(Às melgas, com carinho e... desprezo natural!)
Ser anónimo é ser mais baixo, menor
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e andar com inveja
Dos Reis e do Reino de Além Dor!
É ter de mil percevejos ardor
E não saber sequer o que ardeja!
É ter lá dentro um lastro que dardeja,
É ter garras e asas de estupor!
É ter fome, é ter sede de manguito!
Por elmo, as manhãs de couro e serrim...
É o pensar imundo num só grito!
E é odiar, assim, perdidamente...
É ser alma exangue e vida ruim
E dizê-lo, insultando toda a gente!
Luís Costa
Agradeço-te o poema, Luís Costa, genial e inteiramente apropriado ao momento...
Fica aqui muito bem este poema feito a partir de um soneto de Florbela Espanca, aquele texto que os Trovante celebrizaram com a canção "Ser Poeta".
ResponderEliminarA opinião é livre, mas deve ter uma assinatura.
Abraço solidário, Anabela!
A opinião é livre. E deve ter uma assinatura. O que eu não admito é este entrar de intruso, pela calada da noite, a coberto da escuridão com o intuito de me insultar de forma gratuita.
ResponderEliminarQue vergonha!
Recebido o teu abraço. Aninhei-me nele.