A Palavra a Mário Nogueira
E, já agora, a mim.
Hoje quero dar os parabéns a todos quantos participaram na luta encetada nesta recta final de ano lectivo. Uns mais, outros menos, uns assim, outros assado, uns dando tudo o que tinham para dar, outros dando o que calhou, uns tendo mais protagonismo na luta, outros nenhum... todos estes estão, hoje, de parabéns.
E quero constatar que vale sempre a pena lutar. Porque contrariamente ao que muitos me afirmam, constantemente, vale sempre a pena tentar.
Quanto aos outros, os que nada de nada fizeram, quero apenas referir que beneficiarão igualmente das conquistas hoje alcançadas por tantos. Hoje oferecemos-lhes os benefícios desta luta.
Diz-me a experiência que não me lembro duma tomada de força ATÉ AO FIM, algum dia concretizada pelosa Professores. Contentamo-nos com pouco e sem termos CERTEZAS de que tantas mentiras já ditas algum dia se concretizarão. VEREMOS...VOU ESPERAR SENTADO...não me posso cansar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarSubscrevo quase na totalidade. E digo "quase" porque, apesar do momento ser de festa, tenho umas pedras no sapato que dificilmente engolirei: os fura-greves, os lambe botas, os oportunistas a quem "o dinheiro não cai do ceu" e que com argumentos mesquinhos recusaram aderir a um momento que ficará na história da educação em Portugal. Por isso, eu acho que nem todos estamos de parabéns. Para esses, que em dia de festa, a esta hora já deviam ter tido a dignidade de vir a público dizer que prescindem de todas as conquistas que hoje se alcançaram, para esses, dizia eu, o meu barda-merda!! (desculpem a linguagem vernácula, mas há coisas que me deixam assim...).
ResponderEliminarO subtítulo deste post poderia ser: Bofetada de luva branca".
ResponderEliminarGostei.
Se tudo for respeitado, foi a vitória possível em circunstâncias muito adversas, Hélio Matias!
ResponderEliminarPenso eu de que...
Entendo-te, Vamos fazer a festa! :)
ResponderEliminarPoderia, Rosalina!
ResponderEliminarObrigada por teres gostado. É um post não isento de mágoa, mas conciliador.
Beijocas!
Porque concordo partilho.
Publicado por Daniel Oliveira no Expresso de hoje
Os sindicatos dos professores fizeram mal em exercer o direito greve que, na forma como uma parte razoável dos políticos portugueses o vê, nunca deve ser mais do que simbólico. Fizeram? Pela primeira vez, nos dois últimos anos, o governo sentou-se mesmo à mesa das negociações. Não antes da greve aos exames. Não antes da greve às avaliações. Mas quando o se ameaçou instalar o caos nas escolas.
Apesar de ainda não haver acordo, os professores conseguiram, com as suas greves, a integração de mais medidas que contribuirão para que não haja professores com horário-zero e em risco de ir para "requalificação" (eufemismo para despedimento). Um regime só se aplicará aos professores a partir de fevereiro de 2015. O limite geográfico para a mobilidade dos professores dos quadros de escola que não tenham serviço letivo passou a ser de 60 quilómetros, tal como acontece com a restante Função Pública. E o governo garantiu que o aumento do horário de trabalho para as 40 horas incidirá apenas na componente não leciva de trabalho individual. Por fim, a direção de turma volta a integrar a componente letiva.
Os professores não terão conseguido tudo. Mas conseguiram, pela primeira vez em qualquer confronto com este governo, cedências relevantes. E por isso, a FNE desmarcou as greves e a Fenprof interrompeu-as (tirando, claro, a greve geral). Para os que, durante o último mês, zurziram nos professores, fica uma importante lição: mostrar indignação no facebook e falar mal dos "políticos" serve de muito pouco se não se está disponível para levar até ao fim, de forma consequente, o confronto. O governo conta com a divisão das pessoas. Desta vez não lhe chegou.
Amanhã, há uma greve geral. O exemplo dos professores deve ser, para todos nós, uma inspiração. Solidário com esta greve, não encontrarão aqui nenhum texto meu.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/vitoria-dos-professores-um-exemplo-para-a-greve-de-amanha=f816212#ixzz2XJ809DhT