo que ele tivesse sido também teu aluno. Aliás já não o vejo há n e só retomamos o contacto via bloguito.
    É caso para pensar... o que um bloguito faz à vida dos bloggers!!! Que reencontros proporciona!

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  10. Ó Professora Elsa ainda há pouco tempo nos encontrámos na Livraia Zé, onde lhe disse que estava no curso de fisioterapia e me disse que a sua irmã era fisioterapeuta. Estou a ver que se esqueceu!!! Não faz mal, ainda assim o meu e-mail pessoal é rricardomtp@gmail.com
    O blogue que represento começou por ser um blogue de uma instituição, centro paroquial gondar que agora apenas ficou com esse pseudónimo C.P.G. pois a partir de agora não haverá «papas na língua». Pois se há quem critique o jornalismo de Manuela Moura Guedes, assumo publicamente que a minha jornalista de eleição é Manuela Moura Guedes, « contra factos não há argumentos»!
    Beijinhos a todos! Qualquer dia havemos de combinar um lanche todos juntos, um encontro de bloggeres seria giro Anabela. Ahhh
    xau

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  11. Ok, Ricardo.
    Boa escolha a da fisioterapia! Um dia destes estás tu a tratar de nós! E invertem-se os papéis! kakakakaka

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  12. Olá, Ricardo: sabe que "tinha" dois Ricardos...que se inscreveram nos cursos de CT, frequentaram Psicologia (em anos distintos) seguiram a área de saúde e eram ambos bons alunos?!! Logo, não é uma pequena questão de amnésia...
    Quanto a futuros tratamentos, Anabela...sem desprimor para o Ricardo, terei a minha mana no topo da lista. Excelente profissional.

    Quanto à Manuela Moura Guedes...falaremos depois, talvez pessoalmente, porque se me afigura que a boa educação é uma exigência ética inalienável. Gosto da crítica. Sou crítica. Mas prezo a consistência, a coerência e a perspicácia argumentativas. Acima, de tudo, a crítica elevada: feita com nível. Lamento desiludi-lo, mas a MMG é mais do tipo "Eu sou o facto"!!!

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  13. Opiniões não se discutem. Felizmente vivemos em democracia, logo opinámos de forma diferente. E é bom, contribui para a dita «sociedade pluralista». Quanto à sua irmã não se apoquente, porque vou mudar de curso, completamente distinto mas que so revalarei a posteori, palavra que doutora Elsa Cerqueira adorava utilizar nos seus discursos, ou a famosa frase «QUEM QUER LER?» AHHHHHH

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  14. Discordo, Ricardo. O que é bom em Democracia. O célebre lugar comum "gostos não se discutem" não é consentâneo com discurso democrático. Porque em Democracia não há tabus. Porque a Democracia se constrói com a tal racionalidade argumentativa de que falei precedentemente. Porque a Democracia é feita de divergências,de troca de opiniões, e de Juízos de gosto. Todos aprendemos...sempre.

    A mana está bem. Fora das minhas inquietações. Fico, no entanto, com pena que vá mudar de curso. Sei que se tornará um excelente profissional...naquilo que optar. Mas um excelente profissional tem como condição prévia (não a posteriori, mas a priori)de adorar aquilo que faz. Desejo-lhe as maiores felicidades na(s) sua(s) opção(ões).

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  15. Desculpe mas lembro-me perfeitamente que era «a posteriori» e «quem quer ler?» porque tenho o teatro feito no final do ano para todos os professores e é o que está cá!!! Sim tem de haver discussão como é evidente em democracia, mas voltamos ao início, aquilo que eu acho por exemplo, aquilo que é uma verdade absoluta para mim pode ser uma mentira descarada para si! Mas ai entramos no conceito de liberdade de expressão, e retomo uma citação célebre de José Jorge Letria: «a liberdade é a combinação entre os direitos e os deveres, sem que cada um invada o espaço que, por direito, pertence aos outros...» Eu opino de uma forma que pode não a sua forma, e a famosa frase «gostos não se discutem» é verdade, e dou-lhe um exemplo concreto, veste-se ou frequente os locais públicos que os outros acham melhor, ou vai e veste-se como se sente bem? Vamos lá ver eu não quero entrar em discursos retóricos porque sei que me ganha, e compreendo, tem formação para tal. Mas uma coisa não me pode tirar que é «o meu pensamento!´» Fica com a sua perspectiva e eu fico com a minha.
    PELO C.P.G

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  16. Não pretendo, nunca pretendi tirar-lhe o seu "pensamento". Até porque seria trair a minha natureza e formação. Só debater e partilhar opiniões. Nada mais.

