Orangotang
A apresentação destes meninos foi feita no blogue Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega, de onde importei o post que se segue, lá mais abaixo.
Surpreendentes é o mínimo que posso dizer sobre estes Orangotang de Mondim de Basto.
E para não me alongar muito mais, direi que foram uma lufada de ar fresco que, vinda de montante, e aproveitando o vale cavado pelo Tâmega, chegou aqui a S. Gonçalo agorinha mesmo, rasgando a noite cerrada e húmida da minha cidade já adormecida.
Partilho-os. Partilho a sua excelente música, a sua opção estética, sóbria, que amo.
E aqui lhes deixo os meus parabéns! Força! Não esmoreçam!
O Tâmega precisa de gente assim!
sexta-feira, 11 de Junho de 2010
Tâmega - Mondim de Basto: Orangotang em «Controlo»
Tâmega - Mondim de Basto
Orangotang em «Controlo»
A invocação do Tâmega e da luta travada contra as barragens, pelos valores da terra patente nos territórios dos diversos concelhos da bacia hidrográfica, estão centrados na necessidade da população e nossos representantes locais reencontrarmos na e para a região o equilíbrio que anda ausente da relação que temos de manter com a Terra.
Respeitando o legado da Natureza em usufruto, de que a Água é parte integrante, sem excessos nem a sofreguidão mercantil das eléctricas EDP e Iberdrola a que o Ministério do Ambiente do XVII Governo constitucional nos submeteu, ficamos perante condições únicas e irreprodutíveis em outro qualquer endereço, que justificam a presença humana milenar no vale.
Neste palco multimilenar onde o rio instalou o curso, sedento de andar pelo seu pé até chegar à foz como qualquer outro rio normal, onde a História se faz a pulso e não consta da cultura livresca, há paisagem, patrimónios, valores intemporais transgeracionais, e neles há gentes que a arrogância do vil metal ou o destempero da decisão cega não podem validar o seu abate.
O Tâmega é único no mundo, na austeridade e na fecundação, consagrado em louvor terreno a quem com ele é capaz de vibrar na fibra e na seiva as harmonias encantadas das águas que sulcam o nosso chão sagrado.
De Mondim de Basto, os Orangotang provam dessa essência da terra.
Orangotang, in Orangotang - 10 de Junho de 2010
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