segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Abraço na Vida, Paulo Ambrósio!

Abraço na Vida, Paulo Ambrósio!
Hoje dou-lhe a palavra de forma bem diferente e sentida.
Sossega-me sabê-lo um lutador. Desejo-te melhoras consolidadas.
Xi-coração apertadinho, Paulo Ambrósio!

1 comentários:


Paulo Ambrósio disse...
 
Informação aos colegas e justificação de “ausência” Agradecimento Público (H.F.F. e I.P.O.) No dia 16 de Janeiro do corrente ano, fui confrontado, em curtas horas, com um quadro clínico triplamente complexo (pneumonia, anemia aguda e leucemia aguda galopante) – em que 95 em cada 100 dos pacientes, estatisticamente, não sobrevivem às 48 horas seguintes à sua eclosão. Deste facto fui informado logo no primeiro local onde procurei ajuda primária, o Hospital Fernando Fonseca e a ele reagi calma mas simultaneamente com a força tranquila de o tentar inverter… Fui assistido, e objecto de pelo menos 17 actos clínicos de relevo – entre os quais 6 transfusões de sangue, 7 de plaquetas e colheita de medula – e diagnosticado de forma tão exemplar e como célere. Ainda neste final de dia 16 fui transferido velozmente de ambulância para o IPO e, neste segundo local, sem nunca ter perdido a consciência do que estava a passar, fui literalmente “levantado do chão” na Unidade de Cuidados Intensivos e tratado com desvelo até à data, por uma comunidade impressionante, do ponto de vista técnico e humano (motoristas, maqueiros, auxiliares, enfermeiros, técnicos laboratoriais, clínicos e directores de serviço), da qual já tinha “ouvido falar bem”, mas só agora comprovaria na “primeira pessoa”. Nesta luta “privada” já venci as duas primeiras e decisivas etapas (a inversão da fatalidade estatística e a reversão dos valores biológicos letais. Outras se seguirão. Ainda com visitas condicionadas, só familiares e mesmo estas doseadas, tenho Alta hospitalar prevista para meados de Fevereiro. “Prevista”, porque cada dia é uma batalha. Desde a adolescência que sempre vivi a vida da única forma que sei: apaixonadamente, em função do meu semelhante e de uma sociedade mais justa e fraterna, e por vezes sem limites. Hoje, igual a mim próprio, sinto-me a viver a nova vida – que de facto estou – com toda a paleta selvagem de cores, perfumes, sons.. e afectos. PS: por fim, um sentido agradecimento, sem funções, graus académicos ou apelidos às três Mulheres que contribuiram para que continuasse aqui convosco: Ana, Filipa e Marília. E um beijinho à Joana e boa sorte para o nosso “estudo de caso”!
IPO, 31/01/2012
Abraço na vida e na luta, Paulo Ambrósio

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