A mudança para melhor é sempre bom. E como sabe há tanta coisa na educação e nas escolas que é necessário mudar! A começar por alguns exemplos ao nosso lado. O actual estado de coisas não pode permanecer. Anabelas Matias, não há muitas.
Mas ficaremos melhor, Maria de Lourdes? É que temos tipo tantas mudanças nos últimos anos e para pior... confesso que esta perspectiva assusta-me. Enfim, veremos. A mudança prevista para a História, com mais 45 minutos de aula semanal é boa, aliás precisamos dela como de pão para a boca. Mas irão mudar os programas? Teremos que refazer aulas de fio a pavio? Estou a melhorar as minas e agora um pouco sem vontade porque não sei o que acontecerá aos programas nos próximos anos e se este trabalho não será, em parte, para deitar ao lixo. Mas concordo consigo, o actual estado de coisas não pode continuar. Só que, temo que permaneça. Há coisas que nunca mudam, há pessoas que nunca mudam, há formas de ser e de estar que jamais mudarão. Hoje estou assim para o desesperançada... Ah! E há outras(os) como eu espalhadas(os) pelas escolas públicas, que ainda não baixaram os braços e continuam a ir à luta, todos os dias dando o litro numa profissão que já foi tão desvalorizada pelos nossos dirigentes políticos, muitos não fazem é o estardalhaço que eu faço, porque sempre que partilho as minhas estratégias, sujeita a levar no pêlo e a ter dissabores, já os tive tantos!, não me calo e dou a conhecer, espalho. E não me calo não. Se todos partilhassemos uns com os outros não ganharíamos todos? Teremos de ser ilhas distantes e isoladas umas das outras? Não concordo. Beijinhos! E obrigada pelo apoio.
Eu sou optimista apesar de tudo. E continuo, ao fim de 34 anos de serviço, a fazer o melhor que sei e posso, a dedicar-me imenso aos alunos, a sentir uma alegria imensa por vê-los crescer, aprender , adquirir tb muitos valores q lhes transmito... Uma pessoa e professora como a Anabela não tem feitio para desmorecer. Faz coisas lindas com os seus alunos . E tem força que baste e sobra, para fazer face às mudanças. Beijinho
Estou como tu, Anabela. De cada vez que oiço falar de mudanças tenho, cá para mim, que aí vem mais uma machadada na credibilização da escola.
Fazendo contas, acho que de há vinte anos para cá a minha disciplina, o pobre do Português, tem sofrido constantes alterações: de designação, de programas, de carga horária, de terminologia, de princípios metodológicos.... Tudo sem nunca se avaliar o resultado das reformas implementadas. Resultado: -insegurança extrema da parte dos docentes, porque o que ontem era, hoje já não é, e amanhã logo se verá; trabalhos redobrados e inglórios de reformulação da reformulação, da reformulação dos materiais que logo se tornam inúteis; -esforço constante de atualização científica sem espírito crítico, concentrado na dispersão pelas mil e uma partículas alteradas, sem tempo para as "digerir", para as clarificar e aprofundar, sem visão de conjunto: - confusão imensa na cabeça dos alunos, para quem "porém, todavia, contudo" eram conjunções coordenativas adversativas, no 3º ciclo, e passam a ser advérbios conetivos, no secundário,- Então stora e como é com as orações? - ao que o professor, engolindo em seco, responde com o cliché da outra: Ah isso agora não interessa nada! - porque, sobre o assunto, o Dicionário Terminológico, a bíblia da nova gramática, e as gramáticas feitas à sua imagem e semelhança, nada dizem.
Se fosse a escrever sobre todas as ridicularias a que nos têm obrigado as mudanças, não nos chegava o teu blogue todo, pois não, Anabela? Este testamento foi só para ajudar a sustentar o teu ponto de vista. E para que não fiques sozinha a bradar aos ventos.
Este ano já mudámos de cabeçalhos e rodapés dos CEFs 3 VEZES! O espaço disponível para o que interessa é cada vez mais curto. E o nosso tempo para o que verdadeiramente interessa também.
E assim vamos poupando em Portugal! E assim vamos trabalhando no fio da navalha!
Como estou com pressa para ir para a escolinha, fazer fotocópias de papeladas, mal tive tempo para rever comentário, escrito de rajada. Peço antecipadamente desculpa por algum erro involuntário.
Eu sempre me considerei optimista, sempre até... até que agora tenho dias. Dias de optimismo, dias de descrença sem fim. De resto, focalizar-me no trabalho com e para os alunos é a minha estratégia de sobrevivência de há uns anos a esta parte. Tento manter-me concentrada e direccionada para o que me dá gozo... para não perder o pé. Mas sim, aguento as mudanças mas também sim, já observo muito consaço... temo que com consequências, Maria de Lourdes! Veremos.
Anabela,
ResponderEliminarA mudança para melhor é sempre bom. E como sabe há tanta coisa na educação e nas escolas que é necessário mudar! A começar por alguns exemplos ao nosso lado. O actual estado de coisas não pode permanecer. Anabelas Matias, não há muitas.
Que as mudanças venham por bem, para melhor.
beijinho
Mas ficaremos melhor, Maria de Lourdes? É que temos tipo tantas mudanças nos últimos anos e para pior... confesso que esta perspectiva assusta-me.
