sexta-feira, 8 de julho de 2011

A Palavra à Lelé Batita


Dromedário - Sahara Ocidental
Fotografia de Eugénio Queiróz

A Palavra à Lelé Batita

Aconselho vivamente a leitura deste post, um testemunho na primeira pessoa sobre a palhaçada da Avaliação de Desempenho Doente.
Muito embora seja avaliada, como de resto todos os professores deste país, apenas com a diferença que com duas aulas assistidas, venham elas! que é para o lado em que eu durmo melhor!, a verdade é que me procuro comportar com honestidade, procuro desempenhar as minhas funções o melhor que posso e sei e fico genuinamente estarrecida com o que vou lendo e ouvindo, aqui e ali, sobre esta aberrante matéria.
Uma avaliação de desempenho que permite as palhaçadas de todos os palhaços que estão no ensino é, em si mesma, comprovadamente, um falhanço. E falhanço por falhanço, mais vale estar quieto e voltarmos à estaca zero e pouparmos os parcos recursos, quase inexistentes, deste país.
As anedotas de notas combinadas, há tantos muito bons e um é para ti, um para não sei quem... ai meus deuses que esta avaliação é uma fraude sem tamanho que me deixa envergonhada até à medula.
Quantos pediram aulas assistidas? Quantos muito bons há? Quantos excelentes? Ora vamos lá distribuir tudo muito distribuidinho, agora nós, para o próximo ciclo vós... quem está a precisar da menção como de pão para a boca?
E também há outras anedotas, desta vez de sentido inverso, ora bem, ora bem, excelentes não há nenhum e vai daí restam-nos os muito bons... mas o que raio é isto?
Ai que me apetece dizer uma coisa mesmo muito feia... e gasta o país recursos preciosos a montar um circo travestido de ADD! Que terceiro mundismo aqui vai, meus deuses!
Onde estão  os camelídeos? Onde estão os camelídeos responsáveis pela efectivação deste circo?

4 comentários:

  1. Anabela, é verdade.
    Ainda não estou em mim de tanta estupidez junta!
    Vergonhoso processo e tristes governantes que assinam por baixo.

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  2. Que sem vergonhice, Lelé! Nada que não adivinhassemos, atendendo ao circo anterior. O que me espanta é que persistam nesta aberração e se dêem ao luxo de estourar recursos, que não temos, só para efectivar uma coisa para inglês ver e que só serve para criar inimizades e injustiças.
    Raios partam a todos!

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  3. Com outras agravantes. Não sou professor mas não posso deixar de me irritar com tanta idiotice. Mas vou só falar de uma. Hoje estive a ajudar uma professora a inserir dados de avaliação de uma colega contratada. Nas escola os computadores não funcionam, o servidor está sistematicamente em baixo. Portanto, tentámos inserir os dados em casa. Após duas tentativas, concluimos que os dados que por duas vezes inseríamos desapareciam. Apesar de submetermos a avaliação e aparentemente tudo resultar, quando pretendíamos confirmar, nada.
    Para além do tempo extra, do trabalho extra, do material extra, da chatice extra, que mais irá acontecer?

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  4. Idiotice é um excelente adjectivo para a coisa, João. Na minha escola também andam à porra e à massa com os raios das plataformas, dos servidores, dos computadores e das viroses que só nos complicam a vida.
    Quanto tempo perdido e nós com um país para reerguer!!!!

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