segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Negociações

Negociações

Iniciam-se hoje, entre o MEC e os sindicatos. O tema que as origina, Avaliação do Desempenho Docente, continua a fazer os seus estragos nas escolas portuguesas pois o modelito não podia ter sido mais mal parido, ou não tivesse sido parido ao tempo da governação daqueles senhores e senhoras que eu agora não nomeio e que pouco mais fizeram do que asneiras atrás de asneiras que pagamos, agora, com medidas duríssimas nunca vistas. A asneira paga-se caro. A persistência nela ainda pior. E este é o caso da ADD, remendada sucessivamente, já teve remendos de estopa e de veludo e o estupor nem remendada funcionou. O modelo, péssimo, continua de pé e a fazer os seus estragos, vira o disco e toca o mesmo, volta que volta e toca a virar e não é que se aguentou estes anos todos de pedra e cal?
Parece um fado. Triste. Há pouco passou a fase mais rocambolesca de todas as fases de sobrevivência do dito. Os partidos agora no governo votaram pela sua extinção na Assembleia da República - Terá sido há 3 meses? - e não é que agora mantêm o dito cujo, pujante de vida, apenas com uns remendos simplificadores aqui, outros duvidosos acoli e, novidade das novidades!, entramos agora numa nova fase - a fase a que eu chamo de buraco negro?!
Pois não é que pretendem engolir 40 mil de nós isentando-os de toda e qualquer avaliação?
Tal ideia não é de todo compatível com um homem que se fartou de fazer a apologia do rigor, da avaliação e patati e mais patatá, que isto já começa a ser extraordinariamente cansativo vê-los cá fora a defender preto e chegados lá, ao poder, não é que se lhes dá umas reviravoltas repentinas e lá começam eles a defender branco?
Espero, sinceramente, que o meu sindicato não assine modelos de ADD com buracos negros incluídos. Para asneirada grossa, já bastou a das pizzas.

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