Carinho - E. B. 2/3 de Amarante - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
E. B. 2/3 de Amarante
Este post será um post "espécie de constatação/balanço muito específico", após um ano lectivo de trabalho árduo na E. B. 2/3 de Amarante.
Não gosto de falar do que não sei, do que não vivi, do que não presenciei.
Quem me conhece sabe que eu não funciono com disfarces, que aponto os erros, começando por mim, que procuro caminhos alternativos e soluções possíveis e passíveis de melhorar o funcionamento da coisa onde me envolvo, seja ela qual for.
Inevitavelmente esta é a minha postura no meu local de trabalho já que não me concebo de outra forma. As críticas que faço procuro que sejam construtivas e não me movo bem em paz podre ou no limbo, continuando a preferir dias ensolarados de céu azul.
Este post não será de crítica. Muito pelo contrário, este post é de elogio rasgado a uma Escola que trata muito bem os seus alunos.
Aqui deixo o comprovativo, para que não me acusem de inventora, coisa que, para o bem e para o mal, não sou.
As fotografias que ilustram este post foram tiradas por mim e retratam um dos almoços dos meus jardineiros, em dia em que eu própria os acompanhei nesta maravilhosa feijoada.
Com os meus jardineiros em estágio fora da Escola, havia que solucionar a questão dos seus almoços já que os alunos apenas tinham uma hora para o almoço o que lhes dava muito pouco tempo para se deslocarem à E. B. e voltarem para os seus postos de trabalho.
Questão colocada ao Coordenador dos CEF, olá Aires!, foi prontamente resolvida pela Escola e o almoço passaria a ir ter com os meus alunos.
Acompanhei-os por diversas vezes em almoços animados que juntaram alunos, professores desta turma e o próprio coordenador à volta de mesas de pic-nic e que, por certo, afagaram a alma aos meus moços e moças, nesta fase da vida, desconhecida para eles, de transição prática para a profissão que escolheram.
Um dia fotografei-lhes o almoço, digno de registo, de prato de feijoada acompanhada de arroz, salada de alface, dois pães para cada um, que o trabalho deles era bem esgotante, duas peças de fruta e água. Um dia tiveram até direito a gelado, que eu também comi... hum... hum...
Podia não ter fotografado nada. Mas atenta como sou a pormenores, que por vezes escapam à maioria das pessoas, fotografei as embalagens, identificadas com os "nomes" dos meus alunos e descobri, com um sorriso rasgado de orelha a orelha, que tinha um Nelinho.
E fiquei a pensar - felizes os alunos que frequentam escolas em que as funcionárias das cantinas os nomeiam assim, carinhosa e amorosamente.
Feliz a Escola que pode contar com colaboradoras assim.
Feliz a Escola onde as pessoas não são tratadas como números.
Feliz a Escola que mantém uma cultura de proximidade e amparo, só possível num ambiente humanizado que devemos preservar a todo o custo. A todo o custo. Mesmo que isso implique remar contra a maré.
Hoje já estamos de acordo, se bem que o último parágrafo pareça uma lengalenga. Viu quando andar em baixo come uma dessas feijoadas, arrebita logo.
ResponderEliminarComa e esqueça as críticas...ao PS.
ResponderEliminarNós fomos eleitos pelo Povo Português, não por professores nem deputados.
Pareceu-lhe? Pois, o senhor continua a revelar muita ignorância.
ResponderEliminarQuanto à última frase... o senhor aprendeu pela cartilha daquela directora regional, célebre, que não escrevia coisa com coisa, chamada Margarida Moreira?
Ok! O senhor assume-se aqui como um deles, dessa clientela asquerosa que nos arruína o país.
ResponderEliminarDe resto não sabia que os professores e os deputados não exerciam o direito ao voto... é que eu tenho-o exercido no meu país.
Quanto ao povo português, tem aquilo que merece.