ResponderEliminarEnfim, veremos. A mudança prevista para a História, com mais 45 minutos de aula semanal é boa, aliás precisamos dela como de pão para a boca. Mas irão mudar os programas? Teremos que refazer aulas de fio a pavio? Estou a melhorar as minas e agora um pouco sem vontade porque não sei o que acontecerá aos programas nos próximos anos e se este trabalho não será, em parte, para deitar ao lixo.
Mas concordo consigo, o actual estado de coisas não pode continuar. Só que, temo que permaneça. Há coisas que nunca mudam, há pessoas que nunca mudam, há formas de ser e de estar que jamais mudarão. Hoje estou assim para o desesperançada...
Ah! E há outras(os) como eu espalhadas(os) pelas escolas públicas, que ainda não baixaram os braços e continuam a ir à luta, todos os dias dando o litro numa profissão que já foi tão desvalorizada pelos nossos dirigentes políticos, muitos não fazem é o estardalhaço que eu faço, porque sempre que partilho as minhas estratégias, sujeita a levar no pêlo e a ter dissabores, já os tive tantos!, não me calo e dou a conhecer, espalho. E não me calo não. Se todos partilhassemos uns com os outros não ganharíamos todos? Teremos de ser ilhas distantes e isoladas umas das outras?
Não concordo.
Beijinhos! E obrigada pelo apoio.
Eu sou optimista apesar de tudo. E continuo, ao fim de 34 anos de serviço, a fazer o melhor que sei e posso, a dedicar-me imenso aos alunos, a sentir uma alegria imensa por vê-los crescer, aprender , adquirir tb muitos valores q lhes transmito...
ResponderEliminarUma pessoa e professora como a Anabela não tem feitio para desmorecer. Faz coisas lindas com os seus alunos . E tem força que baste e sobra, para fazer face às mudanças.
Beijinho
Toca a arribar Anabela Magalhães!Precisamos deste blogue!
ResponderEliminarEstou como tu, Anabela. De cada vez que oiço falar de mudanças tenho, cá para mim, que aí vem mais uma machadada na credibilização da escola.
ResponderEliminarFazendo contas, acho que de há vinte anos para cá a minha disciplina, o pobre do Português, tem sofrido constantes alterações: de designação, de programas, de carga horária, de terminologia, de princípios metodológicos.... Tudo sem nunca se avaliar o resultado das reformas implementadas.
Resultado:
-insegurança extrema da parte dos docentes, porque o que ontem era, hoje já não é, e amanhã logo se verá; trabalhos redobrados e inglórios de reformulação da reformulação, da reformulação dos materiais que logo se tornam inúteis;
-esforço constante de atualização científica sem espírito crítico, concentrado na dispersão pelas mil e uma partículas alteradas, sem tempo para as "digerir", para as clarificar e aprofundar, sem visão de conjunto:
- confusão imensa na cabeça dos alunos, para quem "porém, todavia, contudo" eram conjunções coordenativas adversativas, no 3º ciclo, e passam a ser advérbios conetivos, no secundário,- Então stora e como é com as orações? - ao que o professor, engolindo em seco, responde com o cliché da outra: Ah isso agora não interessa nada! - porque, sobre o assunto, o Dicionário Terminológico, a bíblia da nova gramática, e as gramáticas feitas à sua imagem e semelhança, nada dizem.
Se fosse a escrever sobre todas as ridicularias a que nos têm obrigado as mudanças, não nos chegava o teu blogue todo, pois não, Anabela?
Este testamento foi só para ajudar a sustentar o teu ponto de vista. E para que não fiques sozinha a bradar aos ventos.
Este ano já mudámos de cabeçalhos e rodapés dos CEFs 3 VEZES! O espaço disponível para o que interessa é cada vez mais curto. E o nosso tempo para o que verdadeiramente interessa também.
E assim vamos poupando em Portugal! E assim vamos trabalhando no fio da navalha!
Como estou com pressa para ir para a escolinha, fazer fotocópias de papeladas, mal tive tempo para rever comentário, escrito de rajada. Peço antecipadamente desculpa por algum erro involuntário.
bjs, guapita
Só um acrescento: quantos quilos de papel timbrado, de envelopes,...terão sido deitados no lixo, ao longo destes anos de mudanças ministeriais?
ResponderEliminarOnde se lê minas... eheheh... deve ler-se minhas no comentário anterior.
ResponderEliminarEu sempre me considerei optimista, sempre até... até que agora tenho dias. Dias de optimismo, dias de descrença sem fim.
ResponderEliminarDe resto, focalizar-me no trabalho com e para os alunos é a minha estratégia de sobrevivência de há uns anos a esta parte. Tento manter-me concentrada e direccionada para o que me dá gozo... para não perder o pé.
Mas sim, aguento as mudanças mas também sim, já observo muito consaço... temo que com consequências, Maria de Lourdes!
Veremos.
Estou arribada, Bibónorte! Eheheh
ResponderEliminarObrigada pelo cuidado.
Beijos.
Elsa Duarte, vou passar o teu comentário para o corpo do blogue. :)
ResponderEliminar