A Palavra a Baptista Bastos
Demolidora.
"O braço-de-ferro do ministro e dos professores nunca foi por aquele
decentemente esclarecido. A verdade é que os professores, ameaçados, aos
milhares, de ser "dispensados", apenas lutam pelos seus lugares e pelo trabalho
a que têm direito. E a utilização dos estudantes como estratagema político é
sórdida. Crato desonrou-se ainda mais do que o previsível. Ao aceitar ser
vassalo de uma doutrina doentia, arrastadora de uma das maiores crises da nossa
história, ele não só volta a perjurar os ideais da juventude, como o que
escreveu e disse.
É preciso acentuar que esta situação não se trata de uma birra do ministro. O
despejo de milhares e milhares de pessoas faz parte de um programa mais vasto.
Crato é um pequeno parágrafo num acidente histórico preparado ao pormenor por
estrategos ligados à alta finança. Outra face do totalitarismo que, sob o
eufemismo de "globalização", tende a uma hegemonia, a qual está a liquidar os
nossos valores morais e os nossos padrões de vida. A emancipação das
identidades, que formou a tradição universalista e a democratização social, está
seriamente intimidada por gente ignóbil como Nuno Crato."
Não transcrevi todo o artigo, que vale a pena ser lido em Nuno Crato, parágrafo menor.
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