Dia Mundial da Poesia - Figueira Velha - Douro
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Dia Mundial da Poesia
(E a culpa disto é da Em@!)
Poema 1
tenho nos olhos acesas
as estrelas que lá colocaste
numa outra Primavera
era Dezembro.
hoje
em Março
no tempo e no espaço
a Primavera é real
porque de andorinhas
tem sido feito
o nosso percurso.
espero que a vida
não nos gele as asas
num golpe de vento polar.
Em@
*
Poema 2
Eu sei...
o luar chegará
num lago de feitiços
onde os meus olhos
banharão os sonhos.
Agora...
o sol ainda é festa
e a primavera rainha.
O meu tempo...
será outro.
(Graça Arrimar, 21-03-2010)
*
Poema 3
no meu céu...
Os céus cinzentos
Fazem-me aconchegar
No calor dos corações
E pintar a saudade das estrelas
Os céus cinzentos
Fazem-me procurar a musa dos céus
E espelhar-me na sua candura
Os céus cinzentos
Fazem-me volver as marés
E escrever na areia molhada
Os céus que fazem cantar
A voz mais sombria
Onde apenas a luz atrevida
Se solta em plena noite a sussurrar
Andy
*
Poema 4
Quando a noite se levantou havia orvalho feito poema em cada pétala aguardada; em sua cama de seda e alecrim aconchegou a alma em busca das respostas do poeta… poeta vadio, arredio que pelas notas do luar transportou néctares fecundos de esperança… servidos como um banquete nos cálices feitos poema. Amanhã … depois do luar, nova poesia irá crescer e outros prados conquistar…
Aida Beirão
*
Poema 5
O que dizer
quando o dizer
não é bastante ?
Indaga-se a alma
no silêncio do olhar
e diz-se tudo
o que está aquém e além
do nomear
jad
*
Poema 6
Venho de longe,
deixei o sorriso escarlate,
na acácia ao rubro,
ao fundo do meu quintal.
Vesti um outro sorriso,
Vesti um outro sorriso,
decalcado do primeiro,
não me deixa, não o deixo,
até ao dia esperado,
quando o resgatar,
quando o resgatar,
e sorrir então inteira,
no sonho de lá estar.
.
Dudú
(maria eduarda)
.
Dudú
(maria eduarda)
*
Poema 7
Camuflagem
Posso ser
Uma flor (que cheiras com entusiasmo),
Uma nuvem (andando apressada),
Uma gota (que cai sobre ti),
Um pensamento (perdido no espaço),
Um livro (que guardas na estante),
Um dedo (na direcção do horizonte),
Uma pestana (que te concede o desejo),
Uma chave (que abre todas as portas),
Posso ser o que quiser…
Porque eu sou parte de tudo
E tudo faz parte de mim..
Flávia Teodorico.
*
Poema 8
O tempo não pára
e nós continuamos
o nosso caminho
alheios a tudo aquilo
que ainda está por vir.
Embora tão perto,
somos tão distantes
uns dos outros…
Então,
estendemos a mão,
numa tentativa frustrada
de mostrar sorrisos e lágrimas
que as nossas máscaras não deixam ver.
Despreocupados
e indiferentes,
caímos nas malhas do tempo
e rodamos conforme o vento
quer que rodemos.
Felizes…
E tristes…
Nesta nossa teia,
tão frágil,
mas ao mesmo tempo
capaz de suportar tanto.
Flávia Teodorico.
*
Poema 9
Resgatei
o meu sorriso,
transformei-o
em gargalhadas
límpidas,
espampanantes,
sem idade.
E dancei,
dancei contigo,
um tango excêntrico,
sob uma amendoeira
em flor..
Anabela Magalhães
Foi bom, não foi? uma maneira diferente de estarmos juntos a comemorar uma coisa boa.Eu pelo menos gostei! Falta o poema do Elenáro!;) ele guardou-se para o fim
ResponderEliminarDorme bem!
Foi, sim, Em@! :)
ResponderEliminarBeijinhos e fica bem.
Revelação para mim o sorriso «poiético» de Anabela à sombra das amendoeiras em flor -- lindo de neve flor esse teu, só teu sorriso, Anabelinha!
ResponderEliminarChegou a Setúbal tua gargalhada amiga!
ResponderEliminarkakakakakakakakakakakaka
E falta também um do Ângelo... mas ainda vai a tempo... o tema é livre...
ResponderEliminarParticipa, Ângelo?
E fico contente pelas minhas gargalhadas terem chegado a Setúbal!
beijinhos
O meu é o 13 do azar a sexta e da sorte em totobola e fatinha
ResponderEliminarkakakakakakaka