Altar- Mor - Igreja de S. Domingos - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Post publicado ao cuidado de suas excelências os Ministros Nuno Crato e Vítor Gaspar
Confesso que durante os primeiros anos de carreira docente acumulei umas quantas faltas, nada de especial, garanto-vos!, à conta de umas quantas mazelas de que sofro desde sempre - sempre fui achacada a gripes, constipações, faringites e não me posso esquecer das minhas mui queridas rinite alérgica, sinusite e enxaqueca. São doenças brejeiras, reconheço, nada de muito grave, graças aos deuses, mas que por vezes me atiram para vale de lençóis com febres altas ou horrendíssimas dores de cabeça, para mim completamente incapacitantes. Se eu demorasse, a fazer um post num dia normal, o tempo que já demorei com este até aqui... estava feita, sim senhor!
Com o passar dos anos, muitos desde que comecei a trabalhar, estas minhas doenças brejeiras começaram a ser amestradas por mim, confesso que de forma completamente involuntária, num processo que começou assim como quem não quer a coisa até que elas passaram a manifestar-se no máximo do seu esplendor ao cair da semana, lá para quinta/sexta-feira o que me permite mergulhar na cama, dormir horas de fio a pavio, estou agora num pequeno intervalo soluçado, e ficar enfim, mais ou menos em estado minimamente aceitável, às vezes ainda ranhosa como o raio que me parta, às vezes afónica o que é sempre bom para leccionar uma aula de História, ao primeiro tempo da manhã de segunga-feira.
Garanto-vos que nos últimos anos tenho conseguido amestrá-las, às doenças brejeiras, por completo e é assim que hoje me encontro completamente ko e por isso terei de meter atestado médico mas é para a falta que terei hoje na minha tertúlia de fim-de-semana e nada de bebericar um aromático café curto muito bem acompanhada dando ao lamiré.
Ora como a ADD, para quem não sabe Avaliação de Desempenho completamente Doente, está em vias de nova paridela nojenta, forjada em ventre imundo, eu dou daqui o meu contributo para a avaliação, aquele tal assunto de crucial importância, e eu sei do que falo que já passei por um processo detrás das orelhas, aquele tal assunto de vida ou morte que avalia com uma justiça que é de deixar qualquer um de cara à banda ou a querer zarpar daqui para fora a toda a mexa, tal a indignidade do processo, tal a disfuncionalidade desta gente.
Ora eu quero e faço questão de dar o meu contributo para tão elevado assunto. Para o melhorar ainda mais, entenda-se, que ele já raia a perfeição e com o meu contributo, quiçá, ele chegará lá e já que eu consegui amestrar as minhas pobres doenças, confesso que de forma completamente involuntária, mas isso também não interessa, proponho o parâmetro Doenças Amestradas para a coroa de glória da ADD. Quem o cumprir terá logo um Muita Bom Excelente xpto, isto para o nosso MEC, e será logo promovido a, sei lá, motorista de qualquer coisa, com ordenados chorudos e prémios suculentos de acordo com a finura deste perfil de funcionário público que os nossos governantes acarinham e distinguem, isto para o nosso especial Gaspar. Parece-vos bem?
Capice?
venho aqui regularmente porque me costumo rir com as ironias da sua escrita, Parabens....por mim a sua avaliação é Excelente e olhe que nunca me costumo enganar..............
ResponderEliminarMuito obrigada, Nelya, mas não sou mesmo. No fim é que nos resta, o sentido de humor. Que não nos falhe entre tanta desgraceira.
ResponderEliminarAh! E a chatice é que estou mesmo ko...
Beijinho!
Boas melhoras!
ResponderEliminarAdivinho que amanhã estarás fina, das tuas maleitas amestradas.
Beijinhos com chá de limão e mel
Obrigada, assim o espero, Elsa Duarte! Hoje foi um dia negro de dores de cabeça, tosse e espirros q.b., lágrimas a correm-me cara abaixo e ranhos até dizer chega. Só espero amanhã já não estar nesta figureta...
ResponderEliminarBeijinhos, Linda!