segunda-feira, 16 de julho de 2012

Como Sair Disto?

Como Sair Disto?

És a nossa cruz

Como escrever sobre isto. Como escrever para além disto. Como escrever brechtianamente sobre isto. O que é isto. Quem é isto. De onde é que isto apareceu. E não podemos mandá-lo embora?
O grau zero. O grau abaixo de zero. Ainda assim. O Verão. As sardinhas. Os robalos. My name is Vara, Armando Vara. Uma mulher foi presa em Aveiro por ter roubado um atum. Oh abençoada luz. Luz. O Mexia. Ai, ai que o gato mia. Os casinhotos de Sócrates e as vivendas da Coelha. O asfalto do Coelho. Como é que nos livramos disto. O país da Europa com mais autoestradas per capita. O segundo do mundo com mais gente deprimida. Os cursos farinha amparo. Os doentes. Os deficientes. O ministro da motoreta. A ministra das gravatas. O Relvas das bravatas. O assassínio do Tua. Os abismos de Passos. As olheiras de Gaspar. Os silêncios de Gaspar. “Os calados são os piores”.
Um autocarro desviado do Marquês para o quartel da Trafaria: “Nem mais um soldado para as colónias!”, e gente a rir. Táxis. Piadas pueris. “Está livre? Então, viva a liberdade!” Mais piadas: “O senhor doutor dá licença? Ora essa, está licenciado!”. “Está a jantar sozinho? Não, estou num jantar de curso”.
O discurso. As decisões: não deviam ter gamado os subsídios mas o que está feito, está feito. Pim! O regresso a Américo de Deus Thomaz. Deus, porque nos abandonaste? O saldo dos aventais. Irra, que é demais!
Os delfins urbanos. As praxes. A ignorância. O medo: “uma cabeça cortada não dói, mas tem uma importância danada”. Quem se mete com o PS leva. 16,2% de desempregados previstos para 2013. ‘Ó patrão dá-me um cigarro’. As urgências de António Borges. Os sobreiros suicidas e, pelo meio deles, galante, António José, formoso e não seguro… (continua).
 
Post integralmente surripiado à Ana Cristina Leonardo, tratadora do Meditação na Pastelaria.

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