segunda-feira, 6 de junho de 2011

Os Resultados do Nosso Contentamento


Imagem Surripiada aos Lírios

Os Resultados do Nosso Contentamento

Pelo menos do meu... em grande parte... já que Sócrates foi arrumado para canto e esse era mesmo o meu grande objectivo para estas eleições. Decidi o sentido de voto à última hora, já de caneta em punho, na câmara de voto. Eu e muitos milhares de portugueses, que a coisa foi difícil até ao fim. Mas está arrumado, Sócrates está arrumado e o ar que se respira hoje, em Portugal, é bem mais fresco e leve do que aquele que se respirava por cá ontem. Não deixa pena, não deixa saudades. Para com ele não tenho nem a misericórdia que se deve ter relativamente aos vencidos. E tal como eu sempre disse, o tempo de Sócrates passou e nós continuamos por cá.
A seita em que se transformou o pê esse vai ter de se regenerar e isso não se apresenta coisa fácil. O pê esse precisa de se descolar da imagem de um líder arrogante, prepotente, indecente, malcriado, persecutório, autoritário, mentiroso, conflituoso, autista... que marcou negativamente a sociedade portuguesa e cujos efeitos, nefastos, perdurarão no tempo. Tal como ele ontem disse, ficará na história, é certo, mas naquela que nos envergonha a todos e que gostaríamos de apagar literalmente do mapa.
Mas vamos falar do futuro. O meu desejo, agora, é que a sociedade portuguesa melhore no seu conjunto, se esforce por fazer mais e melhor, se una no objectivo comum de arrumar o país, no desejo de colocar o país a crescer, objectivo imprescindível para colocar o país numa rota decente e honesta.
Por isso ao trabalho! Quem deve tem de pagar. E nós devemos. Deve o Estado, devem muitos de nós, particulares, endividados até às orelhas em ataques de loucura colectiva de quem não se importa de viver com os dois pés no ar. E com os dois pés no ar viveu também o Estado, representado por desgovernantes que ajudaram a cavar o fosso onde hoje nos encontramos.
Por isso ao trabalho! Não temos um minuto a perder. O país é/será o somatório das nossas acções individuais.

2 comentários:

  1. Anabela, concordo inteiramente contigo. Este post é um tiro certeiro, como habitualmente acontece com o que escreves. E vamos trabalhar, sim, como sempre trabalhaste a vários níveis para que Portugal possa ser mais. Sócrates caiu também por empenho teu e coerência enquanto professora mas sobretudo enquanto cidadã e pessoa. Parabéns e cá vamos, lançando uma nova fase, que continua a precisar de nós. Portugal respira uma nova esperança, uma nova vida, um novo fôlego! Era bem verdade quando dizíamos que este passo tinha que ser dado mas isso agora importa pouco porque a (re)construção de Portugal é um estímulo, um desafio e grande fonte de energia! Beijinhos

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  2. Muito obrigada pelas tuas palavras, Cristina. Não passo de um peão que pensa, apenas isso. E que procura ter coerência entre as palavras ditas e os actos praticados.
    A luta foi diária, esgotante. Agora precisamos de nos concentrar a mudar o país para melhor.
    E dizes bem, este desafio é uma fonte de energia inesgotável.
    Beijinhos

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