quarta-feira, 2 de junho de 2010
Uma Revolução de Merda
Manif - 29 de Maio de 2010 - Lisboa
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Uma Revolução de Merda
Confesso que não é fácil para mim escrever a palavra merda. Digo-a mais facilmente, muito embora a utilize com bastante parcimónia.
Mas como classificar a "revolução", operada no sector da Educação, que o (des)governo do meu país assume como sua e em que foi/é o principal protagonista?
Pois! Só me resta classificá-la como uma revolução de merda.
De caca não ficava bem, pois não?
Pois não... era muito suave.
«A Oposição criticou hoje, quarta-feira, no Parlamento, a decisão do Governo de encerrar escolas do ensino básico com menos de 20 alunos. O Executivo salienta que o ensino em Portugal viveu nos últimos anos uma "revolução."»
Daqui.
Muito complicado de facto. A mim custa-me bastante ver os idosos, dizerem que ao fechar aquela escola, a juvenialidade daquela zona rural irá se perder. Que o simples passar da criança, perguntar-lhe se está tudo bem; se é bom aluno animava o ego daquelas pessoas.Depois crianças do 1.º ano que se terão de pôr a pé muito cedo, de madrugada, e então de Inverno, complicado... o que acaba de certo modo por penalizar o seu rendimento escolar.
ResponderEliminarO que eles querem todos sabemos é PAC. Ao fechar as escolas, menos professores, menos funcionários, menos descolacações para almoços. É uma tristeza, ver escolinhas com mais de 50 anos, onde andaram os nossos avós serem fechadas. Se em vez disso as remodelassem, dessem incentivos ao aumento da natalidade, aumentado o tempo das licenças, penalizando os patrões que despedissem as mulheres grávidas, mais abono familiar... assim não, tristeza mesmo...
Mas diga-me dia 10 de Junho vai caminhar com a sua escolinha?!
Muito, muito complicado, Ricardo! E eu sei que tu te apercebes disto. A tua freguesia é, por certo, uma das sacrificadas. A ver vamos. Uma coisa é certa - as consequências negativas desta política cega ainda só agora se perfilam no horizonte.
ResponderEliminarO meu país está cada vez mais um país impróprio para alguém, minimamente decente, viver.
Sabes que as aldeias de Marrocos exibem com orgulho a sua escolinha promária? Mesmo as pequeninas? Houve tempo em que não as tiveram...
Cá retrocedemos cem anos...
Arre que estou fartinha disto!
Ah! E não sei ainda... tu vais?
ResponderEliminarFui complicado, mas não irei estar cá por certo, é que no final da próxima semana inicio o meu 1.º round de férias. Preciso urgentemente....
ResponderEliminarEm Gondar tinhamos 3 escolas, a que fechou foi a das Chedas...a de Vila - Seca e Ovelhinha permanecerão abertas, porque ainda têm uma média de 40 alunos cada uma, mas também já estão em negociações para o centro escolar...
Sortudo! Eu não irei tão cedo! E ainda me espera taaaaaaaanto trabalho!
ResponderEliminarQuanto às escolas, a continuarmos assim, fecharão mais. :(
Estou convicta que faz parte da política destes políticos o encerramento do interior...
A ver vamos!
Beijo
Há muitos anos numa Queima das Fitas em Coimbra, um dos cartazes da Faculdade de Economia, dizia: "Orgasmo...Orgia é tudo...Economia".
ResponderEliminarA questão dos fechos das escolas é mais um exemplo da subida dos Impostos...porque há muitas maneiras de o conseguir.
Os PROBLEMAS da EDUCAÇÃO, são fundamentalmente de ordem Estatística e Económica.
Que interessa o sacrifício ...de toda a espécie, dos alunos e familiares!
Que interessa o MARTÍRIO dos PROFESSORES!
O nível da iliteracia?
É só Estatístico!
Um dia houve um "encontro" de médicos.
Salazar mandou bisbilhotar .
E perguntou:
-Quantos médicos e quantos automóveis lá estavam.
- Tantos auto como médicos - foi a resposta.
-Ah! - suspirou o "bom" homem.
Economia...Estatística...Malandrice...a União Europeia tem muito que aprender cá com os lusitanos.
Iph!
ESte país está feito num oito, Hélio! E agora?
ResponderEliminarO que fazer quando as pessoas não interessam mais?
Que decepção viver num país assim!