sábado, 11 de setembro de 2010

11 de Setembro

11 de Setembro

Ainda hoje me vejo estática, quase petrificada, à hora de almoço, em frente à televisão, a assistir em directo ao ataque do segundo avião com um pensamento fixo - Isto não pode ser verdade. Isto é ficção.
Confesso que ainda hoje dou comigo a pensar que tal atentado não pode ter sido possível, tal a espectacularidade dantesca do mesmo, sobre o coração financeiro da América.
Entretanto as ondas de choque do fatídico acontecimento propagaram-se pelo mundo tornando-o um local incomparavelmente mais inseguro, com ataques terroristas aqui e ali por parte de gente fanática que não olha a meios para atingir os fins. Não compreendo esta falta de pudor, esta falta de respeito pela vida do outro, esta crueldade gratuita sobre gente anónima. Mesmo que a causa fosse nobre, o que não é manifestamente o caso.
Hoje a insegurança chegou, enraizou e está em francos progressos em algumas zonas do planeta, até no Sahara, vedando incursões ao Níger, ao Mali, à Mauritânia... impedindo-me de progredir nas minhas explorações no Grande Sahara.
A Al-Qaeda, movimento fundamentalista islâmico traduzível por "A Base" continua a ramificar-se pelo planeta, sem que pareça ser possível decapitá-lo para sempre. Instalou-se no deserto, onde pratica atentados, raptos que descambam em assassínios de pobres turistas que só responderam ao apelo da areia, ou mesmo de gente ligada a ONGs que aí actuam, desestabilizando por completo a região com práticas cruéis que não eram de todo as usadas na zona.
O monstro soltou-se no dia 11 de Setembro de 2001 e ganhou novo fôlego com a intervenção americana do Iraque, no Afeganistão.
O monstro está aí para durar, com repercussões sobre as nossas vidas quotidianas. Eu já as sinto sobre a minha pele e já me tolhem os movimentos.
Confesso que no dia 11 de Setembro de 2001 estava muiiito, muiito longe de imaginar que tal seria possível.

2 comentários:

  1. Ainda hoje parece ficção, sinceramente!
    Hoje ao almoço, a ver a reportagem na sic, até estava petrificada a ver de novo aquelas mensagens. Parecia-me algo irreal. Mas não, foi (e é) realidade...

    (Um tempo longe, mas de volta, espero :p )

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  2. Olha, amiga, este monstruoso pesadelo só terminará quando os corações lerem com inteligência e humanidade a bíblia e o alcorão e compreenderem que o deus único «beneficente e misericordioso» quer paz na terra, e guerra nunca mais.
    Mas para amenizar conto-te anedota, que se já tua conhecida me perdoarás:
    Dois portugueses, nas torres gémeas, no fatídico 11 do Setembro, do dito ano do atentado (chamemos-lhe assim), ao verem o avião a aproximar-se contra suas janelas...
    Diz um para outro: -- Estava a pensar que vinha contra nós, e tu?
    -- O mesmo, JÁ NÃO MORREMOS HOJE!!!
    Beijinhos, Anabela.

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