Barroco - Visita de Estudo a S. Gonçalo
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Barroco - 8ºD - Visita de Estudo à Igreja de S. Gonçalo
Combinada previamente com o Professor Paulo Silva, de Educação Musical, com a drª Cláudia Cerqueira, técnica superior do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, e ainda com o secretariado da paróquia de S. Gonçalo, a visita à Igreja de S. Gonçalo decorreu hoje, dentro da maior normalidade, apesar da chuva molha tolos que teimou em acompanhar-nos durante quase todo o percurso, feito a pé, que em Amarante as coisas ficam todas a dois passos umas das outras e nem justificam outro tipo de deslocação desde que as pessoas tenham uma normal mobilidade.
Confesso que procurei agendar a visita, mas sem êxito, para a Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, mais conhecida entre nós por Igreja de S. Domingos. Mas tínhamos constrangimentos vários: a visita de estudo teria de se realizar das 12 horas às 13:20, dentro do horário da turma para não andar com mais trocas e baldrocas para além das estritamente necessárias para proporcionar uma aula diferente aos meus alunos e, a essa hora, foi impossível arranjar alguém que se disponibilizasse para abrir uma igreja que lamentavelmente é muito desconhecida até entre nós, e que só abre ao público a partir das 15 horas, graças à boa vontade de uma equipa de voluntários(as). Por mais espanto que me continue a causar, a verdade é que, mais uma vez, verifico que quase todos os meus alunos, amarantinos, pois claro!, desconhecem por completo o interior desta igreja e este facto incomoda-me bastante por saber que só se pode amar o que se conhece e que este desconhecimento do património local deve ser travado, colmatado e remediado também pela Escola Pública. Este deve ser, também, o seu papel maior. Assim, e em alternativa, visitámos a igreja mais óbvia, aquela que a maioria dos alunos conhece, situada no umbigo de todos nós amarantinos: a Igreja de S. Gonçalo.
Os alunos apreciaram muito a visita à Igreja de S. Gonçalo, já me informaram do facto. Gostaram das explicações facultadas in locco, no exterior primeiro, no interior depois, pela drª Cláudia Cerqueira, sempre assertiva e a conseguir com facilidade captar a atenção dos ali também seus alunos. Gostaram da actuar no Coro Alto da Igreja de S. Gonçalo onde tocaram uma peça barroca de Haendel, em flauta, intitulada "Lascia ch'io pianga" ... que beleza olhar para eles e vê-los concentradinhos a actuar num local tão especial!, e gostaram muito da actuação tão espiritual do Professor Paulo Silva, que cantou "Bist Du Bei Mir", de Bach, e que encantou com a sua maravilhosa voz num registo nunca antes escutado pelos seus/meus alunos que o admiraram em absoluto silêncio, sensibilizados e espantados. Foi caso para dizer que fechámos com chave de ouro uma aula tocada à conta de tão variadas e generosas mãos.
Esta foi/é mais uma parceria feliz conseguida pela articulação de várias vontades e a mim resta-me agradecer a sua concretização nas pessoas do senhor padre José Manuel, da drª Cláudia Cerqueira e do professor Paulo Silva pois sem eles esta aula/visita de estudo não veria a luz do dia.
Obrigada! A Escola Pública quer-se coisa viva e em movimento, não é assim?
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