segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ser Anónimo

Imagem surripiada ao Luís Costa que por sua vez... eheheh...

Ser Anónimo

(Às melgas, com carinho e... desprezo natural!)

Ser anónimo é ser mais baixo, menor
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e andar com inveja
Dos Reis e do Reino de Além Dor!

É ter de mil percevejos ardor
E não saber sequer o que ardeja!
É ter lá dentro um lastro que dardeja,
É ter garras e asas de estupor!

É ter fome, é ter sede de manguito!
Por elmo, as manhãs de couro e serrim...
É o pensar imundo num só grito!

E é odiar, assim, perdidamente...
É ser alma exangue e vida ruim
E dizê-lo, insultando toda a gente!

Luís Costa

Agradeço-te o poema, Luís Costa, genial e inteiramente apropriado ao momento...

2 comentários:

  1. Fica aqui muito bem este poema feito a partir de um soneto de Florbela Espanca, aquele texto que os Trovante celebrizaram com a canção "Ser Poeta".

    A opinião é livre, mas deve ter uma assinatura.

    Abraço solidário, Anabela!

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  2. A opinião é livre. E deve ter uma assinatura. O que eu não admito é este entrar de intruso, pela calada da noite, a coberto da escuridão com o intuito de me insultar de forma gratuita.
    Que vergonha!
    Recebido o teu abraço. Aninhei-me nele.

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