A propósito de frontalidade e de coerência, amiga, aqui te deixo o impulso de hoje. ------ Recebi, via escola, o seguinte "convite" da ANQ
Exmo(a) Senhor(a)
É com muita satisfação que informamos que a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) entrou recentemente nas redes sociais, dando início a uma nova forma de comunicação que procura ser mais imediata, acessível para um maior número de destinatários e sem hierarquias ou barreiras.
Através destes instrumentos procuramos ainda desenvolver um modo de comunicação mais aliciante, sobretudo junto do público mais jovem, que até agora tem ficado mais afastado das nossas estratégias comunicacionais, e dos representantes das entidades empregadoras com as quais necessitamos de criar mecanismos de maior aproximação, de modo a potenciar a articulação entre as escolas e as empresas, no âmbito das políticas de promoção do ensino profissional.
Pretendemos igualmente criar novos canais de interação com todos os que até agora ainda não aderiram a um percurso de qualificação que lhes permita obter novas competências e conhecimentos, em linha com as atuais diretrizes em matéria de aprendizagem ao longo da vida, e gerar espaços de partilha de saberes e de conhecimentos adquiridos por via formal, informal ou não formal.
Para o efeito, gostaríamos de contar com a vossa presença nas nossas páginas e eventual divulgação pelos vossos contactos. Facebook: http://www.facebook.com/ANQEP Linkedin: http://www.linkedin.com/company/anqep Twitter: http://twitter.com/ANQEP Muito obrigado Com os melhores cumprimentos, O Presidente -*-
Não me contive e respondi-lhes:
Caros senhores, Sou professora. Tenho muito mais que fazer na minha vida profissional e privada do que "relacionar-me" com gente mais ou menos desconhecida nas redes sociais. Muito menos tenho tempo e pachorra para me "relacionar", por essas vias, com organismos do estado.
Para além desta opção que é minha por direito, na qualidade de contribuinte do estado venho manifestar a minha INDIGNAÇÃO pelo facto de os meus impostos serem desperdiçados com o pagamento dos funcionários que mantêm essas redes.
Sobretudo quando vivemos um período de contenção orçamental, em nome da qual temos alunos amontados em turmas descomunais, faltam professores e assistentes operacionais nas escolas, faltam enfermeiros nos hospitais, faltam médicos nos centros de saúde, faltam funcionários na segurança social, ... e podia continuar a enumeração das carências que, consensualmente, são prioritárias na vida dos cidadãos.
Muito mais me sinto indignada com a vossa iniciativa, quando ainda hoje, 11 de outubro de 2012, se anunciaram mais cortes para a função pública.
Com exemplos destes, vindos de cima, não admira, pois, que a primeira coisa que os formandos dos cursos EFA, e quejandos, fazem, ao entrar na escola, não seja ligar aos formadores, mas antes ligar-se às redes sociais. E assim vai a pretensa qualidade da formação em Portugal.
Todos sobrevivemos sem as redes sociais. Aliás, para se ter acesso a elas é preciso ter um computador, ligação à net e luz elétrica. Muitos portugueses, hoje, nem para comer e dormir debaixo de um teto têm orçamento.
Tenham vergonha, senhores! E usem de decência e de honestidade na forma como gerem o dinheiro de todos nós.
Com os meus "likes" não contarão.
Elsa Maria da Fonseca Pinto Duarte Escola Secundária Campos Melo Covilhã
------- De "Tirem-me deste filme" passo a gritar: "Tirem-me esta choldra de cima!"
A propósito de frontalidade e de coerência, amiga, aqui te deixo o impulso de hoje.
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Recebi, via escola, o seguinte "convite" da ANQ
Exmo(a) Senhor(a)
É com muita satisfação que informamos que a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) entrou recentemente nas redes sociais, dando início a uma nova forma de comunicação que procura ser mais imediata, acessível para um maior número de destinatários e sem hierarquias ou barreiras.
Através destes instrumentos procuramos ainda desenvolver um modo de comunicação mais aliciante, sobretudo junto do público mais jovem, que até agora tem ficado mais afastado das nossas estratégias comunicacionais, e dos representantes das entidades empregadoras com as quais necessitamos de criar mecanismos de maior aproximação, de modo a potenciar a articulação entre as escolas e as empresas, no âmbito das políticas de promoção do ensino profissional.
Pretendemos igualmente criar novos canais de interação com todos os que até agora ainda não aderiram a um percurso de qualificação que lhes permita obter novas competências e conhecimentos, em linha com as atuais diretrizes em matéria de aprendizagem ao longo da vida, e gerar espaços de partilha de saberes e de conhecimentos adquiridos por via formal, informal ou não formal.
Para o efeito, gostaríamos de contar com a vossa presença nas nossas páginas e eventual divulgação pelos vossos contactos.
Facebook: http://www.facebook.com/ANQEP
Linkedin: http://www.linkedin.com/company/anqep
Twitter: http://twitter.com/ANQEP
Muito obrigado
Com os melhores cumprimentos,
O Presidente
-*-
Não me contive e respondi-lhes:
Caros senhores,
Sou professora.
Tenho muito mais que fazer na minha vida profissional e privada do que "relacionar-me" com gente mais ou menos desconhecida nas redes sociais.
Muito menos tenho tempo e pachorra para me "relacionar", por essas vias, com organismos do estado.
Para além desta opção que é minha por direito, na qualidade de contribuinte do estado venho manifestar a minha INDIGNAÇÃO pelo facto de os meus impostos serem desperdiçados com o pagamento dos funcionários que mantêm essas redes.
Sobretudo quando vivemos um período de contenção orçamental, em nome da qual temos alunos amontados em turmas descomunais, faltam professores e assistentes operacionais nas escolas, faltam enfermeiros nos hospitais, faltam médicos nos centros de saúde, faltam funcionários na segurança social, ... e podia continuar a enumeração das carências que, consensualmente, são prioritárias na vida dos cidadãos.
Muito mais me sinto indignada com a vossa iniciativa, quando ainda hoje, 11 de outubro de 2012, se anunciaram mais cortes para a função pública.
Com exemplos destes, vindos de cima, não admira, pois, que a primeira coisa que os formandos dos cursos EFA, e quejandos, fazem, ao entrar na escola, não seja ligar aos formadores, mas antes ligar-se às redes sociais. E assim vai a pretensa qualidade da formação em Portugal.
Todos sobrevivemos sem as redes sociais. Aliás, para se ter acesso a elas é preciso ter um computador, ligação à net e luz elétrica. Muitos portugueses, hoje, nem para comer e dormir debaixo de um teto têm orçamento.
Tenham vergonha, senhores! E usem de decência e de honestidade na forma como gerem o dinheiro de todos nós.
Com os meus "likes" não contarão.
Elsa Maria da Fonseca Pinto Duarte
Escola Secundária Campos Melo
Covilhã
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De "Tirem-me deste filme" passo a gritar: "Tirem-me esta choldra de cima!"
beijinhos, querida Anabela
Realmente, Elsa! E saltaste-lhes bem. Porque necessitamos de sossego.
ResponderEliminarBeijocas!