É o que se constata após a leitura do artigo que agora partilho e que divulga os dados comparativos sobre os anos que os professores europeus demoram a chegar ao topo da carreira... não é?
Veja-se o meu caso - Comecei a leccionar em1987, estou com 51 anos e maravilhosamente colocada no 4º escalão, numa carreira de dez. Com sorte, lá para os 120 anos!, atingirei o topo da carreira... isto se me desbloquearem os rodízios...
"Portugal é um dos países europeus onde os professores demoram “34 anos ou mais” para alcançar o salário máximo, segundo um relatório sobre as condições de trabalho dos docentes em 32 países divulgado hoje pela Comissão Europeia.
De acordo com a edição de 2013 do relatório, “na maioria dos países europeus, o número médio de anos que um professor deve completar para obter o salário legal máximo oscila entre 15 e 25 anos”."
E ainda se constatam outras coisas interessantes que pode continuar a ler aqui.
Tem a certeza de que está bem posicionada no escalão?
ResponderEliminarFiquei tão intrigada: tenho 49 anos, comecei a lecionar em 1985 e estou no 7º escalão. Como se explica tanta diferença? Não sou a única com estes dados aqui nas minhas bandas.
Ainda assim, acho que atingirei o topo da carreira lá para os 100 anos.
Penso que sim, Ana! mesmo assim vou enviar o registo para o meu sindicato para algum especialista na coisa ver se eu estou bem posicionada.
ResponderEliminarNo início da minha carreira estive muitos anos como contratada com horários incompletos! Levei forte e feio no tempo de serviço...
Agradeço-lhe a sua preocupação e comentário!
Beijinhos
Ah, então é capaz de estar aí a diferença. Eu nunca tive horários incompletos, nem anos lectivos incompletos. Comecei a leccionar no início do ano lectivo de 1985/86, como professora provisória, situação em que estive apenas 3 anos, embora a 350 kms de casa. (não há bela sem senão!). E sou de Português, o que, nessa altura, era uma vantagem.
ResponderEliminarPronto, ainda tenho de me sentir uma privilegiada, embora esteja a receber o mesmo que em 2005. Mas isto toca a todos, claro!
Lamento. Haja saúde, como dizem os sábios mais velhos do que nós! :-)
O meu primeiro ano como professora na Educação de Adultos não me contou tempo de serviço. Foi assim, naquele ano... :(. Seguiram-se 5 anos de horários incompletos.
ResponderEliminarNo ano de 94/95 tive o primeiro ano completo de tempo de serviço que mantive sempre até hoje. Mas só ganhei vínculo à função pública quase aos 40 anos de idade, entrei no CAE Tâmega, e só entrei em quadro de agrupamento no último concurso, faz agora 4 anos.
Ser-se de História, Português, Matemática... fazia, à época, toda a diferença. Quando eu estudava no secundário muitos dos meus professores desaconselharam-me a História por já estar tão mau em termos de saída. Mas eu insisti... eheheh... queria ser Professora de História como a minha magnífica Professora de História, Ermelinda Montenegro de seu nome! Eheheh... passei a tarde do 25 de Abril com ela, avó que é de dois dos meus sobrinhos... :) :) :)
E é isto! As nossas condições nunca foram as mesmas e já quando eu comecei havia cursos com saídas malditas - História era um deles!
Ah! Apesar de tudo, não estou minimamente arrependida porque tenho o prazer de fazer todos os dias o que gosto.
Só que gostaria, como a Ana por certo, de ser mais respeitada enquanto profissional e ser humano pela tutela.
Haja saúde! :-)
Beijinhos!
Muito diversificadas as suas experiências!
ResponderEliminarSerá com certeza uma excelente sensação e uma enorme realização pessoal ter conquistado o seu objectivo, por mais longos e tortuosos que tenham sido os caminhos.
Também fui professora de Português por causa de uma professora que tive, excepcional, mas que sempre me desaconselhou a profissão, por achar que não tinha futuro. Chamávamos-lhe "o sargento", de tão rigorosa que era! Andava tudo a marcar passo com ela, mas era muito querida pela maioria, que lhe reconhecia enorme competência e sentido de justiça. Nos raros momentos em que despia "a farda", era verdadeiramente enternecedora e divertida, tinha mesmo o seu quê de artista.
Coincidências engraçadas!
Contrariei "o sargento" e inclusive a minha família que achavam que devia ter seguido Medicina. E só me arrependo pelo facto de, como a Anabela refere, ser tão desrespeitada enquanto profissional, sobretudo pelos meus superiores hierárquicos. De resto, acho que tenho a profissão menos monótona do mundo, que me permite somar anos de idade, sem sentir o seu peso na alma. Adoro estar na aula com os garotos e às vezes até dou comigo a imitar o meu "sargento"! Eh eh eh...
Agora deixo-lhe um beijinho, votos de muitas felicidades... e uma anedota palerma sobre a nossa tutela (que acabaram de me enviar por e-mail),na esperança de que, apesar de tudo, também a faça esboçar um sorriso amarelo como o meu:
«À porta do Ministério da Educação, na Av. 5 de Outubro, foi encontrado um recém-nascido abandonado.
O bebé foi limpo e alimentado pelos funcionários que decidiram dar conhecimento do assunto ao Ministro da Educação.
Passados oito dias, foi emitido o seguinte despacho, dirigido ao Secretário de Estado:
Forme-se um Grupo de Trabalho para investigar:
a) - Se o “encontrado” é produto doméstico deste Ministério;
b) - Se algum funcionário deste Ministério tem responsabilidades neste assunto.
Após alguns meses de investigação, o Grupo de Trabalho, concluiu:
“O encontrado” nada tem a ver com este Ministério pelas seguintes razões:
a) - Neste Ministério não se faz nada por prazer nem por amor;
b) - Neste Ministério jamais duas pessoas colaboram intimamente para fazer alguma coisa de positivo;
c) - Neste Ministério tudo o que se faz não tem pés nem cabeça;
d) - No arquivo deste Ministério nada consta que tivesse estado terminado em apenas 9 meses.»
As suas também! E sim... eheheh... já tive o meu momento de sorriso amarelo! De facto não fazem nada de jeito! Parece um fado mau.
ResponderEliminarVotos de felicidade muita... e... vá dando novas...