segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Corrupção - A Palavra do Ano de 2014

À Espera, Sentada - S. gonçalo - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
 
Corrupção - A Palavra do Ano de 2014

A este propósito, dou a palavra a um socialista, João Cravinho de seu nome.

"Corrupção é uma das palavras do ano em Portugal, mas os poderes públicos ficaram mais ou menos quietos na sequência de vários escândalos. Se em Espanha Mariano Rajoy pede um pacto de regime para combater a corrupção e em Itália Matteo Renzi aprovou leis mais duras contra um dos cancros do país, em Portugal ninguém se mexeu muito.
João Cravinho é o ex-ministro das Obras Públicas que em 2006 afirmou que Portugal se estava a “italianizar” e em 2007 apresentou um pacote anti-corrupção que foi rejeitado. Agora mostra o seu espanto: “Como é que é possível que as instituições democráticas estejam como os três macaquinhos, cegas, surdas e mudas? O povo português merece mais do que isto! Nós, que nos orgulhamos dos nossos índices civilizacionais, como é possível vivermos assim?”. O ex-ministro das Obras Públicas constata que “em Espanha, Itália, até no Brasil, a corrupção é questionada, problematizada. Aqui é tumular, é de cemitérios”.
Em declarações ao i, João Cravinho defende “um pacto constitucional contra a corrupção” entre os partidos. “A ideia de que a corrupção é uma questão de polícia é de uma indigência política e de uma irresponsabilidade política que eu não compreendo”. Esta reacção “tumular” à corrupção pode “ter efeitos explosivos para o funcionamento da sociedade”: “Reduzir a corrupção a um caso de polícia é uma coisa de um primitivismo ao nível do homo erectus”.
Condenando a “débil reacção dos partidos políticos e das instituições democráticas” perante o fenómeno – “querem varrer tudo para debaixo do tapete” – João Cravinho afirma que “às suspeitas que toda a gente tem de que estamos só a conhecer a ponta do icebergue”, as instituições dão uma resposta “impotente” e “não se empenham tanto quanto se deviam empenhar”.
Em 2006, João Cravinho falou pela primeira vez da “italianização do regime”: “A ideia que eu tenho agora é que, de facto, estamos hoje muito mais perto dessa italianização do que há oito, nove anos”."

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Nota - Eu, pelo sim pelo não, espero sentada!

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