sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Farinha do Mesmo Saco

Farinha do Mesmo Saco

A notícia é do JN de hoje e transcrevo-a na íntegra com os sublinhados que entendi fazer e que são da minha responsabilidade.
A cada dia que passa mais amo este pê esse e este pê esse dê!
Olé!
Farinha do mesmo saco?
É! Pode ser! Para ficarmos por aqui.

Estreantes e veteranos a caminho de São Bento

Quotas garantem 30% de mulheres e direcções nacionais colocam ministros e ex-governantes
Ontem
ALEXANDRA MARQUES *, * COM A.P.C.

O açoriano Costa Neves (PSD) em Castelo Branco ou Francisco Assis (PS) na Guarda são casos de "pára-quedismo" gritante. Os membros do Governo têm lugar garantido, assim como os independentes convidados para a lista de Lisboa.
As listas de candidatos a deputados dos dois maiores partidos é esclarecedora: antigos ou actuais governantes encabeçam as listas, mesmo que a ligação efectiva ao distrito seja inexistente. Assim se explica que a Ana Jorge suceda a Matilde Sousa Franco em Coimbra, que Luís Amado lidere a lista de Leiria, pelo lado do PS, ou que Deus Pinheiro avance em Braga e Couto dos Santos em Aveiro, pelo PSD.
Os casos mais evidentes são, contudo, o do ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus do PSD, o açoriano Costa Neves, e de Francisco Assis que é promovido, ao ser lançado do Porto para o topo da lista pela Guarda.
As novidades não se quedam por aqui. Ser independente com o apadrinhamento do líder também dá direito a lugar elegível e de destaque. Como acontece em Lisboa com a ex-dirigente centrista Maria José Nogueira Pinto (4ª na lista do PSD) e da actriz e segunda filha do maestro Vitorino de Almeida: Inês de Medeiros e ainda do antropólogo e ex-bloquista Miguel Vale de Almeida (respectivamente 3ª e 7º na lista do PS).
As mulheres constituem pela primeira vez - devido à Lei da Paridade aprovada nesta legislatura - 30% das listas, mas neste capítulo só algumas foram promovidas a lugares cimeiros. É o caso da ex-deputada Maria Teresa Morais da direcção barrosista que agora lidera a lista de Leiria. Ou Rosário Águas (passa a 3ª em Coimbra).
No PS, Sónia Fertuzinhos (Braga) sobe do 12.º lugar (que tinha em 2005) para 6.º, Isabel Oneto entra na lista do Porto. Elza Pais também se estreia (em 3.º lugar) por Viseu, Idália Moniz mantém o segundo lugar em Santarém e Maria de Belém lidera Aveiro.
Ter familiares deputados é uma outra via possível para entrar em São Bento. No PSD, Coimbra dá poiso ao dirigente Paulo Mota Pinto (filho de Carlos e Fernanda) e a Nuno Encarnação, filho do presidente da Câmara. E o Porto acolhe Luís Menezes, filho homónimo do autarca de Gaia, e em 6.º Luísa Roseira, sobrinha da antiga ministra da Saúde socialista.
No PS, Aveiro mantém Afonso Candal, filho do advogado falecido este ano, em segundo. Jamila Madeira - filha de Luís Filipe Madeira - que não foi eleita para Bruxelas, entra (em 4.º) na lista de Faro e Antónia Almeida Santos, filha do presidente honorário do PS, também em 4.º lugar, em Coimbra.
No PSD/Madeira, o enigma chama-se Vânia Castro Jesus, que em terceiro lugar destrona o veterano Hugo Velosa para quinto.
Já o PS/Madeira foi assolado por um "temporal" e nenhum dos actuais deputados é recandidatado: Jacinto Serrão, Maximiano Martins e Júlia Caré ficam sem lugar no hemiciclo nacional.
Em hora de mudança, há ainda deputadas que saem. No PS, Isabel Pires de Lima, Maria Carrilho, Paula Cristina Duarte e Marta Rebelo são algumas delas. No PSD, Zita Seabra encontra-se em risco de não ser eleita, por Lisboa.
As curiosidades continuam. O PSD candidata os arguidos António Preto e Helena Lopes da Costa e o PS coloca o antigo assessor de Jorge Coelho, Nélson Lopes, como suplente na lista de Lisboa, à frente de Dias Baptista.

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