terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Lição de Cidadania

Lição de Cidadania

Concordo em absoluto com a leitura que o Ramiro Marques faz da luta encetada pelos pais dos alunos que frequentam o Ensino Particular e Cooperativo. Lutando por aquilo em que acreditam, não baixando os braços, persistindo em acções espectaculares, como as que já aconteceram durante a acampanha e como as que acontecerão a partir de hoje, dão uma lição de Cidadania ao país e obriga o país a ficar de olhos atentos à contestação. E contestação, precisa-se.
Já agora aproveito para me pronunciar sobre a polémica incorporação dos educandos nos protestos para afirmar que concordo com ela. Porque é de pequenino que se torce o pepino. Porque se os pais derem aos seus filhos exemplos de luta, ao vivo e a cores, estarão a ajudar a fomentar espíritos e mentes mais contestatárias, mais críticas, mais reactivas. É claro que não faltou gente, a começar pelos membros do governo, insurgindo-se contra o facto dos pais, acompanhados dos seus filhos, terem ousado contestar. Pois dá imagens incómodas. Incómodas fotografias também. Principalmente para o governo. Principalmente para Sócrates, impante perante a desgraça, cego surdo e mudo perante o país.
Chega de aceitação de tudo o que o governo nos impõe. Chega de gente de braços caídos.
Novas formas de luta precisam-se. Os miúdos, em crescimento, precisam de modelos de gente ousada e reivindicativa, activa e inconformada. Fartos do resto estamos nós.
E não, não temos de aceitar toda a bestialidade resignando-nos à explicação de um "Foi Deus!"

4 comentários:

  1. Muito obrigada cara colega pelo apoio que nos expressa...infelizmente, nesta luta, há mentes brilhantes, que se julgam os senhores do mundo! Um Bem Haja!!!

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  2. Olá Zulmira!
    Detesto alterações das regras do jogo a meio do jogo. Bem sei que os nossos políticos estão peritos nisto, mas eu não me conformo. Nem quando afecta o público, nem quando afecta o privado.
    O Estado tem de ser uma Entidade de Bem. Que não é!
    Bjs solidários paras a vossa luta.

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  3. Sim, quando Sócrates usava as criancinhas para promover o Magalhães (e lho retirava logo depois da saída das câmeras) ou quando pagava 25€/criança recrutada em agências de castings para fazer "flores" nas televisões, aí a utilização de crianças já não era indigna. Quando as criancinhas surgem a comprar os livros da escritora Isabel Alçada ou em encontros com a mesma (o que, manifestamente, resulta em publicidade gratuita para a própria) também já não há problema! É a prepotência sem limites! Oxalá os pais do público também tivessem coragem de apanhar esta onda para, a pouco e pouco, corrermos com esta clique que está a enterrar o país e o futuro das nossas crianças.

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  4. Ah, Sim! Mas aí não tem problema nenhum porque são eles a instrumentalizar, não é assim, Jorge?
    Sabes o que te digo? Este país está nojento. Impróprio para consumo.

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