Exames 4º Ano
Iniciaram-se hoje com miúdos a comentarem que dormiram mal, uma a confessar mesmo que teve pesadelos com os exames entre a meia dúzia de alunos com quem tive a oportunidade de conversar logo pela manhã.
Fui destacada como suplente e aproveitei para corrigir testes, que o tempo não se pode desperdiçar, e para espreitar o enunciado do exame de Português que me pareceu feito, logo para começar, de um primeiro e segundo textos um pouco longos para o nível etário. Os alunos acharam o mesmo, presumo, porque muitos permaneceram durante a tolerância de 20 minutos e usaram-na todinha. Em algumas salas permaneceram quase todos os alunos e contaram-se pelos dedos os que usufruíram do intervalo na sua totalidade. Ainda relativamente ao primeiro texto, para além de longo achei-o um pouco complexo para a faixa etária mas já a parte gramatical não me pareceu ter dificuldades de maior.
A segunda parte, a da composição, pareceu-me francamente mais simpática com um tema agradável para os miúdos elaborarem as suas composições.
Ridículo foi obrigar as criaturas a assinarem um compromisso de honra... blá blá blá... e altamente discriminatório dos alunos do Ensino Público o facto de os obrigar a deslocarem-se a escolas que não as suas... enquanto os alunos do privado ficaram nas suas escolas, nas suas salas de aula, fazendo o exame em situação de conforto emotivo que os nossos alunos não tiveram.
Não gostei disto. E espero que não se repita.
Adenda às 22:33 - Sim, também há excepções no público...
Cara Anabela,
ResponderEliminaressa situação não se verificou em todas as escolas. Ao "meu" agrupamento, deslocaram-se alunos de colégios privados para realizarem a prova.
Cara Anabela, ao "meu" Agrupamento deslocaram-se alunos de colégios privados para realizarem a prova, portanto essa não foi uma regra para todos os privados.
ResponderEliminarTanto quanto sei, Liliana Ferreira, a regra nos privados foi os alunos permanecerem nas próprias instalações e a excepção terá sido essa que aponta. Aqui mesmo, em Amarante, há um grande colégio privado em que os alunos prestaram hoje provas sem se deslocarem a sítio algum estranho. Nem que fosse um só caso permitido pelo MEC... do meu ponto de vista estava mal. Porque não pode haver tratamentos dados pelo MEC, a estudantes, de primeira e de segunda.
ResponderEliminarA RIDICULARIA no seu melhor nível.
ResponderEliminarUma das minhas netas lá foi com o seu vestidinho de chita de Alcobaça...sapatinhos novos...soquetes brancos...tudo a estrear!
Ah como era bom o meu tempo...igualzinho a esta palhaçada...a minha mãe vestiu-me tudo novo...passado a ferro...de sapatos calçados!
Ah como era bom o meu tempo...tão bom que o "desempoeirado" e todo modernaço do Crato resolveu fazê-lo reviver!
Ah como era bom o meu tempo...que depois dava direito a comer "frutos proibidos", sim porque naquele dia em que fui à Nazaré fazer a 4ª classe terminou em festa!
Ah como era bom o meu tempo...pois se passassemos estavamos prontos para ir trabalhar no campo ou muito poucos poderem ir para o 1º ano do colégio!
Ah como é bom verificar com plena satisfação...que um Crato qualquer tenha ressuscitado toda esta maravilha!
Ah como é bom saber que a minha neta se passar...vai conseguir entrar na Faculdade e ter acesso a um bom emprego!
Ah como é bom ter um ministro...que não "dorme" e está atento a todas estas questões!
Ah como é bom e reconfortante dizer a PLENOS pulmões...OBRIGADO...OBRIGADO crato!
Ah como era bom se acabassem todas estas "cratinices"...que segundo parece custarão uns 600.000 €!
Ah como é bom agradecer ao crato...por me irem mais ao bolso por esta "ideia Philips"!
OBRIGADO...OBRIGADO!
PS. Não posso continuar senão choro...já estou lacrimejante!
Nem todos os colégios privados fizeram os exames nas próprias salas. Somente os que têm valências de 1º, 2º e 3º ciclos. Todos os outros alunos de colégios privados tiveram de fazer em escolas de acolhimento. Não coloquem todos os colégios privados neste "pacote", pois o que disse anteriormente não é, de todo, verdade!
ResponderEliminarEste teve contornos ridículos mesmo, Hélio Matias!
ResponderEliminarO MEC no seu esplendor burrocrático!
Anónimo, como disse anteriormente, nem que fosse um caso permitido pelo MEC. Além disso não estou esquecida que há escolas públicas em que esta situação também ocorreu. :(
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