sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Aviso aos directores mais adesivados. É para prestar atenção

Aviso aos directores mais adesivados. É para prestar atenção

1. O Secretariado Nacional da Fenprof aprovou, em 27/10/09, a seguinte recomendação aos professores e directores das escolas:
"Caso a avaliação não seja suspensa, a FENPROF apela aos professores e educadores que, dando continuidade a uma acção que juntou muitos milhares de docentes, não entreguem proposta de objectivos individuais. A FENPROF apela igualmente às escolas que, no sentido de preservar um clima de trabalho sereno e evitar o crescimento da conflitualidade introduzida por este processo, acautelem, na calendarização que a lei lhes exige, o tempo necessário a que a questão possa ser resolvida politicamente."

2. Desta vez, ninguém pode alegar desconhecimento: já deram entrada, na Assembleia da República, as iniciativas parlamentares do PCP e do BE para suspensão da avaliação de desempenho e abolição da divisão da carreira. E o PSD já afirmou, pelas vozes de Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel e Pedro Duarte, que vai viabilizar a aprovação de um diploma que suspenda o actual modelo de avaliação de desempenho, caso o Governo não tome essa iniciativa. E o CDS reafirmou o cumprimento dos seus compromissos eleitorais em matéria de ADD e de ECD. Ainda ontem, Mário Nogueira, à saída de uma reunião com Paulo Portas, reafirmou a convergência da Fenprof com o CDS em torno da necessidade de suspensão do actual modelo de ADD e aprovação de um novo modelo inspirado no que está em vigor nas escolas particulares. Houve ainda convergência em torno da ideia de que o ciclo de avaliação deve ser alargado e os professores avaliados apenas no ano de mudança de escalão.

3. Convém que os directores mais adesivados se lembrem de que a situação política mudou: o PS já não tem maioria absoluta. Os partidos da oposição assinaram o Compromisso da Educação e estão vinculados a duas promessas eleitorais: suspensão do actual modelo de avaliação de desempenho e abolição da divisão da carreira. E vão cumprir. É provável que os projectos de lei só venham a ser aprovados no Parlamento em Janeiro ou Fevereiro mas sê-lo-ão.
Daqui.

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