sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aminetu Haidar


Marcha Verde - Ocupação do Sahara Ocidental por Marrocos
Novembro de 1975
Fotografia sobre fotografia - Layounne

Haminetu Haidar

Aminetu Haidar. Uma mulher de paz!‏


"Considerada la "Gandhi Saharaui" por su resistencia y lucha pacífica por la autodeterminación de su pueblo y la denuncia de la violenta y constante represión marroquí en el Sahara Occidental, fue expulsada en avión la mañana del sábado 14 de noviembre desde El Aaiún hacia Lanzarote, por la fuerza, sin documentos ni ninguna de sus pertenencias y después de casi 24 horas de aislamiento e interrogatorio. Madre de dos hijos, ha sido galardonada, entre otros, con el Premio de Derechos Humanos Robert F. Kennedy 2008, el austríaco Silver Rose Award 2007 y, un año antes, con el Premio de Derechos Humanos Juan María Bandrés. Fue nominada por el Parlamento Europeo para el Premio de Derechos Humanos Andrei Sakarov, ha sido candidata para el Premio Nobel de la Paz y Amnistía Internacional (EE.UU.) presentó su candidatura para el Premio Ginetta Sagan. En 1987, con 21 años, fue una de las 700 personas detenidas por participar en un mitin que pedía el referéndum de autodeterminación. Permaneció "desaparecida" sin cargos ni juicio durante cuatro años, torturada junto a otras 17 mujeres saharauis. En 2005, la policía marroquí la volvió a detener y golpear tras su participación en una manifestación pacífica. Fue liberada después de 7 meses gracias a la presión internacional de organizaciones como Amnistía Internacional y el Parlamento Europeo. Desde entonces, Aminetu Haidar ha recorrido el mundo para denunciar la ocupación militar marroquí y la violación sistemática de derechos de la población saharaui y para abogar pacíficamente por el derecho de su pueblo a la autodeterminación."

"Em greve de fome há 24 dias num parque de estacionamento do aeroporto de Lanzarote, Aminetu Haidar continua a morrer aos poucos. O governo espanhol não se limita ao silêncio e comporta-se como autêntico delegado diligente da ditadura marroquina. Do resto da Europa, governo português incluído (o partido que o sustenta nem a favor de um voto de solidariedade conseguiu estar), o silêncio cobarde. O Sara luta pelo mesmo que Timor lutou. A história é aliás quase igual. Mas os negócios falam mais alto. Aminetu Haidar, prémio Sakarov entre tantos outros, pode morrer a qualquer momento. Em solo europeu. Perante o silêncio cobarde de todos. Apenas porque não a deixam regressar ao seu país, à sua casa, aos seus filhos. Apenas porque os mesmos que a elogiam e a premeiam são incapazes de aprender alguma coisa com o seu exemplo: o da dignidade e da coragem.
Quando Marrocos fez saber que ela só poderá regressar se pedir desculpas ao rei Mohammed VI, o seu filho mais novo, de 13 anos, disse: “A minha mãe nunca vai voltar a casa porque nunca vai pedir perdão ao rei.” Não por frieza, mas pela coragem de uma combatente, Aminetu mediu todas as palavras: “podem viver sem mãe, mas não sem dignidade”.
Por mim, ao ver esta mulher firme e de paz morrer na Europa que se diz da liberdade sinto uma vergonha sem fim. E um desprezo enorme pelos cobardes que nos governam. Tivessem os nossos líderes um pingo do que tem Aminetu e estariamos muito melhor servidos."

O primeiro texto, em espanhol, pode ser lido no seu contexto original no blogue Todos com Aminetu. O segundo texto circula via e-mail. Obrigada, Maria José, pelo seu envio.
Subscrevo a vergonha do silêncio nojento. O crime de Aminetu? Ter escrito o nome da sua terra - Sahara Ocidental - ao invés de Marrocos.
O Sahara Ocidental, deixado ao deus dará por Espanha, foi ocupado por Marrocos em 1975, aquando da famosa Marcha Verde.
A antiga colónia espanhola, único território africano que chegou ao século XXI por descolonizar, assim permanece, território ocupado por Marrocos, e com tropas da ONU por todos os lados, instaladas nos melhores hotéis de Layounne e arredores, movimentando-se para trás e para a frente em jipes xpto e dura isto há anos e anos porque, pasmem, preparam um referendo sobre a a autodeterminação dos sarauis que, pelo caminho já cumprido, jamais verá a luz do dia, descumprindo assim uma missão que já criou raízes em pleno deserto e se arrasta desde 1991 e que se chama não sei o quê URSO*!
Grandes ursos me saíram estes políticos!
Assim é que está certo!

*MINURSO

E aqui deixo a sugestão de mudança de nome, desta missão da ONU, de MINURSO para GRANDEURSO

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