quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Manif - 19 de Setembro
Manif - 19 de Setembro
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19 DE SETEMBRO: NOTA DE IMPRENSA
NOTA DE IMPRENSA
MANIFESTAÇÃO DE PROTESTO DE PROFESSORES - 19 DE SETEMBRO – LISBOA
Tal como foi já tornado público, os professores irão manifestar-se em Lisboa, no próximo dia 19 de Setembro de 2009, às 15:00 horas.
Numa forma de manifestação diferente do habitual, a mesma decorrerá em simultâneo em três locais diferentes e simbólicos: Assembleia da República, Ministério da Educação (Av. 5 de Outubro) e Palácio de Belém. Em nenhum deles, haverá prelecção de discurso público, mas sim uma faixa dos Movimentos que organizam o protesto (APEDE, MUP e PROmova), contendo uma mensagem forte e incisiva que pretende dar voz ao sentimento dos professores.
Nos três locais de concentração, haverá representantes dos movimentos, que promovem e organizam esta acção, sendo que os professores poderão dirigir-se livremente a qualquer um desses locais, ou a todos eles, de acordo com a sua sensibilidade e desejo de participação.
Os professores virão, preferencialmente, vestidos de negro mantendo algum período de silêncio e dando depois livre curso à sua criatividade contribuindo, desse modo, para evidenciar as razões da sua luta e justo protesto, face à situação que se viveu e continua a viver, actualmente, na Escola Pública.
Os movimentos independentes de professores convidam os senhores jornalistas a acompanhar esta manifestação de protesto dos professores, a ouvir os professores que dão aulas no dia-a-dia, sentindo na pele os efeitos e consequências perversas das políticas educativas impostas pelo governo de José Sócrates, e chamam particular atenção para as diferentes faixas (5 m2 cada) a exibir pela organização, cujo conteúdo só será revelado na tarde do dia 19 de Setembro, em simultâneo, nos três locais em que decorrerá esta iniciativa de protesto.
Segue junto a esta nota de imprensa, em rodapé, o cartaz oficial da manifestação, cuja publicação agradecemos.
Sintra, 16 de Setembro de 2009
Com os nossos melhores cumprimentos,
Pela APEDE,
Ricardo Silva
Pelo MUP,
Ilídio Trindade
Pelo PROmova,
Octávio Gonçalves
Vá lá, ao menos este ano ainda não marcaram greves, para depois se queixaram que o programa é extenso.
ResponderEliminarDiogo
ResponderEliminarAntes de mais nada seja bem vindo a este blogue.
E agora algumas explicações a quem me parece estar a confundir coisas que não são confundíveis.
Vou-lhe dar o exemplo daquilo que conheço bem enquanto professora de História do terceiro ciclo.
Vejamos o caso do 7º ano de escolaridade. Tenho uma aula semanal de 90 minutos com os miúdos, o que perfaz, na melhor das hipóteses, 34 aulas ao longo de todo este ano lectivo.
Às 34 tenho que retirar uma para apresentação; três para esclarecimento de dúvidas e para testes de avaliação; três para autoavaliação; talvez uma para apoio à Área Curricular Não Disciplinar de Área de Projecto. Por acaso este ano as visitas de estudo estão canceladas por causa da gripe o que me deixará mais uma aula disponível. Na melhor das hipóteses terei vinte e seis aulas para leccionar matéria durante todo este ano lectivo. Mas se as aulas de sétimo ano forem à terça-feira isso quer dizer que terei de retirar os dois feriados de Dezembro e a terça-feira de Carnaval e aí já só terei vinte e três aulas para leccionar o programa de 7º ano, que é verdadeiramente aberrante para a carga horária em causa. Pode consultar este programa na página do Ministério de Educação. Consulte-o e depois diga-me se o Ministério da Educação está realmente preocupado com a qualidade do nosso trabalho.
Sabe que os meus alunos costumam considerar a carga horário da minha disciplina uma autêntica aberração?
E sabe que há professores que fazem greve, descontam o dia de trabalho no seu vencimento e depois combinam com os seus alunos uma hora extra para a leccionação de matérias?
Pois! É verdade! Somos uns verdadeiros anormais! E não me consta que noutras profissões haja trabalhadores a fazerem uma destas que não lembraria nem ao diacho!
De referir que apesar do ataque descarado e sem precedentes à minha classe, esta comportou-se com uma dignidade à prova de bala. Todas as manifestações foram marcadas ao sábado, apesar de nós, como vós, termos direito ao nosso descanso. Mas preferimos assim, para não prejudicar quem? Pois! Lá está! Os alunos!
No próximo sábado lá marcharemos nós, mais uma vez, sobre Lisboa. Só para relembrar que continuamos por cá e que continuamos em luta!
Por isso Diogo, fale do que sabe e se não sabe esteja calado.
No mínimo primeiro informe-se.