O Meu Espanto
O meu espanto face ao "novo" modelo de avaliação de desempenho docente advém das expectativas, minhas, face a um homem das matemáticas que eu me habituei a ouvir, num discurso sistematicamente apologista do rigor, do rigor nos números, do rigor das palavras, um discurso antítese do vulgar discurso político, levado às últimas consequências por Sócrates que sempre que abria a boca devia ler-se nos seus lábios o contrário do que estava a dizer.
Quando Nuno Crato informou o país e os professores sobre o "novo" modelo de avaliação frisou que o modelo iria romper com o modelo anterior e que iria ser de facto novo.
E eu acreditei nele. Romper é romper e novo é novo e no meu dicionário jamais será coisa requentada servida com umas pitadas cosméticas para disfarçar o horrível sabor amargo de uma avaliação de desempenho mal parida desde o início e que só serve/servirá para gastar recursos ao país, entreter uns quantos e desviá-los da sua função primordial e que é leccionar.
Posto isto, que decepção a minha, Francisco, perante um homem que tinha obrigação de fazer diferente, que tinha a obrigação de fazer melhor.
Anabela,
ResponderEliminarconsigo perceber o teu ponto de vista e o teu espanto.
Infelizmente há gente populista e de discurso redondinho que consegue enganar pessoas que, como tu, acreditam nas boas intenções sem curar de ver o que está por trás das belas palavras.
Felizmente há gente, como tu, que não se move nessas teias traiçoeiras. O ponto é evitar que continuem a ser enganadas.
Um resto de boas férias.
Tu andas tão crente, Anabela! E já que era para te converteres, mais valia que fosse por causa da nossa senhora de Fátima que por causa dum Crato qualquer com cara de pau!
ResponderEliminarAnabela,
ResponderEliminarNão leves a mal mas eu fico espantado com o teu espanto.
Eu até percebo a tua justificação perante o facto de eu e muitos terem avisado que tudo ficaria mais ou menos na mesma. Foi a esperança de que seria melhor agora.
No entanto, perante o historial dos sucessivos governos, sejam eles quem forem, já se sabia que o caminho era só um. A antiga ministra e o antigo primeiro-ministro levaram (e levam) com as culpas por terem sido eles os primeiros a fazer algo que qualquer um dos outros faria no lugar deles.
Eles governam para o/os mesmo/os e esses não somos nós. Qualquer promessa que nos façam, especialmente em momento de poderem subir ao poder, deve ser encarada com dúvida e não esperança. Essa eles já a mataram.
Bj!
Cara Anabela!
ResponderEliminarPois eu não acreditei em Nuno Crato. E porquê? Porque a máquina do MEC é muito complexa e há coisas que nem ele consegue dar a volta...
Como se costuma dizer. "de boas intenções está o inferno cheio".
Continuação de boas férias!
Bjs,
Safira
Que decepção, Francisco!
ResponderEliminarExcelentes férias também para ti!
Tenho dias, Gabriel. Agarrei-me com unhas e dentes à possibilidade deste país poder endireitar... não sei se o aguento...
ResponderEliminarAcredito, Elenáro. Mas eu não gosto de falar no abstracto e só agora me posso pronunciar sobre uma coisa que não pronuncia nada de bom para as escolas porque é mais do mesmo.
ResponderEliminarA choldra continua. Estou cheia!
beijinhos!
Teria de romper com o instituído, Safira. Não foi ele que disse que o ME devia ser implodido? Eu nem esperava tanto. Esperava apenas que com um matemático 2+2 desse resultado 4! Porca miséria!
ResponderEliminarBeijocas e excelentes férias!
Pois eu não entendo que a Anabela estivesse mal em acreditar. Só revela bondade e esperança.
ResponderEliminarObrigada pelo apoio, Rui. Eu também acho que não estive mal. Tenho por princípio dar o benefício da dúvida a quem chega... pois se até o dei à Milú! Depois aguento o amargo de boca... é apenas um bocadinho mais de sofrimento, apenas isso!
ResponderEliminar:)