domingo, 2 de dezembro de 2012

Homenagem a Zeca Afonso

 
Homenagem a Zeca Afonso

Já foi. Quem não compareceu... perdeu!

Sim, Zeca, infelizmente o país vai mesmo de carrinho... e venham mais cinco... e não me obriguem a vir para a rua gritar... filhos da mãe...

Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá

Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dàquém e Dàlém Mar

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar

A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei

A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe

Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar

Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei



Nota - Com os meus agradecimentos ao Antero de Alda, autor do belíssimo cartaz, agora sim, correctamente postado!
Com os meus agradecimentos aos amigos amarantinos dos Amigos Maiores que o Pensamento por me terem feito bater a porta de casa nesta primeira noite de Dezembro...

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