Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
Se toda a gente trabalhasse o que eu trabalho... é certo que essa gente não teria tempo para falar da vida profissional alheia. No caso, da minha.
A propósito da minha aula 25, acabada de publicar no blogue História 7º Ano, o meu mais novo, como carinhosamente o trato, sim, aquele que foi eleito o melhor blogue de História em língua portuguesa de Portugal no primeiro concurso de blogues promovido pelo Aventar, ó que chatice!, resolvi fazer um exercício peculiar, em contexto de sala de aula, que deixou os meus alunos entre o divertido e o curioso... mas o que é que deu a esta professora para se pôr a contar em voz alta os exercícios orais e escritos realizados durante a aula 25?!
Pois foi assim - explorámos a matéria, eu e eles, eles e eu, dezanove diapositivos, fora o do título, o do sumário, o da bibliografia e fora o da autoria, ora com documentos iconográficos, e sim, não é econográficos, ora com documentos escritos, barra cronológica idem aspas aspas, explorámos tudinho que um PowerPoint não é para ler e as minhas aulas seriam uma grandessíssima chatice se eu fosse para lá limitar-me a ler!, uma idiotice que muitos cometem destruindo por completo as potencialidades enormescas desta ferramenta que eu amo... ou eu não seja, toujour!, a Miss dela, ou dele!, que para o caso tanto faz.
Claro, convém saber-se previamente o que se vai fazer com ele ou com ela, PowerPoint ou ferramenta, convém saber-se previamente o que está nele ou nela... o que no caso nem é difícil... pois não é que fui eu que os construí todos de fio a pavio?! E pois não é que ando a aprimorar o trabalho desde o ano de 2005?!
Posto isto, e como estava a dizer, explorámos a matéria da aula e, ao mesmo tempo, incrível, não é?! ainda fizemos cinco exercícios escritos que os alunos registaram nos seus portefólios, na secção Trabalhos de Aula e realizámos ainda a módica quantia de treze exercícios orais, que, sendo o número do azar, nos deu sorte, porque, como sempre, acabámos a aula no fim, ou seja, aquando do toque para fora, ou eu não as tivesse planeadas e organizadas, às aulas, até ao tutano, em planificações ora escritas... ora mentais...
Faz parte da minha estratégia pedagógica que os meus alunos realizem todos os exercícios em contexto de sala de aula. Não os quero em casa a "chatear" os pais com perguntas sobre como se faz isto ou aquilo, como se responde a isto ou aquilo depois de um dia duro de trabalho para os progenitores. Também não quero ver prejudicados os que não podem, de todo, ter este tipo de ajuda. Os trabalhos de casa são simples e eles fazem-nos autonomamente - Lêem a matéria que será dada na próxima aula, no livro, que é para não estarem a leste e aula poder ser um toma lá dá cá, sublinham as palavras difíceis e vão ao dicionário procurar o seu significado e anotam-no no portefólio... o mesmo para os conceitos novos que vão aparecendo aula a aula e eles têm de dominar ou não perceberão nunca as matérias... sim, eu sei, isto já não se usa e pode até ser antipedagógico este exercício vindo da escola de antes do 25 de Abril! E o outro é ainda mais grave, também vindo da escola do tempo da outra senhora, que eu frequentei, e não esqueci no que ela tinha de bom e de mau, os alunos passam o conteúdo da aula, passam o PowerPoint, o mesmo é dizer que copiam, mas atenção, só os diapositivos assinalados, os documentos não valem nem mesmo os escritos! e os diapositivos de conteúdo lateral também não! e, pecado!, os alunos ficarão assim com os registos, as cópias, nos seus portefólios, o que lhes dará muito jeito, assim o espero, aquando dos testes intermédios ou de um possível exame final lá para o 9º ano de escolaridade. Ah! E, assim, tenho a certeza absoluta de que eles lêem as matérias aula a aula, tratando de as cimentar, não com cimento, claro está!, nos seus neurónios já tão exercitados com ela em contexto de sala de aula. A cada aula de 90 minutos, a única triste que tenho com cada turma, é realizado um teste com perguntas e respostas, a esmagadora maioria orais porque pura e simplesmente não tenho tempo para mais, e não é que ainda fazemos a correção de tudo e não deixámos nada sem resposta?! Não é incrível?!
Ah! E supremo pecado, este mesmo mesmo mesmo antipedagógico - corrijo os portefólios dos meus alunos, de fio a pavio, três vezes ao ano, sim é uma doideira!, assinalo e corrijo erros e faltas de acentos que eles posteriormente, por sua vez, corrigem - 10 vezes os erros ortográficos e 5 vezes as faltas de acentos... não é mesmo pecado?
Por isso, digamos que a minha actividade é um mix entre antiguidade, que eu tenho 50 anos, e modernidade... porque eu faço questão em não ficar na Idade da Pedra.
E sim, tenho ainda tempo para blogar, powerpointar, leccionar, projectar, explanar, criar, inventar, recriar, conversar, facebookar, passear, jardinar, pastar... eheheh... que eu também mereço momentos de paragem e de far... niente!
E sim, este é um post muiiiito irónico.
Adenda - Aula 26 - Vinte exercícios orais e um escrito... lá está... o tempo de aula não me estica e os exercícios escritos, por norma exercícios realizados em trabalho de pares, demoram sempre mais a realizar e a corrigir.
Excelente!Como te compreendo, Anabela...
ResponderEliminarUm grande abraço e continuação de uma boa semana.:)Beijinhos.Olga
Muito bem, Amiga!
ResponderEliminarMuito obrigada, Olga, pelo teu apoio! Tolerância zero para a maledicência! O meu trabalho fala por mim. Jamais me envergonharei dele. Jamais me abastadarão.
ResponderEliminarBeijocas e excelente semana!
Vejo que gostaste, Helder, tu que já conheces filmes semelhantes a este passados na ESA em tempos que já lá vão...
ResponderEliminarBeijocas! Obrigada pelo teu apoio.