    E, Ricardo, faça-me um favor: releia a parte do "a posteriori e a priori" perceberá que não o contradiz: significa que "condição prévia" é sinónimo de "a priori". Releia lá com atenção. Por outras palavras: nunca afirmei que não dizia "a posteriori" nas aulas. Acredito em si. Lembro-me da vossa encenação...magnífica. E a palavra é fantástica. Vá lá, releia. Estamos de acordo...neste ponto?

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  17. Sim estamos. Sempre gostei do debate por vezes nas aulas temos que ir de encontra aquilo que determinado professor acha ou tenta demonstrar,e por vezes «comemos palha» senão quermos levar por tabela. Nesta condição de ex-aluno é excelente o debate.
    Isto num aparte e para que os leitores deste blogue compreendam. Eu tive dois professores de filosofia que eram tão semelhantes como as ideias de Anabela Magalhães e Maria de Lurdes Rodrigues, se me faço entender. Um entrava na sala e eu mesmo à frente tinha de levantar a orelha para o ouvir porque era intragável, excelente pessoa, mau profissional. A Dr. ª Elsa quando me chega de óculos escuros, cabelo vermelho, um «top model» eu digo, ahhhh que é esta? Ao fim das primeiras aulas tinha a ficha feita: uma óptima profissinal, que de vez enquanto saia assim uma voz mais aguda que fazia estrecer um colega meu muito engraçado e depois a tatuagem da cobra que nunca me esqueço. Não sei porquê tar a dizer isto agora, mas eu conhecia os professores todos da escola eb 23 amarante e da secundária, directa ou indirectamente trocava impressões com eles, por exemplo conhecia perfeitamente o filho da professora elsa por intermédio de quem, da minha grande amiga, Isaura Mourão, que por seu turno era irmão do Dr. Eugénio. Eu cheguei a trocar impressões e a mostrar os meus testes a alunos dele e eles disseram-me que se fosse com o professores deles eu tinha 20 a psicologia, e por isso aponto o dedo à doutora Elsa, excelente profissional mas que guarda as notas para si. Eu se fosse professor não tinha problema algum em dar um 20 a um aluno, as notas existem são para se dar, mas não a critico ainda me estimulou mais a estudar para lhe provar no exame, só me arrependo de não ter anulado a discilpina, mas isso são águas passadas.
    Quem passar por aqui e ler isto deve achar, de duas uma ou estão malucos ou o aluno detesta a professora, Nada disso, ela sabe que sempre fui crítico e dei a minha opinião naquilo que achava, e nesta condição de ex-aluno é mais fácil. Eu tenho memórias fantásticas dos professores de filosofia e só para terminar no 10.º ano do tal professor que vos falei, havia o desfile de carnaval, onde a e.s.a ia participar. Ora ia-mos ter filosofia e dissemos ao professor, o professor é uma actividade da escola, quer-nos acompanhar pf, lá com o seu bigodito diz: Não não temos de dar matéria, não sei que matéria porque falava sempre a mesma coisa, mas enfim opusemo-nos e faltamos todos. No fim teve a lata de dizer «vão ter todos falta» e a nossa sorte foi não ter ido ao «jardim da Luísa» senão ainda ia ser bonito. Enfim acho que poderia escrever um livro sobre todos os meus professores porque lembro-me de tudos, os tiques, as interpelações, tudo, aliás tenho cá os testes todos, eu vou revelando.
    Dr Elsa trocou de carro, ahhh, o vermelhinho já lá foi...
    BOA NOITE, ESTE FOI O JORNAL NACIONAL DE TERÇA FEIRA NÃO COM M.M.G MAS RICARDO PINTO, COM COMENTÁRIOS DE ELSA CERQUEIRA E NÃO DE VASCO PULIDO VALENTE, que tem de pedir à mulher, Constança Cunha e Sá que lhe dê umas palmadinhas nas costas a ver se as palavras de soltam mais fluentemente!

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  18. bem vou-me ausentar se entretanto a doutora elsa responder algo, amanhã comento. Já viu Anabela nós os dois na política um de cada lado devia ser bonito!

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  19. Não vou discutir aqui critérios de avaliação. Há lugares e tempos para o fazer. Mas ainda este ano atribui três classificações de dezanove. Não guardo notas para mim. Espero que os alunos as mereçam e conquistem. Nada mais.

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  20. Se disse-se que tinha dado dois 20 é que era de estranhar!

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