quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Perdas

Caminhada - S. Gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Perdas

Têm sido muitas, muito próximas umas das outras e de difícil gestão/digestão. Internas e externas, de qualquer modo sempre muito próximas, não nos dão descanso e deixam-nos sem chão e sem paredes, progressivamente sem elos de ligação, físicos, para trás e isto é assim desde o começo dos nossos dias, mesmo se nem sempre tivemos esta consciência que também nos complica a vida... salgando-a. E a nossa História prossegue, individual, colectiva... com momentos de luz e de sombra, por vezes de verdadeira escuridão, uns ajudando a valorizar os outros... e sim, agora nós somos os que vivemos depressa e morremos, quantas vezes!, demasiado devagar.
Tomamos consciência da nossa finitude, que estamos todos de passagem nesta Terra mais do que perturbada, que é uma sorte quando tudo se processa na ordem certa, seguindo a cronologia das diferentes gerações... que os próximos, com sorte!, seremos nós.
Entretanto, por mais difíceis que sejam os nossos dias, caminhemos com passos mais ou menos decididos, criativos, originais... subindo e/ou descendo ruas, calcorreando praças, trepando muros e abrindo portas de azuis quase impossíveis...
Sim?

4 comentários:

  1. Sei bem o que isso é: em menos de dois anos perdi os meus pais e uma irmã.
    Mas quem tem amigos, família, ... está em condições de aguentar o sofrimento, não é?
    Obrigada pela partilha.

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  2. Lamento as suas perdas tal como lamento as minhas. Fica sempre um espaço impossível de preencher, não é assim?
    Beijo grande, Maria José!

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  3. Eu sei que tu sabes, minha linda! Beijo grande!